Capítulo 11

978 46 7
                                    

Lucy 

Olhei pela janela do carro, ali mesmo da janela do carro avistei um homem parado ele estava bem distraido. Charles olhava diretamente para o mar, não sei explicar mas depois de ver Charles ali na praia me lembrei do dia em que vi a estrela cadente no céu. 

— Lucy! — Taylor me chamou.

— Desculpa falou comigo — o mesmo riu e balançou a cabeça.

— Perguntei se irá precisar dos meus serviços. — neguei — Então tenha uma boa noite... 

— Obrigada e você também, descanse... 

Sai do veículo e caminhei até Charles. 

Abracei o monegasco por trás, sorrindo ao ver que havia assustado o mesmo. 

— Quase tive um infarto... — engoli em seco ao ouvir Charles dizer aquilo

O monegasco me puxou, me colocando em sua frente, fiquei na ponta dos pés para poder beijar seus lábios. 

— Vamos dar uma volta ? — perguntei ao me afastar 

Charles assentiu, logo começamos a caminhar, abracei a cintura de Charles e o mesmo abraçou meus ombros. 

— Parece tensa... 

Balancei a cabeça, meus pensamentos estavam a mil, eu queria contar a Charles sobre minha doença mas ao mesmo tempo não queria vê-lo preocupado. 

Por um momento me praguejei por ter nascido com esse problema, se não fosse por essa doença maldita eu não estaria nesse jogo cruzado com o Charles. 

Charles se afastou de mim ficando um pouco distante, retirou seu celular do bolso e logo apontou a câmera para mim. Sorri feito uma criança, por um momento tive coragem mas logo ela se afastou ao notar a felicidade do monegasco. 

(...) 

Mattia balançou a cabeça negando, tomei meu remédio, infelizmente isso já estava se tornando bem frequente. 

— Está esperando ter um piripaque na frente do garoto ? — engasguei com a água

— Tá doido tio ? Vira essa boca pra lá! — limpei minha boca. — Sabe como é difícil explicar isso ? Eu amo o Charles e não quero que ele sofra com isso, afinal existe 0,01% de chance de conseguir um coração para mim... 

— Quem disse isso ? — Mattia segurou minha mão. 

— Sabe porque eu perdi as esperanças ? — ele negou — Por que o doutor Mendez me disse que quanto mais o tempo passa mais as minhas chances vão diminuindo... Eu não quero encher alguém de esperança...

— Lucy... — balancei a cabeça negando.

— Eu já me acostumei com a ideia tio... Eu achei que isso iria mudar, mas eu retornei ao consultório para ouvir a mesma coisa... 

— Não desista Lucy... 

— Mattia, eu.... — Vettel adentrou o escritório sem bater — Desculpa pensei que estava sozinho. 

Charles adentrou logo em seguida e me olhou surpreso, limpei meu rosto e caminhei em direção a janela. 

— Vettel vamos deixá-los sozinhos... 

Ouvi Mattia dizer e logo depois ouvi a porta se fechar. 

— Porquê está chorando ? — Charles me fez olhar para ele. 

— E-Eu... — abracei o piloto com toda a minha força. 

Novamente Charles me fez olha-lo, segurando meu queixo o monegasco beijou meus lábios, facilmente manipulada segurei Charles pela nuca. 

Em um movimento rápido Charles me pegou no colo, me fazendo entrelaçar minhas pernas em volta da sua cintura. Ele começou beijar meu pescoço, Charles me fez sentar na mesa tirando algumas coisas. 

— Espera... — afastei Charles ao ver onde isso acabaria.

— O que foi ? — perguntou o piloto já ofegante.

Senti meu peito doer, e minha respiração começar a me incomodar. 

— Não posso... — desci da mesa e sai do escritório me escorando na parede. 

(...) 

Charles estava em sua último volta, ele estava em primeiro lugar, infelizmente Lewis havia saído da corrida após se sentir indisponível, o pessoal da sua equipe disse para a mídia que o piloto já estava bem. 

Max tentava tirar o lugar de Charles e aquilo estava me preocupando um pouco, eu não estava com um bom pressentimento. 

Após Charles cruzar a linha de chegada o carro de Max acabou derrapando em direção ao meu monegasco, o carro de Charles se chocou contra a parede, um silêncio se instalou no box. 

Levei a mão no peito ao sentir um grande desconforto, Max por forte conseguiu parar o seu carro e correu para ajudar o Charles. 

Leclerc estava inconsciente, sai do box indo em direção dos dois mais alguém me segurou.

— Enlouqueceu Lucy entre no box agora! — meu pai disse 

— Não — puxei meu braço. 

— Qual o motivo do desespero ? — engoli em seco e olhei em volta.

Havia vários fotógrafos e câmeras apontadas para nós dois. 

— Eu amo o Charles... — meu pai me olhou confuso — Charles é o meu namorado! — gritei sem me importar. 

— Lucy o seu coração... 

Balancei a cabeça e corri em direção ao Charles. 

Ao atravessar o asfalto vi Charles em pé ao lado do Max, ele me olhou surpreso. 

— Lucy não pode ficar aqui — ele disse baixo.

— Charles... — senti meu peito doer. 

Minha visão ficou turva e logo perdi o equilíbrio, Charles me segurou rapidamente. 

Lucy fala comigo o que foi ? — foi a última coisa que ouvi antes de perder totalmente os sentidos. 

Shooting StarWhere stories live. Discover now