Segundo dia em Paris

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"Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência do medo."

–Mark Twain

































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Os raios de Sol entravam pela cortina e fizeram despertar.

Mitashy sentia a cabeça doer.

— Chert. . . — Murmurou em russo.
Ele não estava mais lá. O Sol já estava evidente. Por quanto tempo dormiu ?

Ela rolou entre os lençóis para se colocar de pé a contra gosto.
Se lembro de partes dos acontecimentos da noite passada e se xingou de todas as maneiras que conhecia. Tudo o que disse, como Gabriel a carregou até a cama e a escutou delirar com atenção.
Antes que fosse em direção ao banheiro ela reparou no pedaço de papel na cabeceira da cama.

" Bom Dia, minha querida.
Espero que esteja melhor
Me deixou preocupado"
Esteja pronta quando eu voltar.
Ps: Aliás precisa aprender a respeitar os limites da outra pessoa quando estiver dormindo com alguém. Não pode jogar a outra pessoa no chão enquanto estiver sonhando"

—Hum. — Sorriu involuntariamente e logo tratando de se corrigir.  Largou o pedaço rabiscado de papel
Após se despir pegou em uma das gavetas na cabeceira um revólver simples.

Se tinha precaução é por que havia história. Não andava desacompanhada em lugar algum. Mitashy já passou por algumas situações desastrosas que poderiam ser evitadas com uma pistola por perto.

Se sentia tensa e não estaria preparada para colocar as ideias no lugar caso não tomassem um banho relaxantes na banheira daquele hotel.

O banheiro da suíte continha uma banheira de mármore e vários espelhos que o fez parecer maior do que era. O lugar era a combinação perfeita entre preto e branco com detalhes dourados por toda parte.

Várias essências e sabonetes líquidos dispostos ali eram agradáveis e chamativos.

Ela deixou a arma em cima da pia antes de ir em direção a banheira para enchê-la.

O som da água corrente cessou quando a quantidade agradável de água preencheu.

Deixou que seu corpo se desligasse.
Despejou um pouco de essência de jasmim e contato com a agua quentinha tirou toda a tensão que acumulou.

Para complementar resolveu lavar os cabelos.

Ela então desfez o coque e molhou as pontas devagar até chegar ao couro cabeludo. Os movimentos circulares faziam seus ombros tensos relaxarem.

Desembaraçou alguns fios rebeldes entre os dedos mesmo.
Noite passada teve uma crise de ansiedade, mas não precisava da ajuda de Gabriel. Ela não pularia . . . Talvez pulasse, todavia não precisava de ajuda. Quando estava nesse estado Mitashy gostava de ficar o mais longe possível de todas as pessoas, pois não sabia o que podia fazer.

Desde a morte dos pais passou a ter esse tipo de sonho. Northon a levava algumas vezes em psicólogos depois que a adotou mas nada a ajudou de verdade. Carlos Lucio e Ivan, apesar de não serem muito mais velhos que ela, a acalmavam quando isso acontecia. Eram apenas crianças e Ivan apesar da maturidade era dois anos mais novo.
Muitas das vezes em que acordava no meio da noite com medo os dois meninos estavam ali para ajudá-la. Carlos Lucio a deixava dormir em sua cama e até mesmo cantava para ela até que o choro passasse.

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