Capítulo 33 - Era ele

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Gisele




Meu roteiro para aquela noite havia sido cumprido,só não imaginávamos que o Nícolas iria começar uma guerra de pipoca pelo quarto. No fim, nos viamos nus,deitados no tapete, sujos de calda de sorvete com um sorriso nos lábios tão grande que nos fez tomar um banho de banheira,tomando uma única taça de champanhe que havia no frigobar do quarto. As janelas abertas, e do lado de fora alguns fogos. Não podia ser mais romântico do que já era.

— Você fez isso,não fez? — Eu sorri,e ele riu.

— Eu sabia. Então o que quer fazer, assim que sairmos dessa banheira?

— Andar de mãos dadas pela orla da praia. — Ele sorriu.

— E Depois?

— Dançar pra você. — Ele animou-se.

— E Depois?

— Nico, você iria ficar chateado se pegassemos o voou de volta amanhã?
— Ele negou. — Eu adorei o que você fez,mas estou com saudades de trabalhar, da nossa vida de antes.

— Eu também estou. O Artur se saí muito bem sem mim, mas é muito trabalho pra ele. — Comentou.

— E o nosso gato? Será que o Félix vai me reconhecer? — Ele riu.

— Aquele gato te ama. — Andamos pela orla de mãos dadas, como eu havia sugerido. Fiz guerra de areia, e no final,entramos no mar e nos beijamos enquanto o céu estralado testemunhava o nosso amor. Voltamos pro quarto, e dormimos. Quando acordei, o nosso café da manhã já estava servido, e o Nícolas bem vestido. — Bom dia.
— Aproximou-se de mim e depositou um beijo molhado em meus lábios.— Se importa se não tomarmos café juntos? — Eu neguei.
— Eu vou comprar as nossas passagens de volta. — Eu assenti. Coloquei-me de pé, e vesti um hobie que puxei da porta do banheiro. Me sentei na mesa montada no meio do nosso quarto e tomei um gole de café, assim que o coloquei na xícara.
— Também vou fechar a nossa estadia no hotel. — Ele parecia animado,mas do que eu imaginava. — Eu já volto. — E saiu.




Nícolas





As onze, pegamos um voou de volta. Fomos recebidos no saguão do aeroporto pelo italiano mais brasileiro que conhecemos. Ele veio nos recepcionar todo animado. Ao abraçar a Gisele , ele conseguiu tira-la do chão após depositar um beijo molhado em suas bochechas. Em seguida,veio fazer o mesmo comigo.

— Senti falta de tudo isso. — Comentei.
— E o Gregos? Alguma novidade? Algo que eu precise me preocupar? — Ele ajudou-nos a pegar as malas.

— Fomos convidados a dar uma entrevista para um programa matinal de um canal a cabo. — Sorrimos.— Eles querem que eu prepare uma receita.
— E te querem sentado ao meu lado.
— Eu ri.

— Eu não vou. — Enfatizei e a minha loira, deu um tapa em meu ombro.

— Ele vai aceitar. — Deu a ordem, e eu neguei.— Vai ser bom por Gregos. Vai ganhar mais visibilidade.

— Câmeras, e eu no mesmo lugar? Não combinam. — Brinquei.

— Pelo menos pense melhor sobre o assunto. — Eu respirei fundo,e concordei. — O produtor do programa vai no gregos jantar, e te explicar com mais detalhes sobre o assunto em questão. — Eu assenti. Seguimos para o carro dele que estava estacionado perto do aeroporto. No caminho até o Gregos ele me contava as burocracias que eu tinha que resolver, e as idéias para um cardápio novo. Eu concordava com tudo, e sorria. O Artur sempre dava um jeito de fazer as novidades virarem um sucesso. Ao chegarmos no restaurante, entramos. Matei a saudade do lugar. Abracei a Verônica, a irmã do Artur, que trabalhava conosco. Cumprimentei os outros funcionários,ganhei alguns abraços e felicitações. Aquele lugar havia se tornado meu segundo lar.
— Adivinha quem voltou pra cidade?
— O Artur sorria. — Cozinheiro, escritor e adorou quando contei sobre a matéria que vão fazer conosco?

— O Bauer? — Ele concordou.

— Ele nos convidou para um jantar no hotel dele. Disse,que ele mesmo irá preparar o cardápio. — Eu sorri. — Óbvio, que a Gisele está convidada. — Minha loira sorria. Ela ouvia nossa conversa quietinha na dela.

— Com certeza eu vou. Aquele homem salvou esse lugar,no dia em que as portas se abriram. — E era verdade. Se não fosse ele,e a boa repercussão que a nota que ele deu a imprensa, estaríamos falidos a muitos anos atrás. — Nícolas, eu vou pedir um uber, quero ir na Renome ver como anda as coisas. — Eu assenti, e ela puxou o celular da bolsa e fez a solicitação. — Vou ver,se o nosso almoço estar pronto.

— Artur, por favor, tem como preparar umas marmitas para eu levar pra Renome. — Ele assentiu.

— Esse lugar é tanto seu, quanto meu.
— Ela sorriu.

— Obrigado.— E ele encaminhou-se até a cozinha. — Eu me virei para ela,e a olhei.

— Tá tudo bem? — Ela assentiu. — Não quer ir pra casa, descansar?

— Não. Temos muito trabalho a fazer, e eu quero saber das novidades que o Davi instigou-me. — Eu ri.





Gisele





O Artur não demorou pra voltar. Estávamos no escritório do Nícolas quando ele surgiu com algumas sacolas de papel com o nosso almoço. Eu iria fazer uma surpresa pro Davi,já que ele não fazia idéia de que eu Já tinha voltado. Peguei as sacolas das mãos do Italiano, e o agradeci com um abraço, e antes de sair, depositei um beijos nos lábios do meu ruivo. O Uber já me esperava na entrada do restaurante. O cumprimentei, e ele me levou direto pra Renome. Paguei a corrida, e o agradeci. Pisar no prédio da advocacia era um alívio. Eu senti falta daquele lugar,nesses poucos dias de férias. Subi as escadas, a porta do nosso escritório estava aberta. Encontrei tudo do jeito que deixei. Me encaminhei até a minha sala, deixei as sacolas e me direcionei a sala dele. O encontrei falando ao telefone,enquanto observava a rua pela janela. Sorriu,assim que notou-me,mas percebi que havia uma tristeza escondida em seu olhar. Ele finalizou a ligação, e veio abraçar-me.

— Senti a sua falta. — Afirmei.

— Também senti a sua. — Contou-me.

— Então, quais são as novidades? — Ele riu,assim que nos desgrudamos um do outro, do nosso abraço afetuoso.

— Tem uma boa, e uma ruim. Qual quer saber primeiro? — Puxou uma cadeira pra mim, e eu me sentei. Em seguida sentou-se ao meu lado.

— A ruim. — Ele assentiu.

— Eu me separei da Lorena.

— Como assim? Como tudo aconteceu? Meu Deus.

— Já estávamos em crise a algum tempo. Ela saiu de casa, e levou o nosso filho.

— E pra onde ela foi?

— Pra casa da mãe dela. Eu até sugeri que quem devesse sair fosse eu,mas ela recusou-se. Disse-me que iria sentir-se mais acolhida com a família dela.

— Mas você é a família dela. — Enfatizei, e ele forçou um sorriso.

— Eu era,não sou mais. — Lá no fundo eu sabia,que eu ajudei para que isso acontecesse. Nunca incluímos ela no grupo,como deveríamos.

— Eu sinto muito.— Levantei-me e voltei a abraça-lo.

— Sobrou a boa notícia. Quer saber qual é? — Voltei a me sentar,e assenti.

— Temos um novo advogado na empresa, e ele trouxe sua associada.

— Isso é bom? — Ele riu. — Tinhamos concordado em fazer isso juntos?

— Na verdade,você meio que me deu carta branca,lembra-se? — Sorriu.
— Você vai abrir um sorriso quando souber de quem se trata.

— Quem? — Eu estava curiosa.

— Eles acabaram de voltar do tribunal.
— Ouvimos algumas vozes, e uma delas era conhecida. Assim que entraram na sala do Davi,eu confirmei as minhas suspeitas. Era ele,de novo em nossas vidas.

Meu pedacinho tão esperado✔On viuen les histories. Descobreix ara