Capítulo 1

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Era um tarde quente e chuvosa de verão quando um choro de bebê foi ouvido por uma caçadora humana...

 Uma tribo nômade de saqueadores costumava viajar pelas montanhas no Oeste do continente. O grupo era composta por alguns draconatos e orcs, mas em sua maioria, por tieflings.

 Eles não eram apenas um grupo qualquer de ladrões, eles era verdadeiramente uma tribo bárbara especializada em magias ritualisticas e em violência. E como de costume, os membro do grupo devia procriar apenas entre si, mas apenas os melhores exemplarem da prole, os que tinham maior potencial de se tornarem guerreiro, permaneciam e era criados pela tribo.

 Certo dia, um tiefling veio ao mundo em uma madrugada chuvosa de primavera. Ele era filho de membros dessa tribo e nasceu durante uma viagem. Era um bebê muito pequeno e tinha um fraco fluxo de magia correndo por seu corpo. Exatamente como os outros que simplesmente eram deixados para trás.

 Uma figura esguia e alta usando uma capa coloca o recém-nascido em cima de de uma pedra bem lisa no meio do bosque. Ela olha para o bebê pela última vez e se levanta, desviando seus chifres de alguns galhos baixos. Ela vai seguindo caminho por entre as árvores, o terreno é um pouco declínio, o bebê ficou na parte baixo enquanto a figura encapuzada subia o desnível.

 Algumas horas se passam. O sol está a pino, momento em que muitos criaturas saíam de seus refúgios para se alimentar e beber água. Caçadores de um grande vilarejo costumavam caçar por entre as montanhas para abastecer a cidade durante esse período. Apesar dos lamaçais que se formaram na floresta com o tempo chuvoso, eles sabiam que os animais e demais criaturas não deixariam de perambular pela mata. O grupo se dividia em duas partes: os lanceiro, que abriam caminho e procuravam rastros e os arqueiros, que cuidavam da retaguarda e faziam a escolta do grupo. Eram apenas oitos pessoas, sendo 7 humanos e um meio-elfo.

 Em algum momento, próximo do meio-dia, o grupo encontrou rastros de pegadas grandes junto a marcas que pareciam de rodas. Entranhando, eles decidiram seguir os rastros para ver o que encontravam, geralmente, animais vão atrás de restos de comida que viajantes deixam para trás.

 O grupo continua andando por algum tempo até que chega numa área desnivelada. Os arqueiros estão em alerta, prestando atenção em tudo a seu redor. De repente, uma arqueira que estava mais próxima da depressão do terreno escuta um barulho agudo, mas não é um animal... É um bebê!

 A arqueira imediatamente para e olha em direção as árvores que ficavam para baixo e percebe um grande pedra horizontal, o som parece estar vindo naquela direção. Ela passa o arco pela cabeça e o deixa pendurado no ombro, em seguida, ela desliza pelo barranco em direção a pedra. Quando ela chega, ela vê um bebê tiefling coberto por um pano. Ele não parece estar machucado, mas chora muito.

- Gente! Venham aqui! - Grita a caçadora para o grupo.

- Eli, o que aconteceu? Isso chorando é um bebê? - Pergunta um dos caçadores.

- Venham rápido! Vou precisar de ajuda.

  Ao chegarem, os outros membro do grupo se assustam ao ver o bebê de pele avermelhada e pequenos chifres saindo da testa.

- Não podemos deixa-lo aqui, me ajudem a subir com ele. - Afirmou Eli para o grupo.

- O⁸lha Eli, eu não sei se isso é uma boa ideia. É um tiefling! - Disse o líder dos caçadores, um dos lanceiros.

- O que quer dizer? Você não está sugerindo deixa-lo aqui, está? É um ser vivo, é só um bebê!

- Olha... - ele olha para os outros caçadores e todos olham para ele confusos quanto ao que deve ser feito - Não acho que alguém do vilarejo vai aceitar cuidar de uma criatura dessas...

Lajy, o OdiadoOnde histórias criam vida. Descubra agora