SIXTEEN

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SE PASSARAM TRÊS HORAS. Três horas inteiras desde de a conversa com os Mikaelson.

Era de se esperar que a esse ponto eu tenha pelo menos colocado algumas ideias no lugar já que tive um tempo para pensar, mas não, isso só me fez ficar ainda mais confusa e não sei nem como eu me sinto em relação a fazer parte da família Adams.

Para começar, ficamos em silêncio por uns bons cinco minutos depois de Hayley anunciar que tínhamos muito a conversar, depois, não só escutamos — quer dizer, eles escutaram, eu só fiquei com cara de bunda esperando o maluco do taco me contar o que aconteceu — uma pequena briga entre a barbie e o projeto de senhor D, aparentemente, ele teme pela segurança das filhas já que agora tem não só uma, mas duas crias do mal — como ele carinhosamente apelidou Klaus nos livros de história — vivendo em sua escola que, de acordo com ele, deveria ser um lugar seguro.
Ele até tem um ponto, só com Hope aqui já colocava a escola em um perigo enorme, se a informação que Klaus tem outra filha e que ambas estão no mesmo lugar, essa escola vai se tornar um alvo para todos os inimigos — e vamo combinar que são muitos — do ken britânico.

Já a barbie afirmava que não importa de quem somos filhas, nós devíamos continuar na escola e não sermos julgadas pelos erros dos outros. Enfim, foi uma longa discussão que até o nome de Stefan Salvatore— que está morto, por sinal — entrou no meio. Com o argumento de que Stefan se sacrificou por todos e ele não concordaria com isso, já que ajudou o Klaus há um tempo atrás, Caroline ganhou, nossa que surpresa.

Claro que Kol teve que nos dar a sua importantíssima — olha o sarcasmo aí — opinião sobre o assunto, afirmando que se Klaus não tivesse doado uma boa grana para o Alaric, eles estariam ensinado debaixo da ponte.

Mas chega de enrolação! De volta a conversa, Hayley e Klaus acharam sensato me dar um tempo para absorver tudo isso e decidir como me sinto e Deus abençoe os dois porque até agora não tenho ideia de como eu me sinto em relação a toda essa palhaçada. Como as protagonistas de livro conseguem? Sério, algumas descobrem que tem que salvar o mundo e agem como se tivessem pedido a elas uma caneta emprestada! A cada dia que se passa, percebo que os livros são uma grande mentira. Ninguém é tão bem resolvido assim!

Bom, como não estava afim de resolver minha vida agora — e já estava bem tarde —, resolvi ir pra cama porque agora que eu já sei que sou um membro da família Adams eu finalmente vou ter uma boa noite de sono, certo? Errado!

Como se descobrir ser filha do original mais temido da história não fosse o bastante, eu ainda tenho que aguentar os sonhos que se remetem aquela vaca da Monroe!

E para variar o sonho começa com um monte de gente que eu nunca vi na vida, todos armados e parecendo prontos para atirar em qualquer coisa que se mexesse. E é aí que ela aparece, aquele projeto de vadia mal amada, Monroe. Ela está exatamente como da última vez que a vimos e rodeada de pessoas, que eu reconheço serem caçadores.

Eles conversavam — ou melhor, discutiam — sobre algo, não dava para entender absolutamente nada do que aqueles filhos da mãe estavam dizendo porque aparentemente ninguém ali tem um pingo de educação e falavam todos um por cima do outro.
Mas, entendi Monroe falar que eles precisavam de mais armas, não demorou muito para juntas as peças e perceber que estavam planejando um ataque.


Assim que me levantei, fui ao encontro de Lexi, ou melhor, Lexi me acordou e me arrastou para fora da cama, junto com Aaron.

— Onde está o Alaric? — Perguntei, ainda sonolenta.

— São oito da manhã e você interessada em saber onde o Dr Saltzman está. Tem certeza de que você tá bem? — Aaron sorriu — Talvez toda aquela conversa com os Mikaelson tenha te enlouquecido.

— Não seu idiota! Monroe está planejando um ataque — disse —, não sei quando, nem como, só sei que vai acontecer, então não me peça detalhes.

— ALARIC! — Vi o projeto de senhor D quase pular de sua cadeira quando abri a porta com tudo.

Assim que me viu, abriu uma expressão cansada.
— O que foi que você aprontou dessa vez? Explosões? Fogos de artifício? Bombinhas de fedor ou qualquer outra ideia que tenha roubado de Harry Potter?

— Para sua informação, não fiz nada ainda, mas preciso falar com você. Tive outro sonho, sobre a Monroe dessa vez. E tenho a impressão de que dessa vez, ela está planejando um ataque

— Como assim? — Sua expressão, antes cansada, se tornou apreensiva

— Não tenho certeza de como, só sei que vai acontecer. Talvez nem esteja planejando nos atacar, talvez esteja falando de uma matilha aleatória, mas ela está basicamente reunindo um exército. Tinha decanas de caçadores falando e discutindo com ela sobre isso.

— Bom, o que temos que fazer é avisar ao Derek e espalhar para matilhas próximas e rezar para que elas façam o mesmo. — Disse, sabendo que eu estava a um passo de contestar, ele levantou a mão e continuou:
— por agora, vá para aula e pare de fingir que nada aconteceu e que você não descobriu que tem o DNA da família que me deixa louco há anos.

Eu sorri
— bom, pelo menos explica o porquê da sua falta de paciência comigo — saiu de sala gritando um "tchau senhor D"

Por mais que eu o irrite, adoro o Alaric, ele é como família, mas não vou escutar ele dessa vez. Se Monroe está planejando um ataque temos que ir atrás dela, pará-la antes que seja tarde.
Então, fui atrás de Stiles e Scoot.

THE LOST MIKAELSON, the originalsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora