ARMY GENERAL/ Kylie and JB

Não existe amizade construída na mentira.

— Dylan?

— Foi estudar. O menino está tão abatido, tipo como você está agora, aconteceu alguma coisa?

— Só canseira mesmo. Vou subir rapidinho que eu quero tomar um banho.

— Sim, vou preparar algo para você comer.

— Não estou com fome Ceci.— nego e ela me encara brava.

— Está sim!

Vou para o meu quarto e escolho uma muda de roupa deixo esticada na cama e vou matar saudades do meu chuveiro. Enquanto tomo banho observo a minha banheira que eu nunca mais usei desde minha overdose, viro de costas , pois começo sentir uma sensação horrível.

Me enrolo na toalha, passo meus produtos de rosto e dou uma secada no cabelo só para não ficar pingando. Saio do banheiro e coloco minha mão no coração pelo susto que eu levo.

— Quer me matar Justin?— pergunto brava.

— Jamais meu amor.— ele vem com aqueles olhos brilhantes para cima de mim, rodeia seus braços em minha volta e fica ali cheirando meu pescoço.

—  Pronto?— pergunto sendo esmagada por seu corpo.

— Só mais um minuto.— Da mais um cheiro no meu pescoço e me solta.— Aí está minha gata marrenta.

— Você estava morrendo de saudades não é?

— Às vezes eu tenho a sensação que eu amo por mim e por você. Sua sem coração, nem liga de ter me abandonado aqui.— fala fazendo drama.

— Amor, foram só dois dias. Nem deu para sentir saudade.

— Estou magoado.— ele fala e pelo tom de voz parece que ele está mesmo.

— Desculpa. Vem cá.— puxo ele pelo pescoço e empurro ele na parede beijando seus lábios.— Já terminou lá com minha mãe? Quero ir para nossa casa. Ficar agarradinha com você.

— Agarradinha me contando o que você foi fazer no Mexico?

O encaro.

" Aparentemente o Justin que eu conheci era uma versão diferente desse"

— Amor?

— S- sim amor, quando chegar em casa conversamos.— selo seus lábios.

— Tá bom, eu vou terminar mais algumas coisas com sua mãe e já vamos. Você vem?

— Eu já desço, vou pegar algumas roupas que quero levar.— ele concorda e me deixa sozinha.

Entro no meu closet e começo separar umas roupas que eu estava querendo lá em casa, assim como alguns sapatos de salto meu. Me abaixo para pegar algumas caixas e me assusto novamente com uma voz que eu conheço bem.

— Olha quem apareceu! Aonde você estava?— encaro seus pés e depois encaro seus olhos acima de mim.

— Em casa.— levanto e começo colocar minhas coisas dentro da caixa.

— Hm, os quatro seguranças que cobriram o turno disse que não viram você saindo nenhum dia.

— E? Eles tem que saber cada passo que eu dou?— pergunto me esticando para pegar uma caixinha de joias minha e ele logo passa o braço e pega para mim.

— Sim Ky, eles tem que saberem, porque eu preciso saber. Sou o responsável pela sua segurança. E além de que você sabe que eu me preocupo contigo.

Fico em silêncio e ele continua lá parado.

— O que foi Derek?— dobro outra peça de roupa e guardo.