FIFTEEN

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NINGUÉM DISSE NADA.

Juro que, se eu me concentrasse, podia ouvir a Taylor Swift cantando "I've never heard silence quite this loud".

Isso até eu resolver abrir minha boca enorme:

— Bom, pelo menos isso explica minha atitute — Hayley e Klaus ainda estavam em silêncio, assim como todos — vou deixar vocês processarem isso tudo ok? — Disse, correndo em direção à porta antes que alguém me impedisse.

Sabe, se parar para pensar, é até irônico. Até algumas horas atrás, eu tava super ansiosa pra acabar logo com toda essa palhaçada de cria perdida dos Mikaelsons e acabou que, no fim das contas, eu só me enterrei mais ainda nessa bagunça toda. Mas, pelo lado bom, aposto que agora o Alaric vai ter um ataque.

— Como foi lá dentro? — Penelope aparece na minha frente, com Lexi logo atrás, me fazendo pular de susto.

— Como você faz isso?! — Ela tem o péssimo hábito de aparecer do nada e, geralmente, nas piores horas possíveis.

— É um dom — Ela diz, como se isso explicasse tudo — e você ainda não respondeu minha pergunta, então, a cria perdida já foi encontrada e você finalmente vai poder paz? — Lexi me olhou com expectativa.

Queria eu

— Na verdade, a cria perdida sou eu, descobri que a vida adora me fuder das maneiras mais diferentes possíveis — brinquei, bom, mais ou menos até porque era verdade!

A cara das duas foi definitivamente impagável, mas eu acho que talvez seja melhor explicar.

— C-como?! Explica isso direito pelo amor de Deus — Lexi diz, ainda em choque.

— Você ouviu. Eu sou filha do Klaus, se parar pra pensar, é até irônico, algumas horas atrás eu estava toda animada para me livrar da família Adams, e agora descubro que sou parte dela.

— Essa parte eu entendi, mas como?

Não quer que eu explique como bebês nascem pra você né? Até porque tenho a impressão que a Penelope sabe muit-

— Não foi isso que ela quis dizer, animal! — A mesma rebateu rebateu, grossa! — Quero saber como isso é possível, quer dizer, você nunca demonstrou sinais de que pudesse ser uma lobisomem, vampira ou algo assim.

— Bom, até que faz sentido, nunca matei ninguém e, graças a Deus, nem morri, então tecnicamente, só teria poderes de bruxa — não tinha pensado nisso até Penelope mencionar, será que se matar o stiles eu viro lobisomem? Assim conseguiria fugir bem mais rápido.

— Você tá bem? — A voz de Lexi me tira dos meus — muito tentadores, porém errados — pensamentos.

— E você não tá surtando?! — Exclamou Penelope, surpresa.

— Ah, acredite, eu tô surtando desde de que aquela bruxa idiota me falou, mas tô tentando achar o lado bom — respondi.

— E isso seria? — Nem eu sei, como eu vou responder?

— Eu disse tentando — sorri — mas, pensando bem, isso vai causar um surto e tanto no Alaric, isso deveria ser considerado bom, né? — Ela riu e passou um braço pelos meus ombros e o outro pelos de Lexi.

— Bom, agora que descobriu ser uma Mikaelson, pode roubar o cartão de crédito deles e não precisa se preocupar com o pão duro do Derek — até que não era uma má ideia.

— Sabe que vai ficar tudo bem né, Sabrina? — Lexi falou, tenho a impressão que, mais tarde, vai ter um discurso inteiro preparado sobre como não importa quem eu sou, ela me ama e nada vai mudar isso.

— Eu sei — dou um leve sorriso, ser uma Mikaelson não podia ser tão mal assim, podia? — Mas acho que tenho que voltar lá pra dentro, soltei a bomba e saí de lá o mais rápido que pude. Me desejem sorte!

Fiquei encarando a porta por uns bons dez minutos até alguém gritar lá de dentro:

— Sabemos que está aí! Sua respiração te entrega, entra logo!

Vai entrar ou vai ficar aí parada que nem uma idiota? Não pode mais dar meia volta porque eles já te ouviram.

Respiro fundo e abro a porta. Derek e os outros já não estão mais ali, só resta a família Mikaelson. É impressão minha ou eles estão nas exatas posições que quando eu saí? Acho que talvez eu tenha quebrado eles.

As cabeças deles viram para mim e Klaus se põe de pé, quase saltando da cadeira ao me ver passar pela porta. Bom, duvido que consigam distinguir alguém pela respiração e tenho a impressão que eles não imaginavam que eu viria tão cedo — nem eu sabia até estar parada em frente à porta —, então entendo a surpresa.

— Sabrina — Elijah começou — imagino que queria conversar com a gente, certo?

eu queria mesmo era fugir, mas acho que isso seria grosseiro, então concordei com a cabeça.

Puxei uma cadeira e me sentei, encarando todos eles, esperando que alguém falasse alguma coisa, mas só ficamos encarando uns aos outros.

Ficamos assim por trinta minutos. Trinta minutos, eu sei porque não parava que olhar o relógio e contei os primeiros dez em minha cabeça.

— Isso é que é conversa — Kol brincou, obviamente não aguentando mais o silêncio que estava a sala, o que me fez soltar uma pequena risada.

Devo admitir, fico feliz por ter sido o maluco do taco a quebrar o silêncio, achei que eu seria a primeira a falar, toda aquela quietude tava me matando.

— Como está, Sabrina? Entendo que tudo isso é novo pra você — Freya me lança um olhar compreensivo.

Francamente, o que ela espera que eu responda? "Tô ótima, nem um pouco surtada ou assustada com tudo isso. Só por curiosidade, quanto é minha herança?"

Ao invés disso só respondo "confusa"

— Isso é completamente compreensível, considerando todos os acontecimentos — o engomadinho fala. Como eu sou parente dele? Ele é calmo e normal, enquanto eu pareço um desastre ambulante.

— Bom, pirralha — o maluco do taco falou — já que filha do Nick, isso pelo menos explica a atitude insuportável — foi fácil perceber que Klaus precisou de muito auto controle para não matá-lo ali mesmo.

— Kol! — Exclamou Rebekah — isso não é nenhuma brincadeira — Kol se limitou a um simples "tava tentando amenizar a situação"

— Rebekah tem razão — Hayley, que aparentemente é minha mãe, concordou e se virou para mim — nós temos muito que conversar, Sabrina.

VOLTEI!!!!

tô muito feliz que consegui voltar a escrever!

tava tendo um bloqueio criativo enorme depois que entrei em hiatos, mas finalmente sai dessa merda e posso voltar a atualizar normalmente.

para vocês terem noção de como esse bloqueio me afetou, cogitei seriamente em apagar a história, na real só não apaguei porque tem um significado enorme pra mim,  foi minha primeira história e tenho um carinho enorme por ela e pelo plot em si.

me digam o que acharam desse capítulo por favor, passei muito tempo sem escrever e acho que tô enferrujada.

enfim, já tenho algumas ideias para o próximo capítulo e prometo me esforçar pra trazê-lo o mais rápido possível.

beijos e até o próximo capítulo

THE LOST MIKAELSON, the originalsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora