Capítulo DEZESSEIS

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•Davi

Estou de cabeça cheia com esse lance de teatro, ficar fora do time por 3 meses e ainda por cima meu pai puto comigo.
Eis que o fim de semana aparece para dar uma amenizada nisso tudo.
Robert meu amigo, como de costume me chamou para ir à uma balada que geralmente a gente sempre vai.
Era sábado à noite, me arrumo e saio de casa.
Chegando lá todos os meninos já estavam na porta me esperando e ao mesmo tempo se aquecendo, tomando umas bebidas que haviam comprado ali mesmo.
Desço do carro, e como de costume, todas as meninas me olhavam como se eu fosse o Brady Pitt, mas cara eu sou mil vezes melhor.
Bom, entramos no local.
Olhei à minha volta e só via garotas que eu já havia pegado. E claro, todas mesmo que de longe dando mole para mim.
Pra falar a verdade todas essas garotas que eu já peguei, não me chamavam atenção, pra mim tanto faz. Afinal, já peguei mesmo.
Por um tempo, fiquei bebendo com os meninos, mas percebi que eu não estava no clima de beber até cair ou transar com mais de uma numa noite só. Resolvo ir embora.
Passei pelo mesmo caminho de onde tinha entrado, mas com um detalhe: a balada estava lotada e eu um pouco tonto por causa da bebida. Estava impossível se locomover de forma fácil, e por mais que eu pedisse com educação para eu passar, ninguém ouvia, a música era estrondosa. Saio empurrando grosseiramente todo mundo.
-Ai!
Olho para trás, e puts, empurrei e derrubei uma garota.
As luzes e a baixa iluminação, não permitiam que eu enxergasse nitidamente o rosto da tal garota. Volto e estendo minha mão para ajudá-la a levantar.
Aproximo minha boca ao seu pescoço para que ela pudesse me escutar melhor, pois o som era realmente muito alto.
-Desculpa, não foi minha intenção.

Uma coisa que meus pais sempre prezaram foi pela minha educação, eu jamais deixaria de pedir desculpas se eu tivesse feito uma besteira.

-Tudo bem.
Ainda com as bocas aproximadas aos pescoços, inevitavelmente eu sentia o perfume da tal garota. Isso estava me envolvendo demais. E por mais que há dois minutos eu estivesse indo embora, depois de sentir aquele perfume, meu desejo era de ficar.
A garota não fazia nada, estava parada no mesmo lugar, e isso me fez tomar a atitude de querer pegá-la.
Coloquei meu rosto de frente ao dela. A beijei.
Era um beijo incrível e ao mesmo tempo delicado. Que só me deixava cada vez mais louco. Parecia que os nossos lábios já se conheciam. Aos poucos a encostei na parede. As unhas dela percorriam minha nuca, o que me provocavam arrepios e isso tira meu juízo. Ficamos ali por alguns longos segundos, quando uma das luzes da balada é direcionada diretamente à nós.
Paramos o beijo automaticamente.

Eu juro que não estava acreditando no que via. Aliás em quem eu via. Sim, Lorena é a dona desse beijo.
-Você?! - dizemos num uníssono, os dois juntos ofegantes.

Nos mantemos intactos e ofegantes com os olhos profundos nos outros.
Vê-la nitidamente na minha frente só me dava mais vontade de agarrá-la com força, mas agora sim eu correria o risco de morrer.
Arrisco.
A beijo descontroladamente, e deixo claro que meu desejo por ela, é intenso.
Sou correspondido, e isso me deixava cada vez mais louco. Só ela me deixa assim.
Lorena para, ofegante e estagnada.
-Davi, para.
-Não consigo.
Ela me empurra de forma sutil e vai depressa para a porta de saída.
Pago a minha conta rapidamente, e vou atrás dela.

Lorena estava indo em direção ao seu carro, corri mais rápido, e encostei ela no mesmo.
-Eu estou louco por você.
A puxo pela cintura com força, e grudo meus olhos nos dela.
-Davi, não faz isso.
-Você também quer.
-Sim, eu quero você longe de mim! Isso aqui - diz apontando para nós. -Eu e você não pode acontecer.

Tão linda, tão maravilhosa e tão imatura...

-Quantos anos você tem? - pergunto irônico.
-O suficiente para saber que você não presta.
-Pois é, não presto.
-Cuidado.
-Com o quê?
-Com isso ai. Ele não sabe o que faz. - ela diz isso apontando para meu peito, obviamente ela estava falando do coração.
Lorena diz isso, me vira as costas, e entra em seu carro. Respiro fundo e vou até o vidro do seu lado que estava abaixado.
-Isso foi um conselho? - pergunto com sarcasmo.
Lorena não responde, na verdade faz uma cara de "talvez", fecha o vidro e dá partida no carro.

Eu não preciso nem dizer como estou nesse momento né?
Hipnotizado.

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