Koo precisa de roupas pt.1

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#FoiPorCausaDasCenourinhas

Minha cabeça ainda dava voltas e voltas no recente ocorrido. Processar todas aquelas informações não estava sendo fácil, nenhum pouco.

Um garoto apareceu em minha casa, na minha cama; Bunny havia sumido; em seguida descobri que, na verdade, o garoto era Bunny em sua forma humana e manhoso como um bebezinho, o que pode ser um pouco assustador.

E como se não fosse o suficiente, ainda existiam muitas dúvidas em minha mente que me traziam algumas preocupações.

Jungkook tinha alguma família? De onde ele veio? Como pôde se transformar de um pequeno coelho para um garoto? Quantos anos ele tem? Pelo o que passou?

Ainda por cima, meu – ex – coelhinho parecia tão, tão inocente. Ingênuo, fofinho, manhoso, muito sensível e sentimental também.

Acho que isso pode-se perceber pelo tanto que ele chorou em nosso pequeno diálogo de poucos instantes atrás, meu coração ficou em pedaços, confesso.

Aqueles olhos grandes e brilhosos, que carregavam tantos sentimentos, tantas palavras que provavelmente não sairiam por sua boca. Além do mais, aquele olhar me era mais do que familiar, por isso não tive dúvidas que Jungkook era meu pequeno coelho de manchinhas cor de rosa.

Loucura?

Me chamem do que quiser, e posso até ser louco por acreditar que de fato um animalzinho virou um humano, mas ninguém conhece Bunny tão bem quanto eu. Tenho certeza absoluta que isso aconteceu e que agora aquele garoto de fios de algodão doce agarrado a mim, abraçando meu tronco com força como se eu fosse me desfazer com um estalar de dedos, era sim meu Bunny.

— Koo, como você está se sentindo? Pelo o que parece sua febre passou. — constatei, levando minha mão até sua testa, sentindo a temperatura de sua pele outra vez.

Comparado a quando acordei durante a madrugada, ele parecia realmente bem. Seu rubor nas bochechas parecia mais natural e não tão vermelho, sua respiração normalizada. Também não estava suando e tampouco tinha um ar sôfrego em sua face.

Ele parecia mais feliz, inclusive. Carregava algo diferente em sua feição, não sei se admiração ou carinho.

Eu ficava contente com isso, vê-lo felizinho estava enchendo meu peito de amor.

— O Kook 'tá bem, Chim. Melhor do que antes. — Jungkook afastou-se, sentadinho com suas perninhas cruzadas uma sobre a outra em cima do sofá, me encarando ainda com o rostinho inchado pelo choro recente. — Jimin, o Koo fez dodói aqui, oh! — ele fungou, levando seus dígitos até os joelhos, onde havia duas manchas avermelhadas marcando sua pele branquinha.

— O que você fez aí, pequeno? — perguntei, virando-me para ele, analisando seu machucado e sequer escondendo minha preocupação. Não era grave, mas ficaria roxo no dia seguinte.

— O Jungoo a-acordou e chamou o C-chim, mas o Chim não tava lá. Aí e-ele saiu 'pra procurar e c-caiu. — contou, parecia realmente sentido. — Kook veio até o J-jimin-ssi pelo chão, porque ele não s-sabe usar as pernas.

Deus, por que permites o sofrimento?

— Oh meu Deus, você não sabe andar, Jungkook?

— O Koo não sabe. — inflou as bochechas, negando rapidamente com a cabeça.

Tchau, vou comer vidro.

— Espere aí sentadinho, eu vou pegar um gelinho 'pra colocar no seu machucado. — e como se como a vida de meu pequeno dependesse da melhora daquele machucado, corri para cozinha abrindo o freezer da geladeira e tirei de lá uma bolsinha de gelo, não demorando a voltar como o flash para perto de Jungkook, me abaixando em sua frente, deixando a bolsinha sobre a região avermelhada. — Se ficar muito frio pode me dizer, tudo bem? Eu coloco um paninho.

Hey, Bunny! | JIKOOKWhere stories live. Discover now