Koo não é um coelho

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— O que eu devo fazer, meu Deusinho? Me ajuda, vai. Só dessa vez... — choraminguei, passando minhas mãos entre os cabelos, quase arrancando-os da cabeça. — Eu prometo que viro gente se o todo poderoso me der uma mãozinha.

Mas aparentemente Deus também não estava muito afim de me ouvir, então teria que eu mesmo resolver aquela situação.

Extremamente incerto sobre o que fazer, voltei ao meu quarto parando alguns segundos rente ao batente da porta e analisando aquele cenário.

Não haviam roupas espalhadas por nenhum lugar, nenhuma que pudesse ser do cabelo de algodão doce, o que é estranho demais.

COMO ALGUÉM PODE ESTAR DEITADO E SEM ROUPAS NA MINHA CAMA, SEM QUE AS TIVESSE TIRADO!?

Céus, não consigo entender. Não há explicação. Nenhuma sequer.

Também não quero parecer doido, e pensar ou cogitar a hipótese de que meu coelho virou um humano e blá blá blá, isso é impossível. Completamente impossível.

Mas ao mesmo tempo é a única coisa que faz sentido em minha cabeça. Não há roupas, as portas estão trancadas, meu coelhinho desapareceu magicamente e um menino tem cabelos cor de rosa igual Bunny tinha seus pelinhos rosados na cabeça, apareceu no lugar.

Acho que preciso consultar um psiquiatra urgentemente.

— Bora, Jimin. Aguenta firme, amado.

Tentando espantar minhas teorias mirabolantes da mente, pelo menos por hora, fui até meu guarda roupas, na intenção encontrar alguma coisa que coubesse no garoto.

Acabei por escolher um pijama que já não me servia mais a tempos, mas tinha dó de colocá-lo fora. E abri um pacote de cuecas que eu ainda não tinha usado para pôr no algodão doce.

Eu teria mesmo que vesti-lo? Ou quem sabe deveria acordá-lo?

Talvez ele devesse colocar a roupa sozinho, não é?

— Ei, algodão doce! — chamei-o em um sussurro, estava com pena de arrancá-lo daquele sono profundo e que aparentemente lhe caia tão bem. Parecia tão doce e inocente enquanto dormia e ressonava baixinho.

Estava sem muitas opções, então caminhei de volta até a beirada da cama, tocando o ombro do garoto para tentar despertá-lo. Mas quando deixei que minha mão entrasse em contato com sua pele levei um susto, porque ele estava ardendo em febre. Realmente muito quente.

Bunny também tinha febre...

— Oh, não seja patético, Jimin. — resmunguei, repreendendo a mim mesmo.

Eu não podia deixar que o algodão doce tivesse uma convulsão por ter a temperatura elevada demais. Pode ser um completo desconhecido, mas ainda assim não posso não ajudá-lo.

Não sou um monstro, afinal.

Por isso, fui rápido em puxar o cobertor para longe, deixando o garoto completamente exposto à mim e à brisa fresca do ar condicionado. O que fez com que ele se encolhesse buscando alento e calor, e se agarrasse ainda mais ao meu travesseiro.

— Certo, algodão doce, você vai ter que me dar uma ajudinha.

Com todo o cuidado do mundo, o virei de barriga para cima, para que ficasse mais fácil de movê-lo e vesti-lo. Então cobri primeiro suas partes íntimas com a cueca.

Confesso que foi difícil, tentei ao máximo não tocar nele, o que correu bem mesmo que tenha sido uma tarefa muito difícil. Até porque o garoto estava completamente desacordado.

Enfim, depois que a primeira peça de roupa já estava em seu corpo, passei meu braço por trás de suas costas, puxando-o para cima, fazendo com que ele se sentasse por alguns segundos e apoiasse seu tronco em mim para não cair.

Hey, Bunny! | JIKOOKOnde as histórias ganham vida. Descobre agora