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Os documentos estavam ali, em suas mãos. As provas que precisava para colocar James atrás das grades, fazê-lo pagar por tudo o que ele fez a ela. 

Regina estava trancada em sua sala, com o maldito envelope nas mãos. 
Ela não tinha permanecido na festa, disse a James que não estava se sentindo bem, e foi para casa. 
Desde então, não conseguia parar de pensar no que fazer com aquele envelope. 

Estava tudo ali. Laudos, testemunhos, perícia... Tudo.

Com aquele material, Regina poderia acabar com o reinado de James, era só ir até a delegacia mais próxima.

Mas não confiava na polícia, não confiava em ninguém. Afinal, James não tinha conseguido aqueles documentos sozinho. Assim como ela, ele também tinha seus contatos. Regina estava em um jogo perigoso, onde só podia confiar em si. 

_Senhorita? - Lily bateu na porta. - Tem um casal, que gostaria de... 

_Não vou receber ninguém hoje. - Ela respondeu. 

Lily saiu, e segundos depois a porta foi aberta.

Regina levantou os olhos, pronta para dar uma chamada em sua secretária :

_Será que nessa agenda apertada, tem um espacinho pra família? 

Henry abriu os braços, e esperou o abraço da filha, do mesmo jeito que fazia quando ela era criança.

Regina sorriu ao ver os pais ali, em sua sala. Ela se levantou e correu para o abraço do pai. 

Estar entre os braços de Henry, fez o coração de Regina se acalmar. Ela se sentiu protegida, amada, coisas que só o pai poderia lhe proporcionar.

_Que surpresa boa. - Ela sussurrou, correndo para os braços da mãe. - Por que não avisaram? 

_Ai deixaria de ser surpresa. - Cora disse, abraçando forte a filha. 

Regina estava tão feliz em ver os pais, que deixou algumas lágrimas escaparem por seus olhos. 

_Isso tudo é saudade? - Perguntou Henry, se juntando ao abraço das duas. 

_Sim. Muita saudade. 

Pela primeira vez em meses, Regina sentiu que estava segura. Os braços dos pais, eram como um cobertor num dia frio, reconfortante... 

A idéia de visitar a filha, foi de Henry. Ele sentia algo de errado, mesmo estando longe, e aproveitou a saudade da mulher e sugeriu a viagem. A princípio, era somente uma suspeita, mas ao ver Regina ali na sua frente, ele pôde ter certeza que a filha estava com problemas. 

_Vendo você assim, nessa sala... - Cora alisou os cabelos da filha. - Me dá um orgulho tão grande.

As palavras da mãe, ecoaram na cabeça de Regina. Orgulho era a última coisa que eles teriam, quando descobrissem a verdade. 

_Está tudo bem? - Henry notou o olhar perdido da filha. 

_Está tudo ótimo. - Sorriu tristemente. - E com vocês aqui, vai ficar ainda melhor. 

Emma assistia a cena de longe. Ela foi até a construtora, para falar com Regina, sobre a briga da noite anterior, mas viu Regina abraçada aos pais, e não quis atrapalhar.

Ela sorriu, pois aquela cena era a prova de que, bem no fundo, Regina ainda tinha algo de bom. Ela ainda tinha sentimentos.

Ali, vendo a amada chorar de alegria, Emma fez uma promessa a si mesma.

Ela salvaria Regina dela mesma.

Recuperaria o lado bom dela, e a libertaria daquela sede de vingança.

Revenge | SwanQueen VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora