O Sonho e a Lembrança.

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Embora Aurora achasse extremamente suspeito que Crouch desaparecesse e Krum tivesse sido estuporado, era muito mais estranho o homem ter desaparecido, por que ele o faria? Por que ele estuporaria do nada Krum, sem levar nada, sem ameaçar, sem dizer nada?

E ele tinha pedido por Dumbledore antes, sendo que Harry mesmo disse que Crouch desmaiou logo depois de chamar pelo diretor. Então, ao escrever a carta para seu pai, expos tudo que pensava. Não poderia ter sido Crouch, o homem provavelmente havia sido levado por alguém. Não dá para desaparatar nos terrenos de Hogwarts e se o Mapa do Maroto não o encontra, ou Crouch está morto ou saiu pela Floresta Proibida. Não sabia o que era preferível.

Ao chegar no corujal, ela se surpreendeu com os gêmeos cochichando:
-Isso não seria chantagem?-Jorge perguntou.

-Dependendo do que for, é sim.-Aurora disse e os dois deram um pulinho de susto.-Meninos.
-Aurora.-Os dois sorriem, a vendo ir até Edwings.
-Como está a arrecadação para a loja?-Perguntou ela.
-Fraca.-Fred resmunga.

Ela nega com a cabeça.
-Você acha que deveríamos desistir?-Jorge questiona.
-É claro que não!-Aurora sorriu e foi até eles.-É o sonho de vocês e uma loja de brincadeiras, ainda mais de vocês, terá muito sucesso. Acho que é justamente o que precisamos no mundo bruxo.
-Obrigado Aurora.-Os dois dizem.
-Só não matem alguém pra conseguir dinheiro.-Diz Aurora.
-Nem se for a Skeeter?-Perguntou Fred sorrindo de lado.
-Ok, eu abro brecha pra ela.-E ela ri, descendo do corujal ao ver Edwings partir com a carta.

No dia seguinte, Sirius responde, implorando para que todos eles ficassem dentro do castelo até o dia do torneio. Era perigoso. Alguém colocou o nome de Harry no cálice, alguém atacou Crouch e Krum, portanto, concordaram em ficar ali. Assim, Harry continuou a praticar feitiços, estuporar, impedimenta e e entre outros, Ron se ofereceu como cobaia para que Harry os pegasse mais rápido.

Na aula de Adivinhação, embalado por zumbido de um inseto, Harry adormeceu, cansado pelos últimos dias. Ele sonha que está voando num corujão, que se dirige a uma casa velha e pousa sobre as costas de uma poltrona. Harry vê Rabicho, gemendo de dor e também vê uma grande cobra. A voz vinda da poltrona diz que Rabicho é sortudo. Sua falta não estragou tudo, o homem está morto e Harry logo estará morto também. A voz, então, diz que Rabicho precisa de outro castigo para não errar de novo, e lança sobre ele novamente a Maldição Cruciatus. Então, Harry sente toda a dor de Rabicho, abrindo os olhos e acordando aos gritos. Sua cicatriz queimava. Trelawney pede pra ele dizer o que sonhou, mas ele ignora, levantando e correndo pra sala do diretor.

Ele acaba parando na frente do porta do diretor, escutando a voz do Ministro Fudge:
-Crouch pode ter só enlouquecido. Ou talvez, Madame Maxime esteja envolvida, sabe...Seus ancestrais são bem violentos.-Diz Fudge.
-Quieto.-Moody ordena e Fudge faz um barulho de raiva.-Potter está escutando. Entre Potter.

Envergonhado, abriu a porta e acenou pro diretor.

-Se sente Harry.-Dumbledore sorriu fraco.-Espere aqui, eu e esses senhores iremos inspecionar onde Crouch desapareceu.
-Sim, senhor.-Harry foi até a cadeira e e se sentou.

Em seguida, os três partiram. Harry balançava sua perna, nervoso, droga, ele deveria ter tomado mais cuidado. Distraído, começou a olhar em volta da sala e observou um armário entre aberto, uma luz saía de lá. Harry levanta e abre mais o armário, vendo uma bacia de pedra cheia de um liquido estranho e cintilante.

Ao olhar mais, percebia que dentro da bacia havia um local, uma sala iluminada por tochas e cheia de bruxos. Ele chega mais perto e de repente, se sente ser puxado para dentro. Ele se surpreende, nenhum dos bruxos olhou pra ele ou estranhou a sua presença. Ao observar melhor, notou um Dumbledore e um Moody mais novos. Era uma lembrança.

Um Bartemius Crouch mais jovem, estava dirigindo um procedimento, uma audiência. Acorrentado a uma cadeira, Karkaroff negociava sua liberdade, oferecendo-se para identificar ex-comensais da morte. Nomeando, assim, Antonin Dolohov, Evan Rosier, Travers e Mulcibier. Entretanto, todos esses já haviam sido pegos ou mortos.

Pensando bem, Karkaroff exclama:
-Augustus Rookwood! Trabalha no Departamento de Mistérios e levava informação para o Lorde.-Diz Karkaroff.

A corte se surpreende, era uma informação nova.

-Karkaroff deve ser levado para Azkaban enquanto a corte delibera a sentença.-Crouch diz.
-Severus Snape! Severus Snape é um comensal!-Karkaroff diz desesperado.
-Ele já foi comensal, mas se tornou um agente duplo antes da queda de Voldemort.-Dumbledore diz.

A lembrança muda e agora, a sala possuía um clima mais leve. Ludo Bagman estava agora na cadeira, não acorrentado. Respondendo as perguntas de forma calma.

Ele não sabia que Rockwood trabalhava pros Comensais e achava que, na verdade, trazia informações deles pros Departamento. Os bruxos começam a votar e Harry nota, aquela era Wizengamot, o tribunal dos bruxo da qual Sirius tanto lhe explicou sobre quanto Draco e Teddy. Os juízes decidem liberar Bagman e Moody e Crouch parecem furiosos com isso.

A lembrança muda e agora ele via dois bruxos e uma bruxa acorrentados a cadeiras. Um deles parecia não ser muito mais velho que Harry. Eles estavam sendo acusados por torturar Alice e Frank Longbottom para tentar descobrir o paradeiro do Lord das Trevas, Harry sentiu sua garganta arder, os pais de seu amigo.
Wizenmont é unânime, pena perpétua para os três em Azkaban. O garoto, Barty Crouch Jr implora para seu pai poupa-lo, mas o homem não se importa com as lágrimas do filho, condenando-o.

Um segundo Dumbledore aparece e pelo cotovelo puxa Harry de volta ao mundo real.

-Desculpe diretor.-Pede o menino imediatamente.

Alvo não estava bravo.
-Isso é uma penseneira, Harry, eu a uso para escoar pensamentos para minha mente não ficar muito perturbada.-Dumbledore coloca a varinha sob sua têmpora e retira um fio de luz, levando até a bacia, uma nova lembrança.
Harry escuta sair da bacia a voz de Snape:

"-Está voltando...A de Karkaroff também. Está mais forte do que nunca..."

-Desculpe por bisbilhotar, diretor.-Pediu Harry.
-Curiosidade não é ruim, Harry, só tome cuidado.-Pediu o diretor.

Harry notou a figura de Snape mudar para outra na penseneira, Berta Jorkins! Só que bem mais nova, quando ainda era estudante. Ela se queixava de ser sido azarada por um garoto por ter contado que ele beijou Florence atrás das estufas, o diretor Dumbledore da penseneira questiona o que ela estava fazendo atrás das estufas.

Eles se afastam da penseneira e se sentam. Harry conta seu sonho e surpreendentemente, Dumbledore já sabia que a cicatriz dele andava ardendo demais, o diretor estava se correspondendo com Sirius. Dumbledore acredita que esse sonho foi muito incomum e que a cicatriz de Harry dói sempre que Voldemort está por perto ou está sentindo fortes emoções. No sonho, Harry não via Voldemort, apenas a poltrona, de costas.

-Não há nada pra ver Harry, ele ainda não tem um corpo.-Dumbledore respira fundo.-Voldemort está cada vez mais forte. Quando ele chegou ao poder, na primeira vez, houve desaparecimentos inexplicáveis e está acontecendo novamente. Bertha Jorkins, Bartemius Crouch Sr e Frank Bryce. Eu acredito que todos estão ligados...Mas Fudge não.-O diretor sorri.
-Diretor, na sua lembrança...Os pais de Neville foram citados. Eu não ouvi muito sobre eles.-Diz Harry.
-Ambos foram torturados até a loucura. Teddy recebeu a mesma maldição, se lembra? Cruciatus. Ambos estão no St.Mungus e ficarão lá para sempre, Neville foi criado pela avó.-Diz o diretor.-Harry, eu acredito que Aurora e Teddy saibam, mas não conte aos outros, isso é história dele e ele contará quando se sentir confortável.

-É claro, diretor. Sobre Bagman e Snape?-Perguntou.
-Bagman nunca mais se envolveu com nada das trevas. E eu confio totalmente no Snape, Harry. -Dumbledore diz e Harry assente.-Boa sorte na terceira tarefa.
-Obrigado, diretor.-Harry se levantou e foi embora.

Os Herdeiros dos Marotos e o Cálice de Fogo.Where stories live. Discover now