Imprinting? - Parte I

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― Mãe – grita Seth, ainda do lado de fora.

A casa parecia bem aconchegante à primeira vista, devido ao seu visual inteiramente de madeira, com plantas e alguns enfeites tamanho GG na varanda, talhados em madeira pelo falecido Harry. Hana observava as belas figuras de madeira quando Sue apareceu repentinamente, estancando de repente ao avistar as estranhas pessoas que acompanhavam o seu filho, não deixando de temer pela vida dele ao deduzir que aqueles deveriam ser os temidos Filhos da Lua.

― Boa tarde, Sue – começa Sam –, estes são nossos visitantes: Lucian, Kiary e Hana, o imprinting de Seth – explica, novamente repetindo os apontamentos conforme os nomes iam sendo pronunciados, ao mesmo tempo em que os cherokees acenavam silenciosamente com a cabeça.

Sue não pôde conter o olhar arregalado e a boca aberta diante daquela revelação. Havia sido pega totalmente desprevenida com o chamado de Seth e ainda mais com aquela notícia, e agora, as dúvidas borbulhavam em sua cabeça como água fervente: Como? Onde? Quando? E ela, correspondia?

― É recíproco – diz Lucian, respondendo sua última pergunta. – Eu garanto!

O coração da pobre mãe se aquieta e seus olhos rapidamente analisam o semblante doce da menina, que parecia ter um coração tão bondoso quanto o de seu filho, o que a acalmou com mais facilidade do que esperava. De alguma forma Sue estava segura e acreditava nas palavras do jovem, uma empatia muito forte parecia brotar entre eles, fazendo-a vacilar em sua opinião de que eram pessoas perigosas. Seu olhar volta-se novamente para Hana, fazendo-a corar no mesmo instante, reação esta que deu boa impressão a Sue.

― Bem-vindos a La Push. Se precisarem de algo, não hesitem em me pedir – inicia, aproximando-se de Seth e acariciando seus cabelos bagunçados –, agora vocês fazem parte da minha família, principalmente você Hana.

― Eles provavelmente precisarão de um favor, Sue – diz Sam. – Precisam de um emprego, pensei na possibilidade de emprestar a oficina de Harry, para que eles possam ter algum tipo de renda...

― Você pode nos alugar se quiser – emenda Lucian –, assim não sairá no prejuízo.

Seth sorri com a novidade e Sue aprova rapidamente a ideia do aluguel. Ela precisava mesmo de algo para completar a renda da família e se o rapaz não se importava com o aluguel, quem seria ela para recusar? Ainda mais empolgada com a visita, que se mostrara tão promissora, a Clearwater convida o grupo para um lanche, mas Sam recusa educadamente. E quando o grupo estava prestes a partir, puderam ouvir um barulhento e ignorante movimentar no interior da casa.

― Acho que Leah acordou. Gostaria muito que vocês a conhecessem, afinal, foi o voto dela que permitiu a entrada de vocês em La Push. – Sorri. – Entretanto, ela sempre acorda de mau-humor, assim que estiver mais sociável eu a aviso sobre a reunião em sua casa, Sam.

― Ela vai gostar de conhecer vocês, de saber que existem outras garotas lobisomens no mundo – ironiza Jacob, falando pela primeira vez naquela visita. – Em nosso bando ela é a única.

Sue joga o peso de seu corpo de uma perna para a outra, incomodada e desconfortável com a maneira de se referir à garota, pois, por mais ignorante e instável que Leah tenha se tornado, ela não deixava de ser a sua filha querida, mas ninguém além de Hana e Lucian – com seus dons especiais – perceberam seu desconforto.

O grupo se despede, partindo rumo à casa de Sam enquanto Sue adentrava a própria casa, com ânimos renovados, para enfrentar a filha mal humorada que preparava algo para comer.

― Sam disse que...

― Já sei mãe – interrompe –, eu ouvi daqui... Ouvi também a piadinha a meu respeito.

LeahOnde as histórias ganham vida. Descobre agora