Capítulo 22

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Lucy

Charles segurou em meu pulso, me puxando para dentro do carro, estranhei seu interesse repentino em querer conhecer a casa onde eu cresci. 

Ao estrar no carro coloquei o cinto de segurança e observei Charles fazer o mesmo. 

Fizemos uma viagem de carro de uma hora e meia, deixei minha bolsa no carro. 

— Minha avó não deve estar em casa — disse ao notar a casa fechada. 

— Que pena — disse ele. 

Ouvimos um carro chegando perto, o barulho do motor era famíliar para mim, era a picape da vovó.

— Lulu! — minha avó saiu da picape com o seu capataz. 

— Vovó! — abracei ela. 

Minha avó era uma cópia idêntica a minha mãe, elas se pareciam muito. No lugar dos cabelos loiros haviam os grisalhos e seu rosto era de uma senhora mais velha. 

— Esse deve ser o seu namorado — ela abraçou o Charles. — O famoso Charles. 

— Famoso ? — Charles disse confuso. 

— Lina me disse várias coisas sobre você... coisas boas — balancei a cabeça. — Aliás sou Emily, avó materna da Lucy. 

— Charles queria te conhecer — disse ao ver Charles apertando a mão do capataz. 

— Quer dizer que ficaram para o jantar — afirmei. — Podem dormir na casa dos fundos onde seus pais custumavam ficar — afirmei novamente. — Por sorte eu sempre limpo o quarto, nunca sei quando terei uma visita como está. 

Sorri abraçando minha avó de lado e caminhando para dentro da casa. 

— Porquê seus pais não vieram ?

— Minha mãe saiu cedo e o papai, bom a senhora o conhece — ela afirmou. 

Adentramos o imóvel, minha avó entrou diretamente para a cozinha, Charles sentou ao meu lado. 

— Não sairemos hoje daqui — acariciei o rosto de Charles. 

— Porque diz isso — ele sorriu colocando a mão em minha perna. 

Senti um arrepio ao sentir seu toque, sorri olhando fixamente para os olhos esverdeados com alguns tons em azul do monegasco. 

— Ficaremos para jantar e minha avó não vai deixar você dirigir a noite, ela disse que podemos ficar na casa dos fundos. — beijei rapidamente o monegasco. 

— Olha aqui, uma cerveja bem gelada — minha avó entregou as bebidas. 

— Obrigado — Charles agradeceu. 

— Vovó o Liam seu capataz poderia me emprestar uma de suas botas e uma peça de roupas ao Charles ? Quero mostrar o campo ao Charles, quero ir de cavalo assim voltaremos antes do anoitecer. 

— Claro Lucy, vou falar com ele... 

— Diga a ele também para arrumar o Philipe e a caramelo — disse. 

— Farei isso. — ela saiu com duas garrafas na mão. 

Tomei um gole da bebida e me levantei indo até o armário pegando minhas botas. 

— Não sabia que andava a cavalo — disse Charles surpreso. 

— Eu passei um bom tempo aqui, então tive que aprender. — coloquei meu tênis de lado. 

— Quem te ensinou ? — Charles bebeu. 

— Minha avó — balancei a cabeça. — Mas sempre foi uma coisa bem rápido, afinal eu não podia fazer nenhum esforço. 

— Entendo. 

Charles terminou sua cerveja e me acompanhou até a casa dos fundos onde eu o mostrei onde era o banheiro para que ele se troca-se. 

Esperei ele do lado de fora, estava perto do curral alimentando o Philipe. 

— Como está o meu garoto. — abracei Philipe. 

Vi Charles se aproximar lentamente, sorri ao ver que ele estava um pouco insegura em relação aos cavalos. 

— Já montou um desses ? — ele negou. — O segredo é simples, basta você confiar neles. 

Montei em caramelo deixando Philipe para o monegasco. 

— Segure nas redias e por aí que você dirá ao Philipe em que direção ele deve ir, não demonstre seu nervosismo ou Philipe saberá e usará isso contra você. Se ele sentir que você está confiante ele também ficará.

— Calma Philipe... — ele disse ao ver Philipe indo para frente. 

Sorri acompanho os dois com Caramelo, seguimos em direção ao campo.

Ao notar que os dois estavam indo bem e Charles havia pegado o jeito, apertei as redias dando a entender para caramelo que eu queria velocidade. 

Ela correu pelo campo, sorri ao sentir o vento bater em meu rosto, seus cabelos balançavam acompanho meus movimentos, era meu sonho poder um dia correr a cavalo por todo esse campo.

(...)

Após o jantar Charles e eu ficamos ao lado de fora da casa admirando as estrelas que pareciam ser mais visíveis daquele lugar, meu peito se encheu de alegria ao lembrar de cada momento que vivi naquele lugar. 

Contei ao Charles sobre minha infância e de todos os meus momentos aqui, eu estava feliz por me lembrar de como minha infância naquele lugar foi tão feliz. 

— Está ficando tarde — disse Charles ao olhar no relógio. 

— Vou tomar um banho antes de me deitar — Charles assentiu. 

Tomei meu banho e logo depois de sair, Charles adentrou para também tomar seu banho. 

Me vesti e me deixei na cama que tinha um cheiro tão gostoso. 

Depois de um tempo Charles se deitou ao meu lado, me virei ficando de frente para ele. 

O monegasco estava sem camisa, meu coração acelerou automaticamente, senti um calor dos pés a cabeça, engoli em seco.

Charles me abraçou, sua pele estava gelada diferente da minha que estava em chamas. 

Me afastei um pouco de Charles, olhei diretamente para o seu rosto, sorri ao notar que Charles me olhava. 

Puxei Charles para um beijo. 

O monegasco me apertou contra o seu corpo, passei minha mão sobre as costas de Charles, senti que sua mão estava em minha coxa. Ele subiu sua mão parando em meu bumbum e apertando o mesmo. 

Em um movimento rápido Charles ficou por cima de mim, ele me olhou como se me pergunta-se com o olhar se estava tudo bem em continuar. 

Acariciei seu rosto sorrindo. 

Eu te amo — sussurramos ao mesmo tempo. 

Charles me beijo de forma intensa e começou a me despir com a minha ajuda.

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