As portas do grande salão se abrem e o vampiro entra com a lobisomem branca enjaulada, causando espanto em todos os presentes. Aro se levanta de seu trono e se aproxima deslumbrado, mal se dando conta que aquele "caçador" era apenas um fantoche nas mãos de Evi.
― Mestre Aro. – Faz uma reverência. – Trouxe este animal para suas pesquisas, o encontrei vagando por Volterra. Espero que lhe agrade...
― Esplêndido, um presente magnífico de fato. Você conhece a fera, Kiary?
A cherokee se aproxima da jaula e analisa a fera branca. Evi sente um calafrio subir-lhe a espinha, o que Kiary estava fazendo ali? Seria mesmo uma traição à sua própria espécie? Ela já havia conhecido a garota numa de suas visitas aos sobrinhos, mas não sabia se havia revelado sua forma lupina a ela... Se Kiary a reconhecesse naquele momento, tudo estaria perdido!
― Não conheço nenhum lobisomem branco, mas lhe garanto que é uma mulher.
Kiary coloca o braço para dentro da jaula tentando tocá-la, mas Evi a ameaça com um rosnado. Ela não estava dopada, apenas fingia estar... A verdade é que a lobisomem apenas fingira uma briga e, no primeiro dardo tranquilizante, simulou um desmaio para que pudesse entrar no castelo com a sanidade intacta.
― Uma fêmea! Que maravilhoso! – Vira-se para o vampiro. – Leve-a ao laboratório, tratarei de recompensá-lo muito bem por este presente.
O vampiro assente com ar vitorioso e arrasta a jaula para o laboratório, fazendo Evi rir interiormente. Como estava sendo fácil, poderia ter poupado dias e mais dias de planejamento, se tivesse agido por impulso logo no princípio.
As portas do laboratório se abrem e a jaula da cherokee é colocada ao lado de outra. Aquele era realmente o seu dia de sorte, o local estava vazio, a lobisomem franzi o nariz com o cheiro repugnante daquele lugar e força os olhos a se adaptarem a má iluminação... Mas o que era aquilo ali na jaula ao lado? Aquele era mesmo quem ela pensava que fosse?
Evi se choca com a cena do sobrinho pendurado pelas mãos, seu corpo mais magro do que costumava ser, grandes olheiras abaixo de seus olhos, seus cabelos compridos que se orgulhava tanto, agora cortados e lançados ao chão como se nada representassem.
Lucian, o que fizeram com você! – pensa, com olhos agoniados.
― Evi? – murmura ele após ler seu pensamento.
Não me reconheceu?
― Não posso sentir cheiro algum – sussurra sem forças – e minha vista está um pouco embaçada...
Por que ainda está aqui? Por que não fugiu? – grita.
― Não queria estar aqui – Pensa, resolvendo dizer a verdade. – Na verdade, não queria nem estar vivo.
Pare de dizer besteiras, precisa voltar pra casa e cuidar da sua garota.
― Ela está morta! – responde num fio de voz.
Ela não está morta, quem lhe contou esse absurdo?
― Aro.
Oh céus! – Pausa, respirando fundo. – Lucian, preste atenção em mim, Leah está viva. Eu inventei sobre sua morte para que não tentassem contra sua vida. Eu lhe mostro tudo!
Evi retoma as cenas de sua chegada a La Push, trazendo à mente as imagens dos lobos em luta e da quileute ao chão, com Hana em sua guarda. Todos os acontecimentos seguintes fluíram pela mente da lobisomem com rapidez, sendo lidos com atenção pelas habilidades do lobo.
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Leah
Fanfiction"Você está designado para a pessoa que lhe dá as melhores chances de continuar os genes lupinos [...] Se eu fosse boa nisso, Sam teria sido designado para mim. Mas eu não sou. [...] Claro que ninguém jamais me levaria em consideração" (Leah, Amanhec...