Chapter Twenty-Eight || What He's Doing Here?

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Então ele simplesmente achou que você cuidaria do filho dele? - perguntou Lari e eu assenti. Nós estávamos no sofá, vendo um filme e eu contei pra ela tudo o que aconteceu a 3 dias atrás. - Mas Maya, ele não tem ninguém com quem deixar a criança.

- E você acha que eu não sei? - aumentei meu tom de voz mas não cheguei a gritar. - Você acha que eu estou com a consciência tranquila? Acha que eu estou conseguindo dormir desde que tudo isso aconteceu? Ele vai morrer e a única pessoa com quem ele contava, não quer cuidar do filho dele. - suspirei e me levantei. - Mas eu também não posso cuidar de uma criança. Eu não sei como cuidar de uma criança, não sei nem como cuidar de mim.

- Maya, eu te entendo. Mas também entendo o Matt e ele deve estar se sentindo sozinho nesse momento. Só é ele e a criança agora e com certeza ele não quer deixá-lo em um orfanato.

- Lari, você não está ajudando. - falei.

- Eu estou falando a verdade. Mas tudo bem. - ela levantou as mãos em rendição. - Agora me diz, o que você vai fazer?

O que eu vou fazer? Bom, vou deixar uma carta para meus pais dizendo que os amo muito e vou me jogar da Torre Eiffell!

- Não sei! - me joguei no sofá e prestei atenção no filme. Ou tentei.

- Alguma coisa, você precisa fazer.

- É. Mais o que?

- Quem tem que me dizer isso é você, Maya. - ela foi até a cozinha e eu fiquei alí no sofá.

Lari tinha toda a razão, eu tenho que decidir o que fazer. Não posso deixar uma criança que não tem culpa de nada, ficar sozinha no mundo. Mas como eu vou ajudar essa criança se eu estou em crise com o Robert, com o Matt e comigo mesma. Deus! Eu preciso de uma luz.

- E o que eu faço agora? - perguntei enquanto caminhava lentamente até a cozinha.

- Liga pra ele e pede para os dois se encontrarem, para conversarem sobre a criança. - disse ela. - Aliás, é um menino ou menina?

- Menino. - suspirei ruidosamente. - Um menino lindo, porém, mal nasceu e já tem problemas familiares. - falei enquanto andava de um lado para o outro. - Ele vai para um abrigo, não é?

- Ou orfanato.

- Eu não posso fazer isso com uma criança. - me joguei no sofá novamente.

- É, não pode.

- Mas também não posso simplesmente criar uma criança.

- É, também não pode.

- Larissa, você não está ajudando.

- Desculpa! - ela deu de ombros. A campanhia tocou e eu fui até a porta, a abri e dei um longo suspiro ao ver quem era.

- Já não morre tão cedo. - falei, dando passagem para que ele entrasse.

- Isso é o que você pensa. - ele entrou e parou no meio da sala.

- Ahh, é tão fofo. - disse Larissa.

- Obrigado!

- Não você, Matt. - ela foi até ele e pegou o garoto do seu colo. - E sim ele. - ela deu um beijo na testa da criança, que logo sorriu. - Eu e ele vamos sair, para vocês conversarem. - ela saiu e nós ficamos sozinhos. Eu me sentei no sofá.

- Pode se sentar, Matt. - falei. Ele se sentou ao meu lado e eu o analisei. Ele estava com a aparência mais cansada, e parece que não dormiu nada.

- Acho que você já não está com tanta raiva de mim, né?

- Eu sempre vou estar com raiva de você. Não só pelas coisas que você me aprontou hoje, mas pelas coisas que você me aprontou ontem e também pelas coisas que você pode me aprontar amanhã. Mas eu não vou descontar essa raiva em uma criança que não tem culpa de nada. - ele abriu um sorriso.

Uma Patricinha DiferenteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora