Chapter Eleven || Get Better

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Maya:

Sabe, eu odeio quando sou enganada. Pra falar a verdade, eu odeio tudo nesse momento e se realmente é pra ser sincera, eu vou dizer a verdade, me arrependo de não ter tratado bem a minha irmã, ela só queria reatar a nossa amizade mas eu fiquei magoada. Eu sou humana e tenho o direito de errar. Eu nem acredito que minha irmã tinha quebrado a perna e eles nem me disseram, assim que cheguei nesse hospital meus pais me falaram que a situação dela está gravíssima e que talvez ela não se recupere tão rápido. Nesse momento estamos eu, minha mãe, meu pai e o Robert sentados esperando uma notícia do médico. Reparei que tanto minha mãe quanto meu pai estão com a cara fechada e não se olham um só momento, nem se falar eles falaram. O que será que está havendo? Vai ver é só o nervosismo por causa da Thayla.

- Toma. - Robert me tira dos desvaneios, me entregando um copo de água. Ele saiu para buscar água e eu nem reparei.

- Obrigado! - sorrio.

- Você precisa descansar, está pálida. Parece que você é quem vai passar mal. - ele não deixa de ter razão. - Vem comigo? - me estende a mão.

- Pra onde?

- Você precisa comer algo. Vem?

- Tá. - pego em sua mão e saio com ele. Achei que íamos na lanchonete do hospital mais ele está indo para fora do hospital. - Robert.

- Calma, eu não vou te sequestrar. Vamos almoçar, mas eu não confio nesses hospitais. - fala abrindo a porta do seu carro para mim. Entro no carro e fecho a porta em seguida, logo ele entra também e dá a partida. E assim, saímos de lá... Apoio minha cabeça na janela do carro e respiro bem fundo. Será que eu devo continuar com isso? Talvez se eu voltar pra casa tudo volte ao normal, as vezes eu sou tão idiota. Ajo feito uma pirralha mimada, mas está na hora de mudar. Cansei de ser essa garotinha idiota e mimada que todos me acham... Cansei de estar sempre querendo a atenção dos outros, agora entendo o porquê de Robert me chamar de Polly, meu Deus! Eu sou tão ARTIFICIAL. Totalmente? Não sei. Mas ainda há tempo de mudar e eu vou mudar. Talvez seja por eu ser tão artificial que meu ex namorado me deixou, ele só queria me levar pra cama, eu não dei o que ele quis e ele me abandonou. Ainda sinto falta daquele idiota. Ele foi meu primeiro beijo, e claro que eu lembro dele. Ai droga! Sinto lágrimas saindo dos meus olhos... Não!

Não deixe Robert ter esse gostinho de ver você chorando.

Tento limpar rapidamente... Ops, tarde demais.

- Por que está chorando?

- Nada.

- Como assim nada? Eu sei que isso tudo é pesado pra você, Maya. Mas é só um tempo ruim, logo vai ficar tudo bem.

- É, eu espero que sim. - sorrio para ele e ponho meus fones de ouvidos... Coloco na música perfeita para esse momento Just a little bit of your heart/ Ariana Grande

Essa música é tão triste quanto eu estou agora. Não, eu estou mais triste! Sei lá, ouvir música me deixa fora de órbita por um tempo e tudo o que mais quero nesse momento é ficar fora de órbita. Só isso. Seria pedir demais?

(...)

Bom, depois de longos 20 minutos, chegamos a um restaurante. Por incrível que pareça, esse idiota do Robert não está querendo me provocar hoje, muito menos me irritar. Ao contrário, está sendo atencioso e bondoso comigo. Deve estar de trégua por hoje. Depois dele puxar a cadeira para mim, me sento e logo vem o garçom.

- Posso anotar os pedidos?

- Ainda não escolhemos. Assim que escolhermos, o chamamos. - o garçom assentiu e saiu. - O que vai querer, Maya?

- Tem veneno?

- Quer se matar agora?

- É. Não seria má idéia.

- Pra que usar veneno? Se você quiser eu posso te atropelar. Vai ficar usando veneno atoa?

- Heey... - disse enquanto lhe tacava o guardanapo. Não pude resistir e comecei a rir. E ele me acompanhou na risada.

- Pelo menos já te fiz rir. Um ponto pra mim. E então? O que vai querer? Ah, nada de venenos.

- Seu idiota! - disse rindo. - Vou querer só um risotto e uma salada.

- Ok! - ele acenou para que o garçom viesse e logo ele veio. Assim que chegou, foi feito os pedidos e não demorou muito para vir com eles também. Almoçamos, rimos, brincamos e por uma fração de segundos esqueci que tinha problemas. Por incrível que pareça, hoje eu ao lado do Robert eu me sinto tão... Bem!

(...)

Já estamos no carro voltando para casa, e parece que todos os problemas veio a tona na minha cabeça de novo. Por que tem que ser tudo complicado? Eu queria estar sonhando e pensar que tudo isso não é verdade, mais fazer o que né?

O jeito é pedir a Deus perdão por todos os erros que cometi e pedir para que minha mana saia dessa. Vou também cumprir minha promessa e mudar.

- Para de pensar nos seus problemas um segundo.

- Como sabe em que eu estou pensando, Robert?

- Simples. Quando estávamos no restaurante e você estava sorrindo, deu pra ver que não estava pensando em problemas. Afinal, quem é que sorri ao lembrar de seus problemas?

- Presta atenção na estrada e vê se me deixa.

- Eu odeio te ver assim. - eu ouvi mal ou ele disse realmente isso?

Pela primeira vez não sei o que dizer, ele conseguiu me deixar sem palavras. Será que ele está brincando Comigo? Eu podia ver pela sua expressão mas não tenho coragem de olhá-lo. Um silêncio tomou conta desse carro.

- Se você estiver triste eu não posso te perturbar. - completa ele.

Claro! Eu sou tão idiota em achar que por um segundo ele se importou comigo.

- Hum. - falo e seguimos em silêncio até chegar ao hospital.

Por que será que aquela frase mexeu tanto comigo? Ai que droga.

Uma Patricinha DiferenteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora