Eu te Amo!

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― Carlisle faça alguma coisa, por favor!!! – pede Leah já em desespero. – Lucian fale comigo!

― A ferida está infeccionada e seu corpo parece não conseguir curá-la, está fraco demais, tenho que levá-lo à internação imediatamente!

Carlisle levanta o corpo do cherokee do chão e o coloca nos lombos de Jacob, levando-o às presas para sua própria casa, onde poderia instalá-lo aos equipamentos médicos lá guardados, restando para Edward a missão de acompanhar Leah floresta a dentro, somente para se certificar de que ficaria bem...

Apesar do retorno de seu amado, Leah ainda podia sentir o imenso vazio em seu peito, como se a chance de perdê-lo ainda existisse. Será que a vida seria tão cruel com ela a esse ponto? De separá-los, logo agora que finalmente retornou para casa? Ela não podia aceitar tal ideia, achava tudo isso muito injusto, não contendo a tristeza e as lágrimas no caminho para casa.

Edward queria dizer algo, queria lhe dar segurança e garantir que tudo terminaria bem, mas o vampiro não tinha essa certeza e não podia garantir algo tão importante. Estar dentro da cabeça da quileute, vendo seu sofrimento tão de perto, o fazia ficar ainda pior.

Seguindo o caminho contrário estava Carlisle, chegando à casa Cullen aos berros, clamando por ajuda. Esme e Jasper rapidamente vêm ao seu encontro, assustando-se com o estado em que o lobo se encontrava e compreendendo no mesmo instante o porquê Carlisle queria ajudá-lo: uma vida era uma vida, não importando de que espécie fosse.

E assim aquela tarde se passou. O que era para ser um dia de festa, transformou-se em aflição e preocupação. Lucian estava mal e, após a limpeza e a sutura de seu ferimento, foi encaminhado ao soro e ligado a um monitor cardíaco. Os Cullens não podiam deixar de sentir pena do cherokee, desejando do fundo do coração que se recuperasse logo.

A noite cai e Lucian é encaminhado à segunda bolsa de soro, enquanto Alice ajeitava seus cabelos com uma tesoura.

― Fique bem logo – sussurra ela com pesar. – Leah e o seu filho precisam de você... Confesso não simpatizar muito com filhos da Lua, afinal, a natureza nos colocou em lados opostos da balança... Mas ela esperava ansiosa pela sua volta, queria que você escolhesse o nome da criança. Não pode abandoná-la agora, não pode deixá-la depois de tanta luta! – Termina, com uma pontada de frustração em sua voz.

A vampira se atenta à chegada de Edward, que dedicara todo o seu tempo a explicar ao bando o que havia acontecido em Volterra. Ele chama a todos para uma reunião, a fim de contar-lhes os mesmos acontecimentos, fazendo a história perdurar durante toda a noite e o seu corpo estremecer novamente, ao se lembrar das terríveis imagens que Lucian lhe mostrara. E quando terminou seu longo relato, ele podia ver o choque nos olhos de todos.

― Isso é horrível! – comenta Bella. – Não desejaria tal coisa nem mesmo para ele, que é um inimigo natural. Viver como uma cobaia é maldade demais para mim...

― Será que ele sobreviverá? – pergunta Nessie.

― Sim – acalma Carlisle –, seu estado era crítico, mas conseguimos colocá-lo no soro a tempo, agora é esperar que seu corpo se restabeleça e volte ao ritmo acelerado de sempre, para que se cure sozinho.

― E Leah, como está? – pergunta Alice ao irmão.

― Ficou muito chocada com toda a história e, apesar de não ter dado tantos detalhes como dei a vocês, ela parecia poder sentir a dor que ele sentia somente de ouvir falar. Por fim, pedi que ligassem, caso precisassem...

O Sol desponta no horizonte anunciando o amanhecer. Carlisle examina o estado do lobo pela décima vez, desde que o internara. Já era possível ver a melhora em seu corpo, pois suas olheiras desapareceram e suas feridas se restabeleciam pouco a pouco, mas parecia não ser o suficiente para ele acordar. O vampiro retira o celular do bolso da calça e disca os números rapidamente, sendo atendido no terceiro toque.

LeahOnde as histórias ganham vida. Descobre agora