Lucynda
"Seria uma simples carta se ela não fosse escrita para você, Leclerc, eu não sei por onde devo começar... Talvez devesse começar do início."
Avistei a pequena bola de fogo passar rapidamente diante dos meus olhos, olhei em volta e mais ninguém ali havia visto.
Desejei naquele momento ter alguém que me amasse o bastante e permanece-se ao meu lado sem se importar com tudo o que está acontecendo.
Quando era pequena sempre ouvia dizer que se você fizesse um pedido a uma estrela cadente e não contasse a ninguém seu pedido se concretizava.
— Está na hora de ir Lucy... — ouvi Taylor, meu motorista avisar.
Assenti com um sorriso triste.
Olhei pela janela do carro a praia desejando pode ficar mais um pouco. Ali mesmo da janela do carro avistei um homem parado olhando para o céu,ele estava bem distraido.
Piero Lardi Ferrari, meu pai estava lendo o jornal como de costume. Faz alguns dias que eu voltei para casa, desde pequena eu moro com minha avó.
— Tenho um longo dia hoje... — disse ele.
— Tenha um bom dia de trabalho. — disse minha mãe.
— Bom trabalho papai — disse.
— Se cuidem...
Meu pai sorriu indo em direção a porta.
Após o café voltei ao meu quarto para terminar de ler meu livro.
Caminhei até a janela do meu quarto, avistei uma bela garota correndo ela estava com roupas específicas para exercícios físicos, coloquei a mão no peito sentindo meu coração bater, me imaginei no lugar daquela garota.
Cardiopatia Congênita é a doença que eu tenho no coração, por conta disso sou privada de ter uma rotina comum, esse também é um dos motivos pelo qual fui criada pela minha avó. Meus pais acharam melhor me afastar da cidade e da mídia, até eu conseguir um novo coração.
Faz exatamente 18 anos que estou nessa fila de espera, é triste saber que não tenho nenhuma esperança de viver uma vida normal.
Desci a escada com calma e um pouco ofegante ao chegar no fim.
— Deveria parar de subir e descer essa escada.
— Eu vou dar uma volta no quarteirão — disse indo até a porta.
— Tenha cuida, está levando a bombinha ? — mostrei a ela antes de sair.
Sai de casa colocando os óculos escuros e o boné vermelho com o emblema da Ferrari.
(...)
Balancei meus pés olhando para o horizonte admirando o pôr do sol.
— Oi, posso me sentar ? — olhei pro lado.
Havia um rapaz com um sorriso encantador falando comigo.
— Claro! Oi... — disse envergonhada.
Ele estava usando um blusa preta e uma calça jeans rasgada.
— Gostei do seu boné — disse ele com um sorriso de lado perfeito.
— Ah obrigada ganhei do meu pai — disse sorrindo.
— Aproposito sou Charles — ele estendeu a mão para mim.
— Lucynda, mas pode me chamar de Lu — disse apertando sua mão.
Olhei em seus olhos que brilhavam com a luz. Engoli em seco ao sentir meu corpo se arrepiar.
— Acho melhor eu ir pra casa... Eu já estou bem enrascada — brinquei saindo lentamente de perto dele.
— Espera eu sei que pode parecer estranho... Mas eu posso te dar uma carona.
— Eu não te conheço... — disse colocando o boné.
— Eu prometo que não irei te fazer mal...
— Lucy! — me virei ao ouvir a voz do Taylor.
— Taylor... — olhei para Charles que estava me olhando. — Meu motorista chegou... Bom então Adeus Charles...
— Eu espero te ver por aí...
— Também gostaria — murmurrei indo até Taylor.
Dentro do carro fiquei voltando as palavras de Charles, ele era um rapaz charmoso e principalmente muito bonito.
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Shooting Star
Фанфик"Antes eu não tinha esperança de viver, mas agora tenho um motivo maior para querer viver, meu motivo é você... Charles Leclerc."