Capítulo 10

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CALEBE

Foi há seis anos atrás. Me lembro de estar na festa da colheita que temos todo ano na cidade. Os fazendeiros de plantação levam suas colheitas para vender. Fernández é quem ganha toda vez, os turistas veem de longe só para saborear o velho e bom vinho dele. Eu costumo estar na colheita mais ao invés de vinhos ou pastas eu negocio cavalos. Eu estava lá quando a vi. Cabelos rebeldes e pretos, pele clara e olhos azuis. Nossa, era a mulher mais linda que eu já tinha visto. Ela me contou que estava na cidade em busca de um novo começo. Havia fugido do pai que queria que ela se casasse com um homem velho e rico para herdar um bom nome. Naquela noite ela me contou sobre sua vida triste, seus sofrimentos e eu permitir que ela me visse como seu confidente. Nora era a mulher mais linda e doce do mundo.

 Naquela mesma noite eu me apaixonei e depois de uma longa conversa, nos beijamos e eu me apaixonei por ela. Um mês depois ela já estava morando na fazenda e amava meus irmãos. Darcey a via como a mamãe dela, a figura materna, mesmo sendo muito pequena se agarrou a ela. Cada dia que passava eu a amava muito mais. 1 ano depois descobrimos que ela estava grávida. Para mim foi a coisa mais linda do mundo. As pessoas diziam que era rápido demais a nossa relação mais sabiam que tinha amor e por isso não podiam deixar de me desejar boa sorte, além do mais eu ainda estava ferido recentemente pela dor das perdas de minha mãe e das loucuras do meu pai. 

Foi com a chegada da gravidez que tudo começou a mudar. Nora começou a me evitar e tudo ela dava um jeito de brigar. Eu já estava sem saída, porque fazia de tudo para ela. O amor deixa a gente cego e bobão. Me lembrava do meu pai e percebia que eu estava sendo igual ele, loucamente apaixonado por uma mulher e capaz de tudo para vê-la feliz. Porem, muitas vezes, por mais que você faça tudo nessa vida por quem ama, não será o bastante se a pessoa não viver da mesma visão que você. Eu tinha a visão de viver o resto da minha vida com Nora e nosso filho, mais ela parecia ter outros planos.

 Quando Lorenzo nasceu, eu pude apenas ficar com ele até os três meses e foi só isso. Em uma manhã, enquanto eu fui para a fazenda cuidar dos bichos, Nora pegou meu filho e foi embora. Toda a cidade sabia que ela tinha entrado em um carro e ido embora, mais ninguém sabia que carro era esse. Depois eu soube que o filho dos Esten, um jovem arrogante a tinha levado. Eu nunca mais a vi. Ela não levou só meu filho, ela levou também meu coração e minha vontade de viver. Levou tudo que eu tinha construído para nós, uma vida cheia de amor. Por um bom tempo eu quis cair na vida e deixar tudo para trás, mais eu tinha Austin e Darcey e eles não poderiam ter mais alguém na família bêbado ou fugindo. 

Ergui todas as minhas forças e me levantei como um homem que meu pai me ensinou a ser antes de se perder no mundo. Comprei Madeleine no mês seguinte e saia com ela sozinho fingindo ir trabalhar só para chorar. Muitas vezes eu acordava e ia para ela, para que pudesse sofrer em silencio sem que meus irmãos vissem. Por isso eu digo que Madeleine é a minha fiel companheira. Ela viu coisas que ninguém nunca viu e suportou comigo os dias tristes que eu vivi. Essas dores eu vou carregar para sempre, mais vou carregar como um homem porque tenho responsabilidades.

- Ela já dormiu? - Austin pergunta quando volto a me sentar na varanda.

- É, já sim. - me sento e olho para ele. Seus olhos estão na escuridão.

Desvio os meus para la também.

- Quer falar sobre isso? - Austin me pergunta e tenho que olha-lo. - Você sabe. Sobre a mamãe e Nora.

Ele sabe. Austin sabe que toda vez que tenho alguma lembrança da mamãe eu também me lembro de Nora. Me surpreende muito que as vezes ele deixa de ser o jovem marrento para ser o único homem adulto com quem eu posso desabafar. Porém, não quero falar disso com ele.

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