Watch-Pad: O reality show de papel [Mary]

O fim de uma história

Quando fui ver quem batia a minha porta interrompendo o meu sono maravilhoso eu não imaginava que fosse ela. Para falar a verdade acreditei que ela nunca me encontraria, mas eu estava redondamente enganada.

Lá estava ela, Eris, longo vestido dourado, olhos díspares, cabelos grisalhos e curto, fumando um cigarro também dourado de cheiro terrivelmente forte.

Ali eu vir que não sobraria nada de mim além do corpo destruído por ela, mas eu não me entregarei sem lutar, não vou mesmo.

- Olá, Eris.

-Olá Eris?! Vejo que não faz ideia de como de portar diante de uma divindade. Achou mesmo que não seria encontrada? Que fugiria de mim? Meus Apóstolos me decepcionaram... Resolvi vir pessoalmente. Devia se sentir honrada. Morrerá pelas mãos de uma Deusa. - Ela cuspe uma torrente de fumaça bem na minha cara.

- Cof, cof, cof. -Não pude deixar de tossir. Aquela fumaça tinha um cheiro que irritava meu nariz.

- Se veio tenta me matar fique a vontade, aposto que acabou com você em dois tempos, sua Deusazinha de merda.- Deixo minha raiva falar mais alto.

- Geralmente gosto de ousadia, mas só quando vem de um ser com poder. Vindo de você? É só uma piada de muito mal gosto. Vai acabar comigo? Faremos um acordo: se conseguir ao menos me tocar, te mato rapidamente, sem te torturar muito. O que acha?

- Fechado.- Uso minha velocidade sobrenatural e tento da um soco no rosto dela.

- É o melhor que pode fazer? Vamos lá, me entretenha um pouco! - Ela fala segurando meu punho e o partindo como se não passasse de um graveto.

- Ahhhhhhh.- Sinto uma dor dilacerante percorreu meu braço, dou um chute em sua canela a fim de escapar e tentar pegar algo para me defender. Consigo sair de seu aperto então fui em direção a cama para pega uma arma.

- Pois bem. Tenho palavra. Será rápido.

A fumaça que saia do cigarro dela agarrou meu pescoço, não sei como, e me jogou com tanta força na parede que sentir o ar se esvair dos meus pulmões. Cai de quatro no chão tentando recuperar o fôlego, mas estava quase impossível. Acho que chegou meu fim.

Ela me pegou pelos cabelos e retirou do vestido uma adaga de pura prata.

- Seja lá para onde seu espírito imundo vá, jamais vai esquecer esse olhar. Ficará gravado em sua essência. Morra!

Quando pensei que podia dar adeus ao mundo humano, uma faísca de esperança apareceu, Ezequiel em forma de lobo atinge Eris e ela vai para longe o suficiente para ele me ajudar.

- Mary, olha pra mim! Você tá legal?

- Estou quase morrendo, mas estou bem, como me achou?

- Graças ao dom que me deu. Olfato. Não foi difícil, apesar de você ser boa em esconder vestígios. Agora precisamos sair daqui... Você vai ficar bem... - Nunca me sentir tão feliz em vê-lo.

Ezequiel me ajuda a levanta, a esse ponta já estáva recomposta e pronta para brigar, apesar do pulso não ter se curado totalmente.

Um barulho estranho interrompeu nosso diálogo, nós dois olhar a Deusa da Discórdia.

Já recomposta, encontrava-se sentada na cama, comendo uma maça dourada. O ruído vinha de suas mordidas vorazes.

- Vamos acabar com ela primeiro, vamos? - Ela nos olhava com uma cede de sangue que chegava a gelar a espinha.

- Vamos! Ela não está de posse se todo o seu poder. Era pra isso que queria sacrificar você. Talvez aja uma chance. Mas sabe que morrer é uma possibilidade alta. Então... Tenho que dizer isso. Eu amo você. Você foi capaz de dissertar algo que achei que havia morrido para sempre dentro de mim. Era isso. Agora vem... Vamos atacar juntos!