Music To My Ears Pt. 3 | Orm Marius.

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Orm respirou fundo com seu coração apertado pelo medo que o tomou. Ele pensava com sigo mesmo que não poderia ser real, não com ele! Ele já admirava tanto a princesa de Xebel, como seus sentimentos poderia ser facilmente convertidos para uma garota que ele se quer sabia da existência a poucos dias atrás, nada fazia sentido pra ele e não lhe parecia justo. Entretando, a parte em que Vulko havia proferido no qual aquela alma tanto sofria por mais de uma reencarnação o fez repensar, iria ele ser o alguém que traria para ela essa paz e o amor que ela marecia depois de tanto pesar? Quem sabe sim, talvez não seria tão ruim já que seria amado de volta incondicionalmente. Mas o fato de que se separados os tornaria loucos o preocupava, o jeito que os deuses interviram nessa história parecia bizarro demais. Porém, quem era ele para questionar isso? Agora, apenas lhe restava esperar para ver.

[Quebra de Tempo...]

_Estamos aqui, assim que subirmos nas pedras que estão na superfície o senhor se sentirá um pouco mal, isso acontece com todos na primeira vez que saem do mar. A gravidade nos afeta mais lá._

_Tudo bem, estou pronto._ Disse olhando para cima.

_Apenas mantenha a calma, toda a água dos seus pulmões vai sair de uma vez e não vai ser agradável._ Avisou.

O jovem assentiu e num impulso junto com o conselheiro atingiram a superfície e caíram em pé nas rochas que cortavam a maré alta atrás do cás de barcos pesqueiros. Como esperado Orm se curvou de joelhos para regurgitar toda a água armazenada em seus pulmões, assim que terminou respirou fundo sentindo o oxigênio encher seus pulmões e seu corpo se acostumar com o processo de respiração na superfície. Se ajeitou percebendo seu corpo, levemente musculoso para alguém da sua idade, mais pesado. Aquilo o incomodava, mas segundo o homem mais velho era questão de tempo até ele se acostumar.

Pois então, furtivamente se infiltraram nos fundos de uma pequena loja onde sabiam que ninguém apareceria. Vulko então pediu para que Orm o esperasse ali, pois precisariam de roupas novas e secas para conseguirem passar despercebidos naquela pequena cidade litorânea, quase que do tamanho de uma aldeia. O rapaz concordou e ficou ali, apenas espiando curiosamente os detalhes daquele mundo, homens e mulheres trabalhando apressados, algumas crianças rindo enquanto brincavam, os detalhes dos tecidos das roupas, as construções em sua maioria de madeira escura, barcos, redes, comida, a pouca vegetação. Tudo o fascinava, não lhe parecia o inferno que seu pai havia descrito com tanto rancor. Contudo, tinha um único objetivo que lhe vinha a mente assim que pensava em conhecer a superfície.

"Preciso salvá-la."

Era oque seu subconsciente repetia, eis então que para de olhar para aquele mundo desconhecido, cerra os punhos e mantém seu foco. Logo Vulko voltou com as roupas secas e na mesma velocidade que se vestiram saíram dali para se infiltrarem na multidão por um lugar menos suspeito.

_Como vamos achá-la com tantas pessoas assim?_ Sussurrou Orm.

_Só o senhor pode, deve seguir sua intuição para a direção que sente seu coração ser chamado._ Respondeu.

Ele parou com as mãos dentro de seus bolsos, fechou os olhos e se deixou ser guiado já que era o único jeito. Foi então que ele não só sentiu, como ouviu uma doce voz no meio de tantas outras.

_Com licença, o senhor pode me arranjar um buquê pequeno dessas flores?_

Essa pergunta soou como música, foi assim que saiu apressado na direção dela. Vulko o seguiu como pôde, os dois estavam sendo interrompidos por tantas pessoas no caminho que o príncipe já estava a ponto de gritar que saíssem, mas não funcionaria e as pessoas só iriam o encarar de modo estranho, tinha noção de que elas não faziam ideia de que havia alguém da realeza naquele meio.

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