Cientista.

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- Leu a minha carta? - Me encarou com um sorriso maroto.

Assenti com a cabeça.

- Interessante..o que achou?

- Cheia de emoções, acho que isso descreve o seu cartão. - Olho para os meus sapatos envergonhada.

- Não vai dizer que tem uma queda por mim também?

Como ele sabia?

- Eu conheço essa cara. - Ele pega o meu queixo levantando o meu rosto. - Não precisa se sentir precionada gatinha, eu espero o tempo que você precisar para pensar sobre isso.

Eu o abraço; sim, eu queria dizer muitas coisas mas, as palavras nem se quer saiam da garganta.

Catnoir me levou até o terraço da minha casa e ficamos nos encarando um pouco após ele me deixar.

- Seus pais não estão em casa? - Diz confuso por não ouvir barulho na padaria.

- Eles viajaram pra Londres, sabe como é, coisa de culinária. - Sorrio.

- E quem vai cuidar de você? Se não se importar eu posso ficar horas te observando. - Ele encosta a mão no rosto me olhando, me deixando violentamente vermelha.

- Uma tal de Julie, bem, não estou ansiosa para a chegada dela. Que vai ser amanhã. - Rio revirando os olhos.

- Já disse que seu sorriso é gatonífico? - Ele coloca uma mão dele encostada nas minhas bochechas.

- Ok, ok..tem certeza que você está bem mesmo? - Digo não acreditando.

- A sua voz também, meu deus! Uma música para os meus ouvidos. - Sorriu.

- Aliás, você não é um felino como eu, mas, você é uma gatinha.

Que piada ruim, Chat.

Não pude deixar de rir.

- Bem, como eu tenho pouco tempo. Queria fazer algo legal antes de ir.

- O quê?

- Se quiser deixar para amanhã, por mim tudo bem. - Eu odeio quando ele faz isso, só para me deixar curiosa.

- Fala logo o que é, gato de rua! - Resmungo.

- Já que você insiste. - Ele me beijou.

Ok, eu esperava qualquer coisa.

Uma rosa.

Uma cantada.

Outra, né?

Mas não, ele me deu um beijo.

Bem bom aliás, não posso mentir.

Mesmo assim!

E sabe o que ele fez depois?

Foi embora, me deixando plantada e confusa no meio da noite estrelada de Paris.

No dia seguinte, acordei com uma pequena chacoalhada, abri os olhos e era uma mulher loira, de olhos verdes, magra e com um óculos sutil.

- Oi eu sou Julie. - Ela dá um sorriso simpático entregando o meu café da manhã.

- Oi, bom dia Julie. - A encaro um pouco, eu conhecia esse rosto de algum lugar.

- Me desculpe mas, eu tenho que me arrumar para o colégio. - Digo mas ela dá algumas risadas.

- Hoje é sábado, Sabine disse que era para você ajudar na padaria hoje. Se arrume e desça. - Ela desceu as escadas enquanto eu terminava o meu café, espero que Julie seja realmente legal igual ela aparenta ser.

the choice | [au] miraculous Donde viven las historias. Descúbrelo ahora