7. You (can't) be careful all the time

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― Regra número 3: sinceridade é bom, mas nem todo mundo aprecia. ― Jeongguk lhe chamou a atenção com um estalar de dedos, provavelmente muito alheio ao que Jimin olhava. Seu pescoço e peito. Achou uma pintinha adorável na jugular esquerda, tão boa para beijar quanto a que ficava no queixo do ômega ― Você me elogia demais, Jimin. E eu amo isso porque sei que cada um dos seus elogios é sincero. Mas eu não posso conviver com essa sinceridade toda, porque se eu me acostumar, vou querer que o meu futuro parceiro faça isso também. E todos que eu encontrei pelo caminho foram extremamente orgulhosos.

― Pensei que você não quisesse encontrar alguém. ― resmungou, visivelmente afetado pela ideia do moreno se envolver com outro homem.

No momento, acho que já sofri bastante e não preciso de alguém. Quero aproveitar o tempo com meu filho, matar a saudade da minha família em Busan. ― desenhava com a unha um padrão aleatório na mesa, apenas para não ter que encarar o delegado ― Mas eventualmente, eu vou encontrar alguém. Só espero que seja alguém bom para mim. ― sorriu minimamente.

A fala doeu em Jimin e o alfa se sentiu agradecido pelo detetive não estar prestando atenção em suas reações. Era difícil não pensar sobre sexta enquanto ele falava, impossível não associar "alguém bom" com "alguém que não me xingue ou bata em mim". Mentalmente Jimin se questionou se o ômega sabia o seu valor, o valor de sua beleza, personalidade amorosa, as experiências que trazia do passado. Se o delegado ao menos fosse solteiro, se não houvesse Taehyung, só Hoseok, Jimin gostaria de ser um bom pai para o próprio filho e o de Jeongguk.

― Regra número 4...

― Mais uma?

― Sem abraços. O mais próximo de um abraço completo que tivemos foi no dia do Imprinting. Não aconteceu ainda por algum motivo, e como eu não posso continuar apaixonado por você, temos que restringir o contato físico. ― decretou com uma voz que parecia livre de segundas chances.

― Mas já quase não nos tocamos... ― tentou protestar, recebendo um olhar impiedoso de volta.

― E você acha necessário me tocar, delegado? ― retrucou, cruzando os braços.

― As vezes, temo que sim. ― declarou e Jeongguk desviou os olhos, que se encheram de lágrimas.

― Não torne isso difícil para mim, Jimin. Não torne difícil para mim, quando eu só quero facilitar para você. ― enxugou os cantos do nariz, por onde as primeiras lágrimas desceram.

A visão quebrou Jimin.

― Acha que não é difícil para mim também? Quando só uma mesa me separa de te abraçar ou beijar essas lágrimas para bem longe. ― exasperou-se, querendo vencer a distância e segurar as mãos do ômega, mas ele estava longe. E deveria ficar assim.

A sala ficou em silêncio por segundos, enquanto o detetive fungava e se acalmava. Por fim ergueu os olhos,

― Você quebrou a regra número 2 e número 3. O que eu faço com você, hein? ― sorriu afetuosamente, embora os olhos permanecessem tristes. Então Jimin percebeu que havia sim uma punição para quando ele desobedecia alguma das exigências. Jeongguk se apaixonava mais um pouquinho por si e, por causa disso, sofria. E o alfa podia sentir tudo. Desde o coração batendo acelerado até quando uma angústia preenchia o ômega e ele se forçava a se acalmar, ciente de que era errado.

Mas parecia tão, tão certo.

― Sinto muito. ― novamente se calaram, cada um encarando um ponto fixo no cômodo.

Jeongguk aproveitou que Jimin parecia focado nos próprios joelhos para analisar as feições tão belas do delegado. Desde o cabelo loiro liso, os olhos felinos, mas seu scan durou mais na região dos lábios, encarando como eles pareciam mal tratados pela desidratação, em como se Jeongguk só passasse a língua ali, Jimin se sentiria tão melhor.

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⏰ Última atualização: Jul 15, 2020 ⏰

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