Capítulo 10

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Olha quem voltou rapidinho dessa vez e com um capítulo imenso! HAHAHAHAHA. Curte o capítulo antes de ler dessa vez, galera! BEIJOS 

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*Gizelly*

Assim que a campainha tocou eu sabia que era o Daniel. Não que a Marcela tenha mentido pra mim, mas ele sabia que eu estava hospedada aqui e só a Marcela é inocente ou idiota ao ponto de acreditar na inocência desse moleque sonso. O Daniel não dá ponto sem nó. Nunca. A cara de pânico da Marcela seria capaz de me sensibilizar se eu acreditasse que ela realmente não deixou isso acontecer, mas ela deixou. Ela não disse qualquer tipo de não ao Daniel, desde o início. A insegurança do Daniel sempre foi prioridade e nunca a minha, não sei como acreditei por alguns minutos que seria diferente dessa vez. Acho que a inocente fui eu.

Minha cabeça rodopiava enquanto Marcela ia atender a porta. Peguei meus fones, continuei minha arrumação o mais rápido que pude, mandei uma mensagem para a Tábata. Eu precisava sair desse apartamento o mais rápido possível e, no momento, a Tábata era a opção mais segura para me garantir abrigo. E agora? Passar pela sala não era uma opção com os pombinhos ali. Eu pularia a janela? Não é uma opção, embora seja o que amantes fazem quando o namorado chega...

- Gi? – Ouvi a voz da Marcela me chamando bem baixinho fora dos fones.

- Oi? – Tirei um dos fones.

- Eu preciso conversar com o Dani, então vamos dar uma saidinha. Volto já, tudo bem? – Ela disse entrando no quarto e fechando a porta atrás dela.

- Tudo bem. – Respondi fechando a mala e pegando meu celular para checar se havia resposta da Tábata.

- Gizelly, olha pra mim – A expressão da Marcela beirava ao pânico, embora sua voz permanecesse calma – Promete que você não vai a lugar algum.

Ela fez uma pausa e não expressei qualquer reação apenas continuei a olhar em seus olhos, então ela continuou.

- Gizelly, eu tô falando com você, me promete? – Ela insistiu.

- Ok.

- Eu já volto, bichinha – Ela disse vindo em minha direção como quem me daria um selinho, apenas desviei o rosto e voltei a olhar para o celular – Não faz assim, bebê – a voz agora era de manha.

Coloquei o fone novamente em resposta e ela apenas saiu do quarto me deixando ver uma expressão de tristeza de relance. Aparentemente, o Daniel não deixou ninguém muito feliz. Não é como se isso importasse já que apenas as vontades e a felicidade do bebezão importavam para ele e sua namoradinha. Esperei mais uns minutos, calcei um tênis, pedi um uber para o endereço que a Tábata me indicou.

Assim que cheguei à sala pude ver um buquê de rosas em cima da mesa e uma caixa de bombons de chocolate, revirei os olhos. Além de burro e manipulador, ele é brega. Aquilo são malas? O Daniel trouxe malas? Tábata estava na casa da Alice, uma amiga de longa data que eu conhecia desde quando ela morava no ES. Alice é daquelas pessoas de sorriso doce, olhar profundo, das horas às avessas e divertidíssima, quase tão furacão quanto eu. No caminho, tentei ao máximo não pensar no que diabos os pombinhos estavam fazendo ou onde eles estavam para conseguir conversar sem que ninguém soubesse. Não abri redes sociais, não tinha como pensar em lidar com públicos agora, seja o nosso, o meu ou o deles. Fiquei imaginando como Alice estaria agora, não nos víamos há alguns anos.

*Marcela*

- A gente vai conversar, Ma! Mas deixa eu matar a saudade um pouco – Ele disse me puxando para um outro abraço.

A gente se prendendo a toaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora