"Free to be you and me"

89 6 1
                                    

"O mundo apocalíptico não está de todo ruim essa manhã"

Dean Winchester pensou, enquanto estacionava seu antigo, porém modesto, Chevy Impala 67 na rua aparentemente tranquila da cidade de Greeley. Depois de literalmente cortar o dedo de um dos 4 cavaleiros do inferno, um caso comum era o que ele precisava, ou tão comum quanto poderia ser na vida que ele levava.

Checou mais uma vez sua identidade falsa, e saiu do automóvel alisando seu terno bem engomado. Pegou o pequeno punhal de prata e o colocou na bainha da calça, não queria ser pego desprevenido, seja lá do que se tratasse o caso.

O Traft Memorial Hospital possuía um cheiro forte antisséptico e uma energia quase fúnebre, talvez os sentimentos de Dean no momento fossem cruciais para a tal energia do hospital, talvez a energia viesse dele.

Sozinho de novo, ele sempre acabara assim de qualquer maneira.

- Oi, sou o detetive Bill Buckner. - mostra seu distintivo da polícia estadual da Pensilvânia para o médico responsável pelos casos.

- sim, como posso ajudá-lo, detetive? - o doutor pergunta solícito.

- Eu vim falar dos pacientes, aqueles que foram ensanguinados.

- Claro, as vítimas foram os casais Oliver e Melissa Clinton, Elisabeth Parsons e Julia King, Delilah e Ian Lawrence. Gostaria de dar uma olhada nos corpos. - Dean assente oferecendo um sorriso de canto como agradecimento silencioso.

Ele entra na sala fria sozinho, pede para que o médico o se retire, o outro faz sem cerimônia alguma. As suspeitas do Winchester foram confirmadas ao ver as marcas das presas pontudas, só poderia ser um vampiro.

Descartou as luvas no lixeiro mais próximo e se sentiu aliviado quando se libertou do cheiro forte que ali havia. No fim do corredor, sentiu algo estranho, um pressentimento. Dean não era uma pessoa de ignorar pressentimentos, e estava certo, pois ao virar para olhar para trás, uma mulher que ao passar, Dean poderia jurar estar desacordada, saia de sua cadeira de rodas e entrava furtivamente no necrotério. O loiro apertava o passo, o que o fez chegar rapidamente até a porta com uma pequena janela de vidro ao lado.

Ele não conseguiu ver ao certo o que ela fazia em movimentos rápidos no cadáver que ele havia acabado de examinar, ao ouvir um barulho qualquer, a mulher atenta fechou a bolsa preta e colocou tudo em seu devido lugar. Dean se escondeu, sem dúvidas havia ficado intrigado.

Sun saía do necrotério carregando inúmeros vidrinhos cheios de sangue do homem morto, acabaria com a raça do maldito vampiro nem que fosse a última coisa que faria. Saiu pela porta da frente esboçando um sorriso encantador ao segurança.

Dean seguia a moça como um predador silencioso aproximando-se da sua presa, tomando cuidado com cada passo para não ser notado. Ela entrou no fusca amarelo canário observando os lados checando se estaria sendo seguida.

Sam Winchester queimava na pia do hotel decrépito as identidades falsas, querendo ali queimar também todo o seu passado, tudo que havia feito de ruim. Queimaria Ruby, queimaria Azazel, queimaria até a si mesmo, se fosse possível. O olhar de decepção do irmão ainda estava fixado em sua mente, para todo lugar que olhava só via o que tinha feito: decepcionado todos. Como sempre.

Ele queria se afastar de tudo isso, do apocalipse, da caça, de Dean, de si mesmo. Conseguiu um bico em um bar sujo em Oklahoma, não seria um recomeço, mas seria uma tentativa de esquecer pelo menos por um tempo do mundo sujo que estava inserido, sabia que não conseguiria ficar longe por muito tempo, mas tentava se convencer que sim.

Na Pensilvânia, Dean vigiava a moça incomum, se hospedava em um hotel nojento, o que fez o Winchester rir com a semelhança, talvez ela também fosse caçadora, ou um monstro, apesar de parecer frágil demais para qualquer uma das duas opções.

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 19, 2020 ⏰

Adiciona esta história à tua Biblioteca para receberes notificações de novos capítulos!

ROAD - SupernaturalOnde as histórias ganham vida. Descobre agora