6. eu acho que é aconito

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— É algo na casa do Derek. — Pergunto o que era, assim que saímos da reserva, o mesmo me olha, puxando o bastão de Lacrosse pra tentar arrumar o estrago causado por Hale. — Tem algo enterrado lá... Senti cheiro de sangue.

— Isso é incrível. — Merda, não era incrível se ele tiver matado a garota. — Digo, é terrível. Sangue de quem?

— Eu não sei. — Ele me olha, largando o bastão. — Mas quando soubermos, seu pai vai prender o Derek. E daí, você tem que me ajudar a descobrir como jogar sem me transformar. Porque não tem como eu não jogar esse jogo.

— Então... Qual a próxima parada? — Pergunto pegando a estrada, o mesmo pensa por um tempo.

— O hospital. — Isso foi na verdade bem esperto, o necrotério era o lugar que armazenaram a outra metade do corpo, se Scott conseguisse farejar o cheiro, talvez tivéssemos alguma pista sobre de quem era o sangue no quintal.

Já tinha escurecido bastante, o caminho até o hospital memorial de Beacon Hills levou um certo tempo. Era bem rápido ir da minha casa até ele, mas da reserva até ele, era um certo tempo de estrada. Adentramos o prédio e eu logo vejo a indicação de onde é o necrotério, aponto pra Scott, e o mesmo segue naquela direção.

Dou alguns passos, pra ir até a sala de espera, e me deparo com Lydia Martin sentada em um dos bancos. A última vez que havia visto ela foi quando a mesma reclamou de seu relacionamento comigo na festa, me aproximo nervosa, querendo ou não, mesmo querendo sua amizade também, eu gostei dessa menina desde a terceira série.

— Oi, Lydia. — Ela me olha, tento pensar no que falar. — Você provavelmente não lembra de mim. Eu sento atrás de você em biologia. — Ela dá um sorriso, e eu levo isso como um avanço. — Também fui a pessoa que você chorou as pitangas naquela festa, você tava bêbada, então, provavelmente não lembra mesmo. Enfim, estava pensando que temos uma conexão. — Ela me olha confusa, e eu fico quieta por um tempo. — Implícita, é claro. — Ela volta a sorrir, e eu continuo. — Talvez seria legal nos conhecermos melhor. — Ela passa a mão no cabelo, tirando algo do ouvido.

— Perai, me dá um segundo. — Quando vejo, ela tira um fone bluetooth do ouvido, e eu percebo que tudo que eu falei nem tinha sido escutado. — Não entendi nada do que você falou. É importante?

— Não. — Digo gaguejando, ela me dá um sorriso fraco, e eu me afasto um pouco. — Desculpe. — Sento na cadeira do próximo corredor, pegando um panfleto qualquer, tentando esconder o resto de vergonha na cara que me sobrava. Um tempo depois, vejo Jackson se aproximando da mesma, Scott ainda não havia voltado, e bom, não posso deixar de ouvir a conversa dos dois.

— Ele aplicou? — Ouço a voz de Lydia, olho disfarçadamente, e vejo Jackson movendo seu braço, como se estivesse com dor.

— Ele disse para não acostumar, mas uma dose não mata. — Ele responde, fico em silêncio, tentando disfarçar com o panfleto em mãos.

— Devia tomar uma antes do jogo. — Jackson parecia irritado com o comentário, ela tava pedindo pra ele praticar doping? — Os profissionais sempre fazem isso. Quer ser amador de colegial? — Lydia cruza os braços. — Ou quer se tornar profissional? — Quando eles começam a se beijar, é a minha dica de parar de olhar, reviro os olhos, voltando meu olhar para o panfleto, não posso deixar de olhar quando eles começam a se afastar dali, sinto o panfleto ser puxado de minhas mãos, e viro meu olhar encontrando Scott na minha frente.

— Deus, você me assustou.

— O cheiro era o mesmo. — Me levanto o olhando.

— Tem certeza? — Ele afirma com a cabeça, e eu não sei o que pensar. — Ele enterrou a outra parte do corpo na propriedade.

wolf moon ✵ sterekWhere stories live. Discover now