Ava é uma amante da fotografia, em seus dias de folgas da cafeteria em que trabalha, passa o tempo tirando foto de seu sobrinho Nicolas e explicando que, não fazemos uma foto apenas com uma câmera; ao ato de fotografar, trazemos todos os livros que...
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Prólogo: Você não tira uma foto, você cria uma foto.
"Uma grande foto é a plena expressão do que o fotógrafo sente em relação ao que está sendo fotografado no sentido mais profundo, e a verdadeira expressão do que ele sente em relação à vida em sua totalidade".
Ava terminava de ler mais uma parte do que havia escrito no que ela chamava de: diário das fotografias. Em uma das mãos, tinha o caderninho, na outra, segurava a mão do sobrinho que prestava atenção a cada palavra que saía de sua boca. Os dois caminhavam pelo Central Park naquela tarde de clima ameno. O relógio marcava 14h30. Era um dos dias de folgas da loira e como ela tinha prometido à Nicolas que se, ele tirasse um A+ em matemática, os dois poderiam passar a tarde inteira passeando. Dito e feito, lá estavam eles, aproveitando a companhia um do outro como sempre gostavam de fazer.
— Você acha que eu posso ser um grande fotógrafo um dia, tia Ava? - o menino perguntou com um brilho em seus olhos azuis.
— Com toda certeza, meu amor. - fechou o caderno e sorriu para ele. — Aqui tem todos os meus segredos e um dia, irei repassá-los para você. - Nick deu uma risadinha e lançou um sorriso esperançoso para ela. — Que tal uma foto? - jogou o diário dentro da bolsa que carregava em seu ombro e apontou para sua polaroid, que ficava pendurada em seu pescoço.
Nicolas revirou os olhos.
— Ah não tia, Ava. - resmungou batendo os pés no chão. — Eu já estou cansado de tirar fotos. Só nessa caminhada nós já tiramos umas cinco fotos. - fez um gesto com as mãos.
— Ora, eu não tenho culpa se você é um modelo muito lindo. - agachou-se perto dele, apertando suas bochechas. — Vamos, só mais uma, vai. - fez uma carinha sabendo que o sobrinho não resistiria.
— Não vale fazer a carinha pidona! - Nicolas exclamou, cruzando os braços, demonstrando seu descontentamento. Ava abaixou ainda mais as sobrancelhas e fez um biquinho. — Eu vou ligar pra minha mãe. - virou a cara.
— Quando sua mãe não está, tia Ava está no poder. - falou em um tom brincalhão. — Nicolaaas. - cantarolou aproximando as mãos em direção a barriga do menino, ela teria que apelar para as cócegas. — Não me obrigue a fazer isso. - o garotinho segurou o sorriso sapeca em seu rosto. Nick olhava para Ava de rabo de olho.
