Capítulo 1

2.6K 90 20
                                    

Lucynda

"Seria uma simples carta se ela não fosse escrita para você, Leclerc, eu não sei por onde devo começar... Talvez devesse começar do início." 

Avistei a pequena bola de fogo passar rapidamente diante dos meus olhos, olhei em volta e mais ninguém ali havia visto.

Desejei naquele momento ter alguém que me amasse o bastante e permanece-se ao meu lado sem se importar com tudo o que está acontecendo.

Quando era pequena sempre ouvia dizer que se você fizesse um pedido a uma estrela cadente e não contasse a ninguém seu pedido se concretizava. 

— Está na hora de ir Lucy... — ouvi Taylor, meu motorista avisar. 

Assenti com um sorriso triste. 

Olhei pela janela do carro a praia desejando pode ficar mais um pouco. Ali mesmo da janela do carro avistei um homem parado olhando para o céu,ele estava bem distraido.

Piero Lardi Ferrari, meu pai estava lendo o jornal como de costume. Faz alguns dias que eu voltei para casa, desde pequena eu moro com minha avó. 

— Tenho um longo dia hoje... — disse ele.

— Tenha um bom dia de trabalho. — disse minha mãe.

— Bom trabalho papai — disse.

— Se cuidem... 

Meu pai sorriu indo em direção a porta. 

Após o café voltei ao meu quarto para terminar de ler meu livro. 

Caminhei até a janela do meu quarto, avistei uma bela garota correndo ela estava com roupas específicas para exercícios físicos, coloquei a mão no peito sentindo meu coração bater, me imaginei no lugar daquela garota. 

Cardiopatia Congênita é a doença que eu tenho no coração, por conta disso sou privada de ter uma rotina comum, esse também é um dos motivos pelo qual fui criada pela minha avó. Meus pais acharam melhor me afastar da cidade e da mídia, até eu conseguir um novo coração.

Faz exatamente 18 anos que estou nessa fila de espera, é triste saber que não tenho nenhuma esperança de viver uma vida normal.

Desci a escada com calma e um pouco ofegante ao chegar no fim.

— Deveria parar de subir e descer essa escada. 

— Eu vou dar uma volta no quarteirão — disse indo até a porta.

— Tenha cuida, está levando a bombinha ? — mostrei a ela antes de sair. 

Sai de casa colocando os óculos escuros e o boné vermelho com o emblema da Ferrari. 

(...) 

Balancei meus pés olhando para o horizonte admirando o pôr do sol. 

— Oi, posso me sentar ? — olhei pro lado. 

Havia um rapaz com um sorriso encantador falando comigo. 

— Claro! Oi... — disse envergonhada. 

Ele estava usando um blusa preta e uma calça jeans rasgada. 

— Gostei do seu boné — disse ele com um sorriso de lado perfeito.

— Ah obrigada ganhei do meu pai — disse sorrindo. 

— Aproposito sou Charles — ele estendeu a mão para mim.

— Lucynda, mas pode me chamar de Lu — disse apertando sua mão. 

Olhei em seus olhos que brilhavam com a luz. Engoli em seco ao sentir meu corpo se arrepiar. 

— Acho melhor eu ir pra casa... Eu já estou bem enrascada — brinquei saindo lentamente de perto dele.

— Espera eu sei que pode parecer estranho... Mas eu posso te dar uma carona. 

— Eu não te conheço... — disse colocando o boné. 

— Eu prometo que não irei te fazer mal...

— Lucy! — me virei ao ouvir a voz do Taylor. 

— Taylor... — olhei para Charles que estava me olhando. — Meu motorista chegou... Bom então Adeus Charles... 

— Eu espero te ver por aí... 

— Também gostaria — murmurrei indo até Taylor.

Dentro do carro fiquei voltando as palavras de Charles, ele era um rapaz charmoso e principalmente muito bonito. 

Shooting StarМесто, где живут истории. Откройте их для себя