[48] Maquinações

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Reescrito

🏴‍☠️



Seus passos eram decididos, porém leves. Sungjae andou gracioso e elegante até estar diante do capataz de aparência rude. Jimin estava segurando seu punhal com tanta força que salientava os nós dos dedos. Jisung permaneceu quieto ao seu lado, com medo pelo Ômega mais velho e prestando atenção em tudo o que ele fazia. Ele olhou para seu irmão, mas Jimin não tirava os olhos do Alfa.

Com a aproximação de Sungjae, o capataz apertou o cano do fuzil e apontou para ele, mas ao notar que se tratava de um Ômega belo e jovem, o Alfa rapidamente mudou sua postura.

— O que essa doçura está fazendo sozinho por aqui, uma hora dessas?

Sungjae o encarou durante três segundos e desviou o olhar, sorrindo de canto e simulando estar envergonhado. Por dentro ele sentia náuseas. Ele colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e ergueu minimamente o rosto, com falsa timidez e um olhar esbanjando inocência.

— Estou perdido, poderia me ajudar a chegar em alguma taberna? — A voz de Sungjae estava tão suave que parecia ser feita de algodão. 

Seu aroma docinho combinado a aparência delicada e submissa atiçava a imaginação do Alfa, que estava cheio de más intenções diante da presa fácil.

“Hoje é meu dia de sorte” — o Alfa pensou já sentindo o membro agitar-se por baixo das roupas.

— Te levo para onde quiser, coisinha linda. Só preciso me certificar de que esses animais estão bem presos. — Com um sorriso, Sungjae assentiu esperando o Alfa entrar na senzala e verificar se todas as celas estavam trancadas. Ele olhou disfarçadamente para trás e viu que Jisung estava sozinho. — Pronto, doçura. Agora vou te mostrar como chegar ao paraíso.

— Mas, moço, eu só quero chegar em uma taberna.

O Alfa sorriu, abraçando-o pela cintura. 

“Não vomite” — Sungjae ordenou a si mesmo, mentalmente.

— Claro, claro. Por aqui. 

O capataz o guiou na direção de uma viela ao lado da senzala, um caminho esquisito e com pouca iluminação. Assim que sumiram na semi escuridão, o Alfa apertou a bunda dele e o empurrou para frente.

— Fica de quatro para o papai. 

O Alfa mal teve tempo de abrir as calças quando sentiu uma mão agarrar seu ombro e uma lâmina deslizar por sua garganta. Os joelhos dele cederam e o encontro com a morte foi iminente, poucos segundos após cair desmazelado no chão. Responsável pelo assassinato, Jimin surgiu logo atrás.

— Obrigado. — Sungjae agradeceu.

— Você não devia andar desarmado...

— Menino, o que você acha que a tripulação vai fazer se me pegarem com uma arma?

— Oh, céus. — Jisung se aproximou com a mão na boca, tentando conter o choque. — Ele morreu mesmo?

— Sim. E sujou meu punhal, esse nojento. — Jimin respondeu se abaixando e limpando a lâmina suja de sangue nas roupas do alfa. 

— Será que ele tem família? — Jisung questionou, se sentindo um pouco mal diante de um assassinato.

— Tem, sim. Seu pai se chama satanás e ele deve estar sentado no colo dele nesse momento. — Sungjae respondeu muito despreocupado enquanto esvaziava os bolsos do alfa.

— Você tá roubando ele?! — Jimin perguntou boquiaberto.

— Por que o espanto? Você é um pirata. Toma as chaves. O que vamos fazer com essas armas?

Black Swan - Jikook (ABO) Era de Ouro da Pirataria - Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora