Capítulo 38 - Vida Louca

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Gisele



Vesti-me com um vestido decotado, preto. Os cabelos ondulados, maquiagem pra noite e saltos delicados da mesma cor do vestido. Meu ruivo, usava um terno preto, sem gravata. Relógio no pulso, sorriso no rosto e o coração apertado pela exposição que ele estava sendo obrigado a aceitar. Ele não era mais aquele menino que um dia conheci. Nem eu mesma, era a mesma. O Nícolas de antes iria adorar isso tudo, e se possível iria fazer questão de deixar explícito que ele era o dono do mundo, só por causa da sua conta bancária. Ele mudou. A Pérola o fez mudar. A frieza da Fernanda o fez rever seus conceitos. A crueldade do pai dele, o fez perceber que a vida é mais que isso. Aquele mochilão que ele fez, a algum tempo atrás o fez enxergar o mundo do jeito que ele é. A falta de grana o fez perceber que ele consegue viver sem dinheiro. Ele amadureceu,não porque quis, mais porque foi forçado. Por causa dele eu também mudei. Eu entendo o elo que ele e o Artur tem. Eles se moldaram. Os dois são iguais, farinha do mesmo saco, mas os dois se protegem. E eu acho isso tão lindo, e invejo. Mas é uma inveja branca. O Bouer já nos aguardava. Avisamos que iriamos levar alguns amigos, e os vinhos. Ele se encarregou de preparar o jantar. Subimos todos, pelo elevador até a área vip do hotel. Um andar a disposição do cara mais famoso que conhecíamos. Os meninos estavam nervosos. O Júlio não parava de se olhar no espelho do andar. O Davi sorria, e a Lorena estava apreensiva. De mãos dadas ao meu marido, o Artur tocou a campanhia. O Bauer veio nos recepcionar. Um sorriso no rosto, e um pano de prato nos ombros. Roupas caras, e com um pouco de farinha nos cabelos.

— Finalmente chegaram.
— Cumprimentou um a um, e deu-nos passagem para entrar. Entramos, e o Júlio fechou a porta. — Preparei um menu digno dos deuses. — Todos rimos.

— O cheiro está maravilhoso.
— Comentei.

— Eu fiquei sabendo que vocês dois foram convidados para uma entrevista. — O Bauer, abria uma das garrafas que trouxemos dentro de uma das sacolas que o Artur o entregou.

— Fomos. — O Nícolas encarou o Artur,que sorria. Ele não conseguia se segurar. — A gravação vai ser em breve.

— Vocês merecem. — Ele entregou-nos, algumas taças. — E vocês quem são?
— Haviamos nos esquecido de apresenta-los.

— Esse é o Júlio, um dos advogados da Renome,e um grande amigo. — O Júlio sorriu. — Esse aqui, é o meu sócio Davi e essa linda moça, sua esposa.

— São todos bem vindos. E espero que se sintam em casa.

— Já estou me sentindo. — Comentou o Júlio. Eu peguei uma taça do vinho, e na hora que tomei um gole senti um forte enjoou.

— O que foi Gi? — O Nícolas Sussurrou em meu ouvido.

— Eu só preciso ir no banheiro.
— Comentei.

— Bauer, onde fica o toalete? — Deixei a taça na mesa de centro da sala onde estavamos.

— Naquele corredor,na segunda porta.
— Eu sorri agradecida,e fui com pressa. Eu nem percebi que fui seguida. Abri a porta do banheiro, e levantei a tampa da privada e vomitei.

— Gi,o que foi? Tá se sentindo mal?
— Era o Davi.

— Só tô enjoada. — Ele me entregou um pedaço de papel higiênico e eu limpei a minha boca. — Deve ter sido alguma coisa que comi mais cedo. A gente almoçou, depois comemos um monte de coisas no Gregos. — Fechei a tampa do vaso e sentei-me. Ele me olhava.
— Eu já estou me sentido melhor.

— Gi, tem certeza? — Eu assenti.

— Volta pra sala, sua esposa vai sentir a sua falta. — Ele riu.

Meu pedacinho tão esperado✔Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora