Eu estou bem.

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Kylie Ziemann Toloza.
Arlington, Virginia.

Justin não me encarava, sua cabeça estava baixa e suas mãos cruzadas sobre o colo.

— Justin?— Tento encostar em sua mão e ele se afasta.

— Você acha que é justo o que está fazendo comigo?— escuto sua voz magoada.— Eu sempre estive com você em tudo.

— Eu sei. Eu reconheço. Você foi a pessoa que me deu mais força para passar por tudo que eu enfrentei.

— E isso não é suficiente para você? O amor que eu te dou não é suficiente? O cuidado que tenho por você não é suficiente?— Seus olhos marejados me encaram.

— Tudo que eu sinto vai além do que você entende. Eu amo ter você Justin. Eu amo você. Amo de verdade, mas eu preciso ficar sozinha para o meu bem.

— Que bem? Kylie você precisa de alguém do seu lado.

— Eu sei. Eu tenho minha família, meus amigos e você. — Toco seu rosto.— Eu sei que qualquer momento que eu precisar eu terei vocês. Eu achei que estava pronta para casar, ser mãe, mas você sabe que eu não estou pronta. Eu sei que eu não preciso terminar com você, mas você também precisa de um tempo. Eu sou um problema a mais na sua vida entende? Você precisa assimilar tudo que está acontecendo e eu também.

— Eu quero te odiar, eu quero tanto. — ele passa a mão na cabeça nervoso.— Mas eu não consigo. E você sabe por que... você é a mulher da minha vida. Como eu vou te odiar? Como você é um problema sendo que você é a única parte da minha vida que eu não enxergo problemas?

—  A gente pode esperar um tempo então. Eu preciso me recuperar melhor, você sabe que eu estou com começo de depressão. Preciso estar sozinha, lidar com os meus próprios medos e angústias.

— Eu não vou te esperar a vida toda. Você é muito egoísta — ele joga as alianças que estavam em sua mão pela janela e eu olho em choque.

Ele vai em direção à porta e eu o chamo.

— E o apartamento? Eu tenho que devolver o seu dinheiro.— Falo baixo.

— Vai para puta que pariu com o seu dinheiro.

E ele sai batendo a porta. A porta do nosso apartamento.

Eu o amava tanto. E já começava me questionar o que eu havia feito, quando meu olhar passou por toda a área do apartamento.

Me deito na cama quando sinto o efeito dos três comprimidos para dormir fazerem efeito.

Acordo com o barulho da campainha tocando insanamente. Me levanto meio zonza e desço as escadas tomando cuidado. Parecia que eu tinha sido atropelada. Vejo na câmera Ryan se arrumando no espelho da entrada.

— Boa tarde.— Assusto ele que revira os olhos.

— O que aconteceu com você?— ele me analisa e eu o puxo para dentro de casa.

— Tive que me dopar.

Abraço ele por alguns segundos.

— Como foi a conversa? — Subimos para o meu quarto.

— Ele está muito magoado. Magoado é pouco. Ele não entende por que eu estou afastando ele de mim. Não consigo falar, se eu falar mais eu choro.

— Calma, ele não vai se afastar.— ele diz me confortando. Era o meu maior medo.

— Não pareceu isso quando ele me mandou para puta que pariu e jogou as alianças edifício abaixo.

Ryan gargalha e eu reviro os olhos.

ARMY GENERAL/ Kylie and JBWhere stories live. Discover now