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_Saiam! - Regina gritou para os dois que discutiam no meio de sua sala.

Ela estava se sentindo imensamente frustrada, as coisas tinham desandado. Regina esperava que James ficasse tão puto com a filha, a ponto de mandá-la para bem longe, ou que ficasse, no mínimo, decepcionado, mas não.

Emma quase flagrou os dois, e juntos, e para fechar com chave de ouro, ela era a noiva traída da "princesinha Luccas".

Estava tudo dando errado.

Os dois pararam a pequena discussão, e se viraram para ela. Cada um trazia uma expressão no olhar. James a encarava surpreso, não esperava que ela gritasse com ele, como ele havia feito com ela na noite passada. Já Emma trazia um olhar acusador, cheio de julgamentos e uma pitada de... Decepção?

Emma estava decepcionada com ela?

Logo ela, que surgiu na noite passada, dormiu com ela, gozou enquanto entrava e saía dela, e nem mencionou o fato de ter uma noiva? E essa noiva, precisava ser Ruby? Será que algo na vida dela, não estaria relacionado aquela maldita família?

_Eu. Quero. Os. Dois. Fora. Daqui. Agora!! - Falou, pausadamente, como se estivesse falando com duas crianças.

_Regina... - James tentou falar, mas foi interrompido.

_Não quero ouvir. - Ela deu a volta na mesa e ligou para Lili, que estava ouvindo toda a discussão do lado de fora. - Mande os seguranças, já.

_A que ponto você chegou, Regina Mills? - Emma falou. Sua voz estava carregada de algum tipo de deboche, algo que acertou Regina em cheio. - Se rebaixar a amante de um homem...

_Cala a boca!

Regina tentava controlar as emoções, mas era praticamente impossível. Ela estava exposta e sensível, uma verdadeira bagunça sentimental. Quando achou que estava colocando tudo no lugar, a vida lhe mostrou que não era bem assim, e novamente a família Luccas estava em seu caminho.

Os seguranças entraram na sala e retiraram os dois, que ainda trocaram algumas farpas antes de serem enchotados da sala.

Foi só o tempo da porta se fechar e vaso se quebrar ao bater nela, dois segundos e ela teria acertado a cabeça de um deles.

_Droga! - Ela gritou, arremessando outro vaso contra a porta.

Ela estava fora de si, cansada, com raiva de James, por ele ser tão idiota. Toda aquela cena, o sacrifício que fez ao beijá-lo, tudo em vão, porque o babaca resolveu perdoar a filha. Ela estava com raiva de Emma, por não falar nada sobre a noiva, não que quisesse manter algo com ela, mas achava que merecia saber. E estava com raiva de si mesma, por beijar James e dormir com Emma.

"Se rebaixar a amante"

A voz decepcionada de Emma invadiu sua mente. O pior é que ela estava certa, estava se comportando como uma qualquer. Regina estava disposta a qualquer coisa para ter sua vingança, até seduzir James se fosse necessário. Só que ela não contava com a aparição de Emma, ela havia bagunçado ainda mais seus pensamentos, e aquela acusação...

Será que valia a pena ir tão fundo por uma vingança?

A resposta veio em seguida.

Um. Dois. Três. Quatro. Cinco. Seis. Sete. Oito. Nove.

Ela tinha nove motivos para não desistir, tinha uma mãe e um pai, ambos mortos esperando por justiça. Ela tinha uma família para destruir, e não mediria esforços, não teria escrúpulos para alcançar seus objetivos.

Regina procurou pelo celular, para ligar para Killian, e o encontrou em cima de sua mesa, tocando. A foto do pai piscava na tela :

_Oi pai. - Ela atendeu, e procurou disfarçar as emoções. Henry a conhecia muito bem. - Está tudo bem por aí?

_Está sim, meu anjo. - Regina sorriu melancólica, ao ouvir o pai chamá-la de anjo. Era algo bem irônico, uma vez que ela estava planejando matar alguém. - Eu estou preocupado, está tudo bem com você?

Mesmo estando a quilômetros de distância da filha, Henry podia sentir que tinha algo errado. Seu coração andava apertado, as vezes lhe faltava ar. Cora insistia para o marido procurar um médico, mas ele sabia que o problema não era com ele, era com a filha. Algo estava errado com a filha, ele não sabia exatamente o que era, mas estava disposto a descobrir :

_Claro pai, eu só estou cansada.

_Filha, eu te amo muito. - Falou com o tom carinhoso, que sempre usava com ela. - Quero que saiba disso.

_Eu também te amo, pai. - A voz rouca de Regina, transparecia o esforço que estava fazendo para segurar o choro. - Amo a mamãe também, diga isso a ela.

Regina se lembrou da primeira vez que chamou Cora de mãe, ela ficou tão emocionada, que não parava de pedi-la para repetir. Regina passou uma semana dizendo mamãe. Tinha sido algo bem engraçado, na época.

_Vou dizer. Tenho que desligar agora, mas volto a ligar à noite.

Regina se despediu do pai, e discou o número de Killian. Ela pegaria pesado a partir de agora, já que a última tentativa havia falhado. Mas não tinha mais importância, Regina ainda tinha muitas cartas na manga:

_Sabe aquelas fotos? - Disse, assim que o "amigo" atendeu.

_O que tem elas?

_Divulgue. - Respondeu. - Eu quero vê-las em todas as capas de revistas, em todos os jornais e todos os sites de fofoca.

_Como quiser.

_Quero isso para amanhã. - Ordenou, antes de desligar a ligação.

Após encerrar a ligação, Regina revirou o celular em busca de um outro número e quando o encontrou, lhe mandou a seguinte mensagem.

Esteja no meu apartamento, às dez em ponto. Temos coisas a acertar.

Regina.

Revenge | SwanQueen VersionWhere stories live. Discover now