Bodyguard of Lies

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Alycia Debnam-Carey

-Preciso ir embora, sabe. – disse para Eliza, que estava deitada entre minhas pernas em sua cama. – Já perdi minha reunião com o meu agente por sua culpa.

-Se já perdeu então não tem pressa. – ela disse olhando pra cima, pro meu rosto. – Fica pra jantar comigo.

-Achei que a gente já tinha jantado há uns 20 minutos atrás. – falei em um tom malicioso que fez ela corar.

-Ah, mas eu continuo com fome...– ela disse baixinho e não consegui saber qual entonação ela quis usar até ela subir seu corpo sobre o meu e me beijar.

-Adoro quando você fala sujo. – digo e ela ri sob meus lábios e abre suas pernas até que elas se encaixe entre as minhas, nos fazendo gemer quase que ao mesmo tempo.

-Gosta, né? – ela diz se movimentando lentamente em cima de mim me fazendo apertar meus olhos e jogar a cabeça pra trás. A pouca roupa em nosso corpo facilitou muito o contato e todas as horas de sexo que tivemos até agora deixou meu corpo sensível demais e eu sabia que eu conseguiria chegar ao ápice rapidamente se ela continuasse fazendo aquilo.

-Eliza... – eu gemi apertando sua cintura.

-Sim, Lex? – ela disse próximo ao meu ouvido, me chamando do nome da minha personagem.

Ela me chama assim desde que confessei pra ela que uma das minhas maiores fantasias era transar com ela com os nossos figurinos da série.

-Queria me pedir algo? – disse ela provocando, descendo sua mão pelo meu corpo enquanto lambia meu pescoço.

Ouvimos o som de sua campainha tocando, mas não esboçamos nenhuma reação que não fosse o que estávamos fazendo antes.

-Nem pense em atender a porta agora. – digo pausadamente.

-Nunca faria isso, babe. – ela diz e eu fecho os olhos ao sentir seus dedos entrando em mim sem nenhum aviso me fazendo arfar.

Ouvimos o som da campainha novo.

-Será que é alguém importante?

-Eliza! – protestei ao perceber que a garota já tinha saído de cima de mim e estava se vestindo com minhas roupas para atender a porta. – Eu odeio você! – gritei enquanto ela saía rindo pela porta.

Comecei a me vestir também com suas roupas que estavam jogadas próximo à onde as minhas estavam.

-Bob?! – ouvi a voz alta de Eliza, com certeza para que eu soubesse que ele estava aqui. Provavelmente ela abaixou a voz pois eu já não conseguia mais ouvir o que eles diziam.

Segurando a minha vontade de começar um incêndio, desci os degraus de seu apartamento para encontrar o casal conversando na cozinha.

-Hey, Aly. – disse o Bob. – Agora eu entendi porque a Eliza não estava atendendo o celular! Vocês duas quando se juntam parece que esquecem do mundo lá fora. – resmungou ele e eu ri nervosamente. Eliza nem respirava direito.

-E aí, Bob? – o cumprimento. – Vou deixar vocês aí, tenho que ir ver o meu agente. – digo não suportando o climão que pareceu não passar despercebido pelo Bob dessa vez.

-Ok. – diz ele.

-Fica, Lex. Te convidei pra jantar, lembra?

-Oh, eu lembro sim. – digo automaticamente. – Mas vai ter que ficar pra outro dia. – completo rapidamente, caminhando até a porta. Bob sentou-se no sofá enquanto Eliza caminhava até mim.

-Você não tem que ir, sabe. – ela diz quando seu namorado já não pode mais nos ouvir. – Se eu me lembro bem, temos assuntos a terminar. – ela diz e eu reviro os olhos me lembrando de uns minutos atrás.

-Temos sim e você vai me pagar por ter saído daquele jeito. – digo e ela ri abrindo a porta. – E eu tenho que ir sim, não estou no meu humor "Bob". – faço aspas com os dedos enquanto a encaro na porta. – Você fica muito melhor nas minhas roupas do que eu.

-Cala a boca. – ela diz envergonhada. – Me liga mais tarde, então?

-Com certeza. – dou um selinho na mulher à minha frente, sem querer arriscar Bob aparecendo do nada e nos ver dando uns amassos.

-Tchau, então. – ela diz ainda segurando minha mão. Dou um sorrisinho pra ela e fico pensando como seria se não existisse o Bob na vida dela.

A gente estaria em um relacionamento agora? Ela teria ao menos olhado pra mim desse jeito? A gente nunca conversou sobre isso, então o que me resta é imaginar. Por qual motivo ela traía o namorado dela, que ela parecia gostar tanto? Será que ele transava mal? Eu teria permissão pra perguntar? E eu fui a primeira ou já houveram outras? Ou outros? Aliás, não sei nem as suas preferencias sexuais. Seria Eliza uma hetero curiosa ou bissexual?

E ali, naqueles segundos enquanto ela segurava minha mão e olhava nos meus olhos eu percebi que, mesmo estando juntas há meses, eu ainda não conhecia Eliza direito.

Tragedy - ElyciaDove le storie prendono vita. Scoprilo ora