Pesadelos, café e lembranças de uma vida antiga ❦

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Desde que completara 25 anos, a mente de Park Jimin era inundada todas as noites por pesadelos que lhe tiravam completamente o sono. A pior parte deles, era que ele não conseguia se lembrar de praticamente nenhum deles.

Era tão frustrante. O loiro acordava com sustos, chorando, praticamente hiperventilando. Porém, não conseguia saber o que causava essas respostas em seu corpo. Sua mente era uma incógnita que nem mesmo o mais inteligente matemático conseguiria resolver. Era assim que Jimin pensava, mesmo que tenha um teor pequeno de exagero nessa afirmação.

Apesar disso, os sentimentos que ele sentia durante os sonhos não se apagavam ao acordar. Muito pelo contrário, essas emoções permaneciam em Jimin por muito mais tempo que ele gostaria que ficassem.

Por um lado, estar repletos de emoções todas as manhãs era uma ótima musa inspiradora para suas telas. Estava inspirado como nunca desde que os pesadelos começaram. Por outro, a maioria dos sentimentos eram de emoções ruins. Tristeza, dor, raiva, ódio, saudades. Jimin não se sentia bem ao acordar com isso se acumulando desse jeito, todos os dias. Quem se sentiria? Ninguém, ele sabia disso.

No entanto, em todo pesadelo, tinha aquele leve feixe de luz em meio a escuridão. Jimin não sabia exatamente o que era, mas sabia que era bom. E, apesar de se lembrar de pouquíssima coisa, ele sabia que essa pequena exceção se tratava de alguém.

Ele só não sabia quem.

Resumindo, Park Jimin não sabia de praticamente nada e isso lhe deixava puto. Era sacanagem demais ter que acordar toda madrugada por algo que nem sabia o que era, mas que o fazia perder o sono e a disposição para fazer qualquer coisa além de continuar jogado na cama remoendo emoções que nem sabia de onde vinham. Porra, não era como se ele fosse super responsável com suas horas de sono antes dos pesadelos, mas o loiro pelo menos tinha controle da maioria de suas emoções.

Apesar de ser um artista, Jimin não era de demonstrar sentimentos no dia a dia para qualquer um. Pelo contrário, ele reunia seus sentimentos e emoções dentro de caixinhas seladas e guardadas dentro de si para que, quando fosse iniciar uma tela, tivesse mais controle sobre qual emoção procurava expressar. Aquele era um hábito que ele havia criado ao longo da vida, pelas experiências não tão boas que ele passou com sua família. Especialmente com seu pai.

Não era comum para Jimin se mostrar risonho para qualquer um. Portanto, o evento com o Sr. Jung havia sido uma exceção. Isso porque, o loiro não sabia o motivo, mas assim que colocou os olhos nos mais velho, sentiu como se o conhecesse a anos.

Naquela noite, como de costume na rotina de Park Jimin, ele estava acordando no meio da noite, com o rosto molhado pelas lágrimas recentes e com o coração batendo feito um louco em seu peito.

Apesar de tudo, para Jimin, procurar um psicólogo ou qualquer coisa do tipo não estava em seus planos, pelo simples motivo de que não era uma opção. Isso porque Jimin não possuía boas memórias com terapeutas emocionais.

O loiro até tentou dormir novamente, mas quanto mais tempo ele passava com os olhos fechados na cama, mais agitado ele se sentia. Seu coração estava tão apertado por uma sensação estonteante de dor que não o deixou pregar os olhos e relaxar, por mais que quisesse. Sendo assim, após um tempo tentando, ele apenas desistiu. Com um suspiro inquieto, ele simplesmente se desfazendo das cobertas que usava e se levantou, ainda com os olhos inchados do sono recente.

Ele caminhou de forma preguiçosa, até meio desleixada, até o banheiro e se olhou no espelho. Ali naquele rosto, Jimin viu o reflexo de noites de sono interrompidas. Se sentia fraco e impotente, de uma forma que nunca se sentira antes. Aquela situação estava o deixando extremamente cansado, tanto fisicamente, quanto mentalmente.

Still With You [jikook]Where stories live. Discover now