Capítulo 1- Por quê eu ,sou eu,oras

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Alguns dias depois




Gisele





Eu estava estressada,tentando entender o que eu tinha de errado.Eu estava sentada na sala do meu escritório de advocacia.Meu computador estava ligado,e na tela um relatório pela metade,na mesa,á minha frente,estava uma pilha de documentos.Era pra eu estar trabalhando,mais a minha cabeça insistia em viajar por outros ares.

— Gi! — Deu duas batidas e logo meteu a cara na fresta da porta. — Tá ocupada?
— Eu bufei.

— Não,imagina.
— Zombei, e ele abriu a porta e entrou na sala. — Eu resolvi vim pro escritório por que aqui eu posso relaxar. — Ironizei,e ele arregalou seus olhos.

— Nossa...— Revirou os olhos, e deu uma olhada nos papéis da minha mesa.

— Como ousa,me pertubar?
— Esvravejei, e dei um tapa em sua mão. Ele riu, e puxou uma cadeira para se sentar.

— Por quê eu ,sou eu,oras. — Eu tive que rir. Respirei fundo, e escorei minhas costas na minha cadeira acolchoada.

— Grande merda,isso. — Murmurei e ele me encarou.

— Quer uma massagem?
— Sugeriu-me com aquele sorriso desafiador.

— Não! — Fui um pouco rispida,mais ele nem se abalou. Levantou-se de sua cadeira e veio até mim. — Eu disse,não!
— Ele assentiu,e posicionou-se atrás de mim. Começou a dar leves apertos em meu ombro.— Nossa... — Murmurei.
— Isso é muito bom. — Fechei meus olhos e relaxei.

— Eu sabia que iria gostar.
— Gabou-se. — Agora me conta,porque anda mau humorada ultimamente?

— Não para! — Supliquei. Eu vou ficar mal acostumada desse jeito.

— Gi...— Eu o interrompi.

— Eu já disse que não gosto que me chame de Gi. — Ele parou com a massagem. — Continua. — Ele voltou a fazê-lo.

— Achei que isso já estivesse superado,minha cara. — Comentou.

— Hahahahaha.— Ele bufou. — Você tá pior que aqueles dois anjinhos que tenho como meus sobrinhos. — O alfinetei.

— É a convivência ,minha cara.
— Afirmou-me.

— Da pra parar de me chamar de minha cara? — Resmunguei. — Isso tá me dando nos nervos.

— Percebi! — Alfinetou-me. — Tudo tá de dando nos nervos ultimamente.
— Murmurou.

— Davi,me responda uma coisa?

— Pergunte que eu vejo o que eu posso responder. — Me virei para olha-lo.

— Como você conseguiu engravidar a Lorena?

— Como? — O vi se calar por alguns segundos tentando entender o que eu queria dizer com aquilo. — Que pergunta besta,foi essa? — Retrucou. Ele tinha ficado visivelmente desconfortável. Saiu de trás de mim, e se sentou na minha frente.

— É isso mesmo que você ouviu?
— Ele pigarrou.

— Bom... — Eu aguardava sua resposta.
— Foi do jeito de sempre ,oras. Esqueceu de como se faz? — Eu ri.

— Eu só queria entender como um lerdo como você conseguiu ter um bebê.— Ele semicerrou os olhos,para mim.
— Ah,não me leve a mal,eu só não consigo entender o que eu tenho de errado. — Confessei e ele desarmou-se.

— Já foi ao médico? — Eu assenti.
— Fez exames? — Eu assentiu.
— Fez... — O interrompi.

— Sim,sim,e sim. — Respondi rapidamente, já ficando irritada com aquele assunto. — E não deu em nada.

— Então ,uma hora você consegue.
— Tentou me tranquilizar,mais não deu certo. Coloquei-me de pé e comecei a andar de um lado a outro.

— Eu não sou mulher de ficar sentada esperando. — Ele revirou os olhos.

— Essas coisas precisam de calma.
— Puxou a cadeira que eu estava sentada e sentou-se. Focou seus olhos aos meus e apoiou seu cotovelo no braço da minha cadeira acolchoada.

—Tempo? — Irei-me.— Eu quero engravidar e ponto. — O Davi gargalhou alto. — Por acaso falei algo engraçado? — Bufei e o fuzile com os meus olhos.

— Você fala como se pudesse decidir o tempo das coisas,Gisele!

— Davi,eu tive uma idéia! — Sorri ,e foquei meus olhos aos seus. Ele me encarou desconfiado.

— Já vem mais uma asneira,aposto!
— Afirmou-me e eu abri ainda mais meu sorriso.

— Não é asneira,será um experimento ,meu caro.— Ele franziu a testa.

— Afinal,do que se trata!
— Murmurou impaciente e eu me aproximei dele.

— Davi! — O chamei e ele continuou me olhando desconfiado. O segurei pela gola da camisa e aproximei nossos rostos.

— Gi,você está me assustando!
— Confessou-me meio sem jeito.

— Dorme comigo! — Ele arregalou os olhos,e empurrou um pouco com os seus pés,a cadeira para trás.

— Você tá louca mulher? — Eu gargalhei,e ele ficou agitado.
— Esqueceu-se do que aconteceu da última vez que nós...Bom, você sabe.

— Não me esqueci. Quase perdi o Nicolas por causa disso. — Respirou fundo.

— Então não ouse supor isso novamente. E agora eu sou um homem casado. E fiel a minha esposa,e você também deveria ser ao seu ruivinho não acha? — Gaguejou um pouco ao falar e eu ri.

— Eu sou fiel a ele. — Respirei fundo. Ele relaxou. — Você tinha que se olhar.
— Sorri, quebrando o clima pesado que se formou. — Você é um imbecil sabia?
— Ele fingiu acreditar. — Isso foi só uma brincadeira.— Ele assentiu.— Você acha mesmo que eu iria querer um filho seu? — Ele bufou.

— Não cuspa no prato que você cansou de comer! — Arqueou uma das sobrancelhas.

— Não tô cuspindo,eu estou apenas não tentando repeti-lo ,já que hoje em dia tenho repulsas por carnes mal passadas,como a sua! — Ele gargalhou e eu sorri e me sentei na cadeira que antes ele ocupava. Eu estava ficando obcecada por querer engravidar. Que Deus me ajude!


Meu pedacinho tão esperado✔Where stories live. Discover now