A Espira do Jardim

1 0 0
                                    

Os comentários de nosso progresso ecoavam pelos corredores da Torre. Eu não me sentia mais uma deslocada iniciante que não sabia qual era a motivação pela qual "morrer". Aqui estava eu, andando pela Praça e recebendo olhares dos Guardiões ao redor. Eu não gostava disso. Assim como Tyler, eu poderia atrair invejosos com minha reputação. Os inimigos que rodeavam o universo já eram suficientes.

— Estamos de saída para Marte novamente daqui a pouco. — informou Fantasma a Ikora.

— Certo. Tomem muito cuidado.

Não haveria descanso até conseguirmos recuperar o Viajante. Havia muito em jogo. Me reuni com Ashra e Tyler e partimos em comboio para a Baía Meridiana. Parecia que Fantasma já sabia o que fazer.

— Ok. Tenho um plano para carregar o Olho do Senhor do Portal. Nas profundezas da base deles...

— Porque sempre profundezas?! — exclamou Tyler no comunicador.

— Cale a boca. — rebateu Ashra.

— Continue. — incentivei Fantasma.

— ... Os Cabais têm uma Espira Vex que se conecta ao Jardim Sombrio. Se tomarmos a Espira dos Cabais, poderemos carregar o olho. Estaremos acertando os Cabais no seu ponto mais forte, então espero estarmos prontos para a guerra.

— Não temos escolha, temos? — sorri — a guerra já começou há muito tempo.

Aterrissando no Deserto, o lugar era mais escuro, perto de um anoitecer. Não havia aquela luz forte que batia nas areias e refletia aquele tom vermelho cegante. Era melhor lidar com o terreno daquela forma. Mas considerando que entraríamos pra debaixo da terra, aquilo não faria diferença.

— Lá vamos nós. Vamos abrir caminho até a base. — disse Fantasma, indicando a direção.

— Abrir caminho é comigo mesmo! — comemorou o Titã.

Tomamos caminho para a Fortaleza Proibida, a fim de invadir a Base Bélica. Não havia tantos confrontos no caminho como na última vez que estivemos aqui. Conforme corríamos com nossos Pardais, podíamos ver as partículas de areia atravessando nosso caminho, levadas por um vento forte e constante. Com certeza esse não era um dos meus destinos favoritos.

Evitamos confrontos desnecessários contornando possíveis guardas de plantão e pegando rapidamente a estrada após uma entradas da Fortaleza.

— Preciso localizar a Espira. Vamos continuar andando. Vou procurar por um bom ponto de vantagem.

No Forte Rubicão fomos abordados por um grupo de Psiônicos. Tyler simplesmente atropelou um deles, fazendo-o dar piruetas por cima de sua cabeça. Eu desci rapidamente do meu em movimento já atirando em outros dois, enquanto Ashra fez seu Pardal ir em direção a três deles e atirou em seu próprio veículo para que ele explodisse.

Começaram a vir Legionários e Falanges para uma segunda tentativa de nos deter. Era um local fácil para cobertura graças ao volume de rochas e até mesmo as próprias instalações dos inimigos. Dentre eles havia um Centurião. Era sinal de que estávamos perto da entrada principal. O derrotamos sem dificuldades, e descemos até o Ermo do Rubicão. Quando o portão do outro lado abriu e pisamos do lado de fora novamente, avistamos algo que poderia ser útil.

— Aquela Torre de observação acima. Deve ter um jeito de localizar a espira lá.

— Khiva, sobe lá em cima que nós cobrimos aqui embaixo. — sugeriu Ashra.

— Certo! — concordei, e contornei a torre para começar subir por uma rampa localizada atrás. E no topo dela, havia um Colosso.

Aquele Cabal parecia ter munição infinita. Apesar de eu ter conseguido me esconder para preparar um rebote ele atirava tanto que tive a sensação de uma ficar sem proteção. Tyler começou a distraí-lo para olhar em outra direção, enquanto eu ganhava tempo. Quando o chamei de volta a mim, ele se virou pronto para outra rajada interminável de tiros, mas eu o interrompi com quatro tiros de sniper em sua cabeça. Quando enfim subi a torre, vi que quase que ao seu lado estava o painel de controle que precisávamos.

A Luz de KhivaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt