Capítulo 7

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Tinha sido um dia difícil, estava voltando do meu doutorado, depois de trabalhar a manhã inteira. Nora estava cozinhando na cozinha, o que me deixava triste porque ela estava passando mal nos últimos dias, mas também porque eu amava cozinhar.

—Oi Nora! Desculpa a demora, hoje o professor se enrolou na aula e...

—Eu estou fazendo seu favorito.—Nora me interrompeu—Fiz fondue de queijo, e eu mesma fiz o pão!—Nora me mostrou orgulhosa o pão que ela fez.—De sobremesa terá de fondue de chocolate.

—Tem uma coisa muito boa ou muito ruim para me falar?

—Aposto que ela vai falar algo ruim—Max sempre me motivava de uma forma incrível.

—Fica calmo, pimenta—Nora levou o pote de fondue a mesa

Sentia falta de ficar assim com ela, havíamos nos casado faziam uns 5 anos e eu estava sempre muito ocupado, ou trabalhando, ou estudando. Sempre que podíamos ficávamos juntos. Chamávamos alguns amigos de vez em quando para jogar jogos de tabuleiro (em que Max roubava em meu nome).

Eu não conseguia parar de olhar para Nora, o cabelo dela tinha crescido um pouco, estava mais Joãozinho do que inteiramente raspado. As tatuagens e os piercing no corpo dela deixavam ela parecendo uma motoqueira muito assustadora, no fundo ela era um pouco assustadora as vezes.

—Vocês são muito chatos, só ficam comendo e sendo apaixonados e—Max fez um som de vômito.

Às vezes eu tinha vontade de responder Max, mas eu tinha medo de minha esposa me achar louco e me levar para um hospício. Max de certa forma estava certo, a gente realmente fazia aquelas coisas.

Nora colocou a mão sobre a minha e abriu um sorriso, parecia nervosa, algo que era muito raro. O trabalho de ficar nervoso era todo meu!

—Eu tenho uma novidade para você, eu... acho que você vai gostar.—ela pegou uma caixinha e abriu, nela tinha um palitinho com um marcador.

—Você... você está?—eu estava chocado?

—Sim... eu estou...—eu nem deixei ela terminar a frase.

—Com febre?! POR QUE ISSO SERIA BOM?

—Febre? Eu estou grávida!—eu quase desmaiei, minha pressão caiu um pouco.

—AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!—eu e Max gritamos ao mesmo tempo.

—Eu sei—ela riu um pouco.

Eu ia ter uma criança, eu ia ser pai. Aquele momento foi um dos mais felizes da minha vida.

—Eu vou ser.... o que eu vou ser — Max só perguntava isso.

Meu amigo, MaxWhere stories live. Discover now