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Narração/ Lucca

Seu corpo suado, junto de suas bochechas vermelhas, seu coração batendo forte e seu sangue parecia ferver em seu corpo. Olhou para cima onde havia a arquibancada e viu Cony ali, assim que se assustou, recebeu a bola com força em seu rosto.

— PORRA LUCCA, PRESTA ATENÇÃO!!— Gritou um dos garotos que jogava no time contrário.

Se desculpou, mas quando foi sequer dar o saque da bola, ouviu o apito ecoar em seu ouvido.
Suspirou fundo e saiu da quadra, indo em direção as arquibancadas, na parte inferior do lugar. Pegou sua água e começou a beber, enquanto encarava a garota lá em cima.

— O que foi Luccca? Vai dizer que a gótica da 202 roubou seu coraçãozinho. — Disse Pk o empurrando de leve.
— O Lucca com uma garota, virou hétero foi? — Disse algum dos meninos do time. — Desiste loirinho, ela é muita areia pro seu caminhão.

Revirou os olhos e olhou para o ditador das frases.

— Cala boca, Bruno. Você é o maior talarico da escola, todo mundo sabe que você sempre quis pegar a namorada do André e sempre levava fora.

Em um passo Bruno foi até a Lucca e o ergueu pela gola da camisa. — Olha aqui seu viadinho, todo mundo sabe que você tava se pegando atrás dos armários com o Gabriel, sorte sua que ele saiu da escola.

— Sabe o que é incrível, Bruno? Você já tem barba na cara e mal sabe fazer uma conta simples, eu pelo menos tenho coragem de assumir as coisas que eu faço e você? Acha mais fácil esconder atrás de homofobia?

Falou Lucca com uma voz firme. Sentia ter que erguer a ponta de seus pés, para ficar na mesma altura que ele. Na descida das escadas, viu vários garotos entrarem para o segundo tempo do jogo. Assim que o outro levantou a mão para bater no loiro, ouviu a voz de Cony interrompendo a briga.

— Ei meninos, não vão brigar aqui. Eu vim trazer seu casaco Lucca, você vive esquecendo as coisas.

Disse a, Bruno se afastou e seguiu o caminho para fora do salão.

— Obrigada Cony, eu... Eu não dormi direito e isso... é...Tirou minha concentração hoje. Obrigada.

Falou dando inúmeras pausas sobre o assunto. Pegou o casaco em suas mãos e sorriu. Ela olhou para o chão e apenas virou as costas sem dizer tchau.

— É cara... Ela tá tão na sua...
Disse Pk.

(...)

— Ei cara, temos aula agora porra, terceiro turno. — Carlos olhou o relógio, a aula três era de filosofia. Sabe se lá quantas faltas tinha e dessa vez não seria diferente.

Deu de ombros e subiu as pequenas "escadas" que faziam papel de assento. Novamente, o turno de vôlei trocou. Olhou atentamente para todos que passavam pela porta de aço. Viu o garoto que se sentou em sua frente pela manhã. Ele parecia mais bonito do que realmente era na  cabeça de Lucca, e como era.
Conforme o jogo ia passando, se encantava mais com qual a forma que ele jogava. *Totsu? Ah então esse era o nome do rapaz. Ou apenas um apelido? Isso já não era problema da cabeça do garoto.

(TOTSU vem de  TOTSUZENISHI, morte súbita em japonês)

Foi despertado pelo som alto do apito o qual ecoou em seu ouvido. Olhou para baixo após sentir uma sensação de dor, viu uma ereção formada entre suas pernas e bem marcada por causo do tecido fino que usava.

Viu o causador daquilo novamente balançar os cabelos molhados e jogar água contra sua garganta. Se levantou o mais rápido possível, pegou a mochila que havia trazido junto, colocou na frente daquilo e passou pelos garotos pedindo "licença" baixinho. Sentia os olhares por trás de si.
Se trancou no banheiro, dando duas voltas na chave, olhou para cima e por algum milagre o "teto" era fechado, fazendo com que ninguém o visse por cima. Abaixou as calças devagar e olhava para o lado um tanto aflito.

Começou a passar a mão pela sua glande, segurando ao máximo os gemidos. Sempre que escapava um ficava um tempo em silêncio, esperando pra ver se estava totalmente sozinho. Continuou passando sua mão pelo seu penis, indo mais rápido, mas devagar conforme sentia necessidade. Revirou os olhos se agarrando a suas roupas com força. Assim que sentiu seu corpo amolecer, atingiu o orgasmo de uma forma de alívio.
Ouviu passou no banheiro e se pendurou para que não vissem seus pés. Aquilo fazia toda a sensação pós orgasmo ter que sair de seu corpo rapidamente. Sua respiração ainda ofegante fazia que o medo de olhe escutarem fosse grande.

— Pegou a Nichole da 207, Castiel? Ouvi dizer que ela queria te beijar na festa e você negou.

— Não, ela não faz meu tipo. É o tipo de garota que eu repugno.

A voz de Castiel, ou Tostu, como preferir parecia ser calma, porém lembrava muito a voz de alguém que estaria com alguns problemas de pulmão. Talvez por causa da nicotina em seu corpo.

Assim que tudo ficou em silêncio, sentiu-se seguro para destrancar a porta. Mas o que Lucca não imaginava é que...






Att

Kkhnkkkkk, obrigada por ler.

~ Lav.

Flowers Can Kill - Hanahaki. Onde as histórias ganham vida. Descobre agora