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Larissa Monteiro.

Com a mão na cabeça e sentada em um dos bancos do balcão, eu penso na noite de ontem.

Fernanda não para de falar da mulher que beijou no cinema.
Eu não sei como ela diz que é um gostosão se nem ao menos viu quem era, mas fora isso estão todos comentando o mesmo acontecido.

O que eu vou fazer?

Hoje é sábado o que significa que não tenho faculdade e então venho cedo para lanchonete.

A noite faço meus meios de ganhar mais dinheiro.
Estou apenas ajuntando dinheiro para uma boa causa.

Fernanda minha amiga também é prostituta.

No restaurante eu as fico mais no caixa mas quase sempre estou na cozinha.

Meus pais nem sonham que sou uma prostituta.
Isso é um segredo nosso.

Tenho 20 anos e por mais que eu seja nova a minha vida é complica.

O sino da lanchonete toca anunciando a chegada de alguém.
Direciono meu olhar para a porta, e ali está.

Um dos homens que perturba minha vida desde o meu último casamento.

Inferno.

Hoje ele não veio sozinho.

Um homem alto muito alto mesmo está em uma calça jeans escura, e com uma camisa social mas as mangas dobradas até metade dos braços, está de óculos escuro e posso ver que tem uma tatuagem em seu pescoço, alguns botões de sua camisa estão abertos e vejo outra tatuagem dando continuidade para dentro da camisa e outras nos braços.

Músculos definidos sobre a camisa é como se estivesse tenso e ficado rígido deixando assim a camisa grudada ficando apertada no seu corpo, mas parece que ele está pedindo de verdade é para tirá-la do seu corpo.

Não posso ver a cor dos seus olhos já que está de óculos escuro.

Ao perceber que estão se aproximando eu abaixo a cabeça.

— Bom dia minha linda — Bruno senta e joga um dos seus sorrisos que me dão enjôo.

— Bom dia eu não sou sua — levanto meu rosto.

— Ainda — diz convencido de que um dia vou me casar com ele.

Coitado.

— E nunca serei, não sei por que ainda tenta.

— Você ainda não quer casar comigo? Pensou direito? Ainda não está pronta para o meu pedido — suas perguntas me casam.

— Eu já disse que não — dou mais uma das respostas que ele nunca cansa de ouvir.

— Viu só cara, eu disse que ela não admite que me ama — cutuca o rapaz ao seu lado o qual entrou com ele.

Surge um sorriso no rosto do rapaz e isso me causa coisas que nunca havia sentido.
Direciona o sorriso a mim e posso dizer que foi o sorrido mais lindo que já vi em toda minha vida.

A Prostituta Indomável.Where stories live. Discover now