cap:2 pág:2 - olhos do Malfoy

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Depois de um bom tempo escutando aquela história maluca da Wealey, se é que posso chama-la assim, eu entendi algumas coisas. Ela pode ser minha prima. Todos acham que ela morreu e, ainda por cima, meu pai quase matou ela no ano passado. Quando eu quis conhece-la por curiosidade, sem títulos pré postos, mas disso ela nunca saberia. Que Sirius possivelmente foi preso por engano ou a Gina acredita nisso e que sua mãe pode ou não estar viva e...

- Malfoy, fala alguma coisa. Não sou fã de silêncio. Por favor...

- O que quer que eu fale?

- Nada específico, mas seria bom ouvir que você acredita em mim e que não vai falar nada pra ninguém. Até porque acho difícil alguém acreditar, só meus irmãos sabem.

- Espera, a Granger e o Potter não sabem? - ela apenas negou com a cabeça. Estava realmente supreso com aquilo.

- Eles não são tão próximos de mim, quer dizer, eu comentei com o Harry sobre ser adotada e que nossos pais era amigos, mas nada além.

- Hum. Interessante, pra dizer o mínimo. Não me contou isso apenas por reconcilhação familiar? Por que eu?

- Bom, temos a mesma idade, né!? Pode ser besteira, mas quero resolver isso. Parece bem mais interesante ser sua amiga, conhecida ou qualquer coisa do tipo, do que ser sua inimiga. Além disso, acho tudo isso um bando de idiotice. Pessoas têm opiniões diferentes e podem se respeitar. Quem sabe um dia consigo fazer um milagre e faço você pensar por conta própria e ver que não faz sentido esse preconceito. - falou ela rapidamente.

- Vai com calma ruivinha, você não vai mudar minhas opinões.

- Não disse isso. Falei que você pensaria por conta própria.

- Mais alguma coisa?

- Sim, acho melhor ninguém saber sobre o que aconteceu aqui, vai ser melhor pros dois. Seria bom não ter todos meus irmãos querendo te matar por me levar pro caminho obscuro, "uhhh". - nesse momento foi impossível não rir da cara dela e da imagem mental do batalhãos de ruivos correndo atrás da minha pobre pessoa.

- Ei, para de rir po, é sério.

- E o que te faz pensar que a gente vai continuar se falando, posso saber?

- Você ainda esta nesse banco desconfortável me escutando e já deve estar com a bunda quadrada, porque eu falo muito e você não me insultou nem uma vez.

- Olha, temos aqui uma pessoa observadora.

- Sim, e como uma boa observadora eu digo que iremos sair daqui com nossas bundas quadradas e dormentes - caimos na risada novamente.

- Ai ruiva, você venceu. A gente pode se falar e manter isso em segredo

- Sério, obrigada mesmo! - e do nada tinham dois braços ao meu redor, mas logo se desfez- desculpa, me empolguei um pouco.

- Tudo bem. Mais alguma coisa?

- Na verdade queria pedir sua ajuda com uma coisa bem importante.

- Ihh, lá vem. Pode falar.

- Pettigrew me mandou uma carta, olha - apenas olhei pra ela com as sobrancelhas uma mais elevada que a outra e peguei a carta que ela me deu.

  Gina, espero ter coragem de entregar essa carta a você. Não quero me fazer de vítima, apenas dizer como tudo aconteceu. Não se preocupe, sua mãe está bem, dentro do possível. Espero que seja esperta o bastante para acha-la. Minha única dica é que estou perto de Hogwarts a maior parte do ano.
Primeiro quero fazer uma pergunta, quantas pessoas no mundo de fato morreriam para não entregar alguém? Para aqueles que tem medo da morte essa pergunta tem um peso maior, imagino. Eu era uma dessas pessoas. Entrei nessa guerra por acreditar que não fazia sentido querer matar alguém por ser trouxa ou nascido trouxa e com a Ordem da Fênix eu estaria seguro.
Minha amizade com os meninos foi completamente sincera nos tempos de escola. Acho que na época diria com todas as letras que morreria por eles, mas  o tempo passou e o medo me dominou cada vez mais. Até o ponto de eu entregar os Potters e de matar 12 trouxas inocentes para fugir do Sirius. Nada disso estava no meus planos, porém aconteceu. Com a derrota de Voldemort, aos poucos fui ganhando confiança, mas não tanta. Então resolvi virar um pet de uma familia bruxa, assim estaria informado. Com o tempo senti culpa pelo que eu fiz com aqueles trouxas e com Sirius, e o mínimo que podia fazer era procurar a Marlene e contar a verdade para ela, e foi o que fiz. Só que as coisas não deram certo, não mesmo. Chegando lá você se assustou com minha presença, possivelmente não lembrava quem eu era. Chamou pela sua mãe e tentei te segurar pelo braço para falar com ela. Péssima ideia. A Lene saiu da cozinha, já com sua varinha apontada para mim. Te soltei e você subiu a escada correndo. Tentei falar com a Lene novamente, mas fui estuporado. Aquilo me deu uma raiva. Eu estava ali para arrumar as coisas, por que ela não me escutava? Sem pensar em nada gritei "crusios" . Assim que dei por mim, parei. Ouvi o barulho da porta sendo aberta e, de novo dominado pelo medo, aparatei com a Marlene. Desde esse dia, faço dela minha prisioneira. Ela sabe de mais, por isso lancei vários feitiços de proteção na casa, assim ela não poderia fugir. Sim, trilhei um caminho sem volta porque deixei o medo me dominar...
                                                                         assinado, Pedro.


- O que? Sério? Que cara de pau! Mas isso quer dizer que sua mãe esta mesmo viva.

- Sim. É com isso que quero sua ajuda... para achar ela. Sei que parece uma tarefa bem difícil, mas talvez se eu responder ele, consiga mais pistas ou, quem sabe, pesquisando um pouco mais. Topa me ajudar?

Só posso estar louco, né!? Vou mesmo me meter nisso??? Aii merlim, o que eu to fazendo da minha vida?

- Ok, to dentro...

Gina e uma história a ser contadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora