A Prostituta Indomável.

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— Você sabia? Não sabia? — paro na sua frente — Todo esse tempo minha vida rodeada por pessoas mentirosas.

— Seu pai mudou seu nome por causa do Antony, para ele não achar você.

— Vocês dois são dois traidores isso sim — estou no chão chorando e nervosa — Como pode deixar ele fazer aquilo comigo?

— Fui eu que tirei você de lá no mesmo momento que soube.
Sabe o Gael ? Se lembra dele? Foi o homem que seu pai mandou com a intuição de se parecer comigo para você se apaixonar por ele, e quando eu vi vocês dois eu imaginei que ele realmente conseguiria, eu não sei qual é o problema que seu pai tem comigo mas ele nunca me quis perto de você.

— E por que eu não me lembro de nada?

— Foram tempos de medicamentos e fiquei sabendo que várias vezes você levava um choque, Antony nunca esteve morto Larissa e estava na sua vida só para te torturar para você pagar por tudo que fez mas que nem foi você que quis.

— Por que nunca me contou?

— Por que para mim você sempre foi a Larissa, poderia até se chamar Raíssa mas esse nome nunca mostrou realmente quem você é.
Por favor não fica brava comigo, me desculpe se duvidei de você.
Quando você foi embora ontem eu pirei quis quebrar a casa inteira — se aproxima de mim no chão.

— Tá tudo bem — as vezes esquecer e deixar de lado é uma coisa boa a fazer.

Seu abraço me conforta.

— Eu tenho uma coisa para te mostrar em uma maleta que está no carro, mas eu tô com medo de me afastar de você e tudo voltar a ser como antes.

— Eu vou estar sempre aqui, nunca mais vou deixar alguém me afastar de você de novo.

— Agente pode só aproveitar essa noite eu e você juntos.

— Vou mandar trazerem suas coisas de volta.

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Gabriel não gostou nenhum pouco da idéia de me deixar sozinha com Antony mas é necessário.

— Tem certeza de que está calmo? — aperto sua mão.

— Estou tentando, saber que você vai estar lá dentro sem nenhuma proteção não tem como ficar, mas eu confio em você — tenta um sorriso.

— Eu quero que você os proteja, sei que não deveria pedir isso mas por favor.

— Não se preocupa, está todo mundo longe e em um único lugar que ninguém vai achar, mas vai ter bastante coisa para explicar depois — já estou acostumada com isso.

Um beijo de despedida antes de descer do carro e esperar ele se distanciar para começar a dar meus passos para perto da casa.

Cada vez mais próxima da casa, sinto raiva e ao mesmo tempo tristeza por pensar que ele foi tão bom e ao mesmo tempo horrível.

— Larissa ou devo dizer Raíssa — está do jeito que eu me lembrava.

Mas agora na minha cabeça passa o quanto ele sabe?
Será que sabe que estou me recordando da minha memória perdida?