In The Embers

Capítulo 20 [+EXTRA HUALIAN]

Loving can hurt, loving can hurt sometimes
But it's the only thing that I know
When it gets hard, you know it can get hard sometimes
It is the only thing that makes us feel alive

We keep this love in a photograph
We made these memories for ourselves
Where our eyes are never closing
Hearts are never broken
And time's forever frozen still

So you can keep me inside the pocket of your ripped jeans
Holding me closer 'til our eyes meet
You won't ever be alone, wait for me to come home

And if you hurt me
That's okay baby, only words bleed
Inside these pages you just hold me
And I won't ever let you go
Wait for me to come home

Photograph – Ed Sheeran

[13 anos antes]

"Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida". As crianças cantavam junto com as freiras no refeitório do abrigo. Yibo estava olhando para o bolo improvisado que a cozinheira havia feito a pedido da irmã Grace e havia alguns copos descartáveis espalhados pela mesa.

Era aniversário de 13 anos dele, mas a data era simbólica, pois o registro original do seu nascimento não foi entregue a instituição quando ele foi aceito, e, assim como as demais crianças, ele comemorava a data de acordo com o dia que ele havia entrado no abrigo como um interno.

"Faça um pedido!" Disse uma das freiras, e Yibo olhou um pouco para a vela branca, depois olhou para a irmã Grace e então a assoprou, ouvindo palmas em sequência.

Todos já estavam comendo bolo e a comemoração em si já havia acabado. Não era uma festa, era apenas uma forma de lembrança que acontecia quase todos as semanas para que as crianças não se sentissem abandonadas no dia de seus próprios aniversários. Logo, Yibo e os demais teriam que voltar a seus afazeres, que envolviam estudar, arrumar os quartos, ajudar na horta e comer nas horas certas.

Yibo estava sentado com o pedaço de bolo na sua mão que ele não havia tocado. Ele não gostava muito de coisas doces, então estava esperando a primeira oportunidade de, escondido, jogar fora o seu pedaço, pois se oferecesse a alguém, seria denunciado o fato de que ele não havia comido e era arriscado ele ser acusado de ingratidão por não ter consumido o seu próprio bolo de aniversário.

Quando ele já estava caminhando de volta para seus afazeres, limpando as mãos no short, ele ouviu um psiu e viu que a irmã Grace estava chamando-o num canto. Ele olhou para os lados e deu uma risada, correndo até ela.

"Está aqui." A freira lhe estendeu um saco. "Mas não conte para ninguém."

"Obrigado, Ma-Ge!" Ele disse, abrindo a embalagem de pão de coco. Ele deu uma mordida grande e sorriu.

"Como você não gosta de doce e gosta de pão doce de coco?"

"É diferente, pois é menos doce."

"Entendi. Eu vou voltar agora para a missa, coma aqui e depois você vai."

A mulher já havia dado as costas para Yibo, quando ele a parou, segurando ela pelo hábito.

"O que?"

"Eu posso pedir uma outra coisa, Ma-Ge?"

"Você não acha que está abusando? Eu não posso te dar presentes, quando chegar o dia das crianças, você vai ganhar alguma coisa com os outros."