Right Now || The Vamps

12

LARISSA

Em questão de minutos depois da apresentação, o bolo já estava quase no final, os salgadinhos e doces também. James, Tristan, Connor e Brad gostaram bastante da comida, e Connor foi o que comeu mais. 

Muitas pessoas elogiaram nossa apresentação, dizendo que éramos muito talentosas e que deveríamos seguir carreira como girlgroup, e eu só sorria, agradecendo. Meu irmão e a namorada dele vieram me abraçar depois da apresentação, me elogiando e dizendo a mesma coisa, e a cada elogio e sugestões como essa, a discussão que tive com a minha mãe me vinha à cabeça, fazendo meu sorriso vacilar. 

— Eu... eu acho que vou ali me trocar — murmurei, tentando manter meu sorriso simpático, e entrei na casa.

Fui até a cozinha pegar água e agradeci a Deus quando vi que não tinha ninguém ali. Me encostei no balcão e suspirei, fechando os olhos.

Hoje eu consegui passar quase o dia todo sem pensar naquilo, mas agora que eu já não estava tão sóbria, os pensamentos vinham como tiros em minha mente, assim como os sentimentos que eu andava reprimindo.

— Você está bem? — Brad perguntou atrás de mim, me fazendo saltar levemente. 

— Oh, oi — sorri um pouco. — Sim, eu só... estava bebendo um pouco de água — murmurei, dando de ombros.

— Certeza? Você parece meio pra baixo — ele murmurou, se aproximando.

— É, bom... eu só estou meio cansada, só isso. 

Brad assentiu, examinando meu rosto.

— Sabe, vocês foram muito bem essa noite — ele sorriu, andando até mim devagar, e eu agradeci. — Especialmente você — Brad colocou o copo dele em cima da bancada, ao meu lado.

— Que bom que gostaram — disse, sinceramente. — Eu estava tão nervosa...

— Sério? Nem pareceu. Na verdade, você parecia muito confiante — ele se encostou no balcão, apenas a alguns centímetros de distância de mim, dando um sorrisinho.

— Acho que sou uma boa atriz também — ri baixo, olhando para o copo em minha mão. 

Ficamos em silêncio por alguns segundos, e eu podia sentir seu olhar queimar em minha pele.

— É feio encarar, Bradley — eu sorri para mim mesma, então levantei meus olhos para observá-lo.

— É muito difícil não o fazer — ele murmurou, e sua voz rouca penetrou meus ouvidos, me deixando meio aérea.

Ele se aproximou mais, encostando seu corpo ao meu e me prendendo entre ele e a pia da cozinha. Ele tirou o copo de água da minha mão com delicadeza e colocou na pia, atrás de mim. Suas mãos foram pelas minhas laterais até minha cintura, onde apertaram levemente, e as minhas mãos repousaram em seus ombros. Seu rosto estava tão próximo do meu, que tudo o que eu podia ver e sentir era Brad: seu rosto, seu perfume, seus ombros largos. Ele. Sua mão direita subiu até minha bochecha, onde ele acariciou levemente, então sua testa tocou a minha, e depois seu nariz tocou o meu.

— Brad, o que você está fazendo? — perguntei num sussurro, sem conseguir raciocinar direito.

— Te beijando — ele sussurrou de volta e, no próximo segundo, nossos lábios se tocaram.