Flowers Can Kill - Hanahaki.

𝟏.

/Narração/ Lucca/
Uma bela manhã de segunda-feira para quem ainda poderá ficar em casa tendo seu sono. Mas não para Lucca que ao menos tinha dormido aquela noite, o segundo  ano de ensino médio parecia ser assustador para um garoto de 17 anos. Ouviu seu despertador tocar, seguido de um soco na mesa que ele próprio deu.

— DROGA! Eu perdi de novo. — Disse Lucca se espreguiçando na cadeira. Foi até seu celular e desligou o alarme. — Merda, deveria ter ido dormir cedo ontem. — Fala irritado e se levanta da cadeira indo em direção a seu guarda roupa e colocando qualquer coisa que viu pela frente. O sentimento de euforia com cansaço, fez com que nem pensasse em ao menos tomar café da manhã.

Lucca morava em um condomínio fechado, algo um tanto chique. Mas não se esnobava e nem era popular na escola por causa do dinheiro que tinha. Sentiu o celular vibrar em seu bolso, assim que entrou no elevador. Era Pk o ligando.

[...]

— Aqui está seu lanche, idiota.
Diz Lucca com uma voz sonolenta, deixando um saquinho com um lanche por cima da mesa de Pk.

— Obrigada, aqui seu dinheiro.
Pk levantou o olhar. Suas olheiras eram nítidas naquele rosto pálido.

O loiro pegou o dinheiro da mão dele e foi até o fundo da sala, se sentando em qualquer local que havia ali. Pegou seu celular, vendo que todos estavam atrasados.

📲 Mais uma vítima de Hanahaki, veio a óbito essa semana. Os números vem aumentando a cada dia. A doença do amor, ou a síndrome de vomitar flores é uma doença, causada pelo amor não correspondido. O sujeito qual se apaixona, começa a vomitar pétalas com sangue, logo vai aumentando para caules com espinhos, até mesmo flores inteiras. Quando as flores tomam conta de seus órgãos, a pessoa pode fazer uma cirugia de retirada, mas com isso, jamais poderá se lembrar do ser o qual se apaixonou. Causo seja correspondido, as flores saem de seus órgãos, mas isso ocorre somente se for verdadeiro.

Lucca apenas revirou os olhos e continuou descendo, até olhar a porta e ver seus novos colegas entrando. Uma garota se sentou de seu lado e logo afrente um rapaz, parecia ser muito bonito. Alto dos cabelos escuros e roupas pretas, acompanhado de outros dois que se sentaram ali próximos. Olhou Pk no canto da sala e o viu de cabeça baixa adormecido, não havia mais como mudar de lugar, afinal a professora já havia chegado.
Os garotos não pareciam falar coisas que Lucca não entendia, era algo sobre jogos e computação.

— Lucca Smith. — Falou a professora, com um tom autoritário.

— Presente...

(...)
A aula dava continuidade, nosso protagonista não podia se quer tentar ter uma aula normal sem cochichos sobre seu nome ou coisas que considerava estupidas ao seu interesse, como a própria Hanahaki. Lucca não acreditava que aquilo era real, dizia que era apenas invenção de mídia e nada mais.
Em quanto a seu nome? Ah bem... Boatos que ele haveria se envolvido com um garoto mais velho de seu time de vôlei e que ambos foram pegos por outros alunos, se beijando atrás dos armários. O loiro não tinha problemas com si mesmo sobre sua sexualidade, sempre se rotulou pansexual desde seus 14 anos.

— Hey, seu nome é Lucca Smith, não é? Acho que está pasta é sua. Eu sou a Cony. — Disse a menina que havia se sentando a seu lado para a primeira aula. Entregou uma pasta branca a qual havia TODOS seus desenhos do ano passado.
Sabe-se lá quanto que havia perdido aquilo e o desespero de achar não durou muitas semanas.

— São desenhos muito bonitos, ficaram na minha casa por alguns meses. Não sabia onde você morava então acabei pegando para... lhe devolver na volta as aulas. — Assim que tocou suas mãos nos desenhos, sentiu um frio percorrer por seu corpo.
A pele da menina era pálida a chegar a ser incrivelmente branca, seus cabelos eram escuros feito carvão, suas mãos eram bem marcadas pelas veias azuis como céu.

— A-Ah obrigada... — Falou gaguejando. Tinha vergonha de seus desenhos, por ser como se expressava de certa forma. A garota podia ter deixado na secretaria, mas iria ser mais fácil de perderem aquilo do que ele achar depois.

Se levantou da cadeira e puxou Pedro (PK) pela manga do casaco.

— Você beija as novatas depois, vem a gente tem jogo, idiota.

Att:
A mãe tá de volta, espero que vocês gostem da fic nova.
~Lav