Eu gosto de você

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Kylie Ziemann Toloza.

Arlington, Virginia.

Dou um suspiro mexendo com o garfo na minha comida. Tinha se passado um mês desde quando fui à ginecologista. Nesse mês aconteceu algumas coisas.

O senador James estava preso e ia continuar por mais um ano. A mulher que participou do meu atentado também estava presa. Julian tirou férias e foi visitar a mãe dele na Inglaterra. Lyly estava bem e a bebe chamada Jully estava bem também. Ela e Christian estão namorando. Bieber e eu continuamos no nosso lance escondido e claro que tudo parecia bem, até hoje à tarde.

Lembranças +++++

— O que acha desse berço para Jully?— Pergunto para Justin. Estávamos na sala do nosso apartamento e ele estava jogando vídeo game.

— É bonito. Você vai montar o quarto da bebê inteiro, amor?

Congelo ao ouvir a palavra que saiu da sua boca. Ele me chamou de amor?

— Kylie?

— Você me chamou de amor?

— Desculpa, saiu sem perceber.— ele fica em silêncio e depois me encara.— Você acha isso um problema?— Seu olhar estava envergonhado.

— Amor é uma coisa muito íntima. Isso para mim envolve...— Desvio o olhar sem terminar de falar.

— Sentimentos? — Ele completa e eu concordo. Ele coloca a mão no meu rosto. — Você não sente nada? — Ele pergunta e eu fico em silêncio apenas o encarando.— Eu sei que começamos ficar faz uns 3 meses, mas tudo que estamos tendo é muito intenso. Ficamos juntos sempre quase o dia inteiro, pessoalmente, por mensagem, ligação e até por vídeo chamada às vezes. Quando nos encontramos não é só para transar, é para conversar, assistir filme, cozinhar e ficamos aqui no apartamento às vezes só um na companhia do outro.  Eu gosto de você. E não é só como amigo.

Tiro sua mão do meu rosto e começo colocar meu casaco com pressa. Eu não vou pensar em nada. Não agora. Coloco meu salto e puxo minha bolsa e a chave do carro. Eu estava chocada com toda essa declaração.

— Aonde você vai? — Ele pega na minha mão.

— Me deixa. Eu vou embora.— saio do apartamento e chamo o elevador, ao entrar no mesmo vejo ele me encarando. Aperto o botão e a porta se fecha.

Ando rápido pelo estacionamento e quando vou abrir a porta do carro ele entra na minha frente ofegante.

— Eu não consigo guardar meus sentimentos Kylie. Eu quem deveria estar bravo, você nem disse nada.

— Eu não estou brava.Apenas preciso  ir embora.— Empurro ele para o lado e vejo seus olhos abaixarem.

Entro no meu carro e acelero pra casa, mas é claro que ele me segue.

Lembranças ----

Ele tinha que se declarar? Justo agora?

Ele estragou o que estávamos tendo. E se eu desse uma chance a ele, tenho certeza que ele quebraria meu coração. Eu gostava dele também, há mais tempo do que ele imagina. Mas eu simplesmente lembrava do Thomas.

Eu não gostava de ninguém fazia uns 4 anos e não tenho noção do que esse gostar do Bieber faria comigo. Eu sinto algo muito mais forte por ele do que já senti por Thomas na minha adolescência e eu tenho medo disso. Medo do desconhecido. Medo dele me trair. Medo de nossos amigos saberem. Medo de amar ele.

— Filha.— Sinto a mão da minha mãe no meu ombro. Encaro a mesa e vejo que Dylan e papai não estavam mais lá.— Vai comer?— Ela aponta para meu prato que eu não tinha mexido e eu nego.

ARMY GENERAL/ Kylie and JBWhere stories live. Discover now