Giovanna

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A minha idéia ao ir nesse almoço era apenas conferir qual tinha sido o estrago entre o casalzinho, não esperava nunca que aquilo ia acontecer, e olhem... Ganhei meu dia. Poder ver aquela sonsa quase explodindo de raiva pelo namoradinho dela ter ficado impressionado comigo e depois poder presenciar os pisões que ela levou, não teve preço.

Saí dali até contente, ter me aproximado e aceitado os elogios de Frost foi uma tacada perfeita, agora esses dois já eram.

Jorge vai ficar tão contente quando souber, quem sabe agora finalmente me de sua confiança e veja que eu não sou desprezível como todas as outras mulheres sem cérebro que ele dorme. Talvez ele finalmente veja que eu sou merecedora de uma chance.

Quando o velho me deixou em casa me despedi dele com um beijinho no rosto e prometi que quando ele estivesse aqui outra vez o levaria para um almoço decente, ele, todo iludido, ficou feliz da vida.

Peguei o elevador e subi pro meu apartamento, o lugar estava devidamente limpo, como tem que ser... Meus pais me deram ele quando completei dezoito anos, os dois me sustentam desde sempre, não tenho a mínima necessidade de trabalhar e só faço isso mesmo pra conseguir ajudar Jorge e me aproximar um pouco dele.

Tirei os saltos e me joguei no meu sofá, um sorriso surgiu nos meus lábios ao imaginar o que meu patrãozinho e sua amada estaria fazendo agora...

-Ela deve estar preparando as malas pra ir pro buraco de onde ela surgiu. – gargalhei.

Dessa vez não tinha erro, o jeito que ela saiu da mesa, nem aquelas palavrinhas bonitinhas de Benzete vão conseguir salvar esse relacionamento.

Mas também, não consigo entender, Felipe e um homem de classe e bonito, não dá pra negar. O que ele foi ver em alguém tão sem graça como aquela garota? O que Jorge viu nela? Céus, ela é uma total sem graça.

-São todos uns loucos. – suspirei revirando os olhos.

Mas agora eu não tinha mais que me preocupar com isso, Melissa já deveria estar indo pra longe e todos nós teríamos o que queremos.

Sorrindo, eu busquei pelo meu celular dentro da bolsa e procurei pelo contato dele. Chamou três vezes e então ele atendeu.

-Gomez. – disse serio, com certeza não leu meu nome no visor.

-Ei, baby. Sou eu. – sorri.

-Giovanna? – perguntou e eu franzi o cenho.

-Por acaso usa esse mesmo apelido com as suas outras vadias? – ouvi um suspiro.

-Desculpe, querida... E não, esse é completamente seu. – sorri, eu sabia que ele me via de uma forma diferente das outras.

-Tenho boas notícias. – contei.

-Hm, sobre o almoço? – perguntou e eu sorri.

-Exatamente, por que não vem aqui em casa? Assim eu te conto tudinho e quem sabe ainda torno o seu final de semana um pouquinho melhor. – falei insinuosa, a verdade é que eu não via a hora de estar com ele.

-Chego em uma hora. – ele disse depois de rir fraco.

-Okay, Tchau... – falei mas já era tarde, ele já tinha desligado. – A pressa de me ver e tão grande assim, baby? – revirei os olhos brincalhona e me levantei do sofá, largando o celular em qualquer lugar. – LORENA! - gritei.

A loira logo surgiu, usando aquele avental ridículo e com os cabelos loiros presos num rabo de cavalo.

-Pois não, senhorita Assis? – perguntou e eu sorri.

Muito mais que uma BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora