13- A volta do irmão

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Eu: vou indo, muito obrigado mais uma vez cara.

Fui para casa.

Ash: conta como foi?!

Eu: estamos juntos, quero tentar com ele, quero ser feliz com o Kereme, seja o que for, o problema é o meu trabalho.

Ash: terás que deixar, Onur está na hora da gente começar tudo de novo, um novo começo por favor.

Eu: como a gente vai viver?!

Ash: meu irmão prometeu me ajudar.

Levantei furioso.

Eu: sério!!! Agora ele quer se comportar como um salvador para ti?!

Ash: por favor Onur!, estou cansado de viver preocupado.

Eu: se você quiser ir com ele faça o que você quiser.

Ash: quando vais deixar teu orgulho de lado?! Algumas vezes você me cansa cara.- disse indo no seu quarto.

Fui tomar banho e fui descansar. Horas depois tomei banho e fiz meu asseio e já era noite.

Desci para esperar o Kereme, ele disse que viria me buscar.

Não demorou muito parou um carro preto e desceu o Sr Victor.

Sr Victor: olá meu favorito!!

Eu: que merda estás a fazer aqui?!

Sr Victor: só quero conversar com você.

Eu: não tenho nada para falar com você, sabes muito bem que odeio você.

Sr Victor: tudo bem. Aposto que não queres saber porque os teus pais te abandonaram.

Ele sempre sabia onde tocar, ele sabia cada ferida dentro de mim.

Eu: não quero saber deles, nunca precisei deles. Não quero saber nada deles.

Sr Victor: como você quiser, mas eles não sabem que você existe. Ou melhor teus pais pensam que estás morto, mas isso não te interessa. Vou indo.

Eu: de que estás a falar?!

Sr Victor: quando estiveres disposto a negociar estarei à tua espera.

Ele subiu no seu carro e foi embora, eu estava em choque, não sabia o que pensar. Minutos depois chega o Kereme.

Kereme desceu do seu carro.

Kereme: está tudo bem?!

Eu: não me sinto bem.

Kereme: vem comigo.

Nos sentamos.

Kereme: o que você tem?! Parece que viste um fantasma.

Eu: estou bem, só quero ser feliz.- dei um beijo nele.

Me recompôs.

Subimos no seu carro e fomos jantar fora.

Kereme: faz muito tempo que queria sair e estar assim com você.

Eu: não diga isso, aposto que sempre tiveste momentos muito interessantes na tua vida.

Kereme: sim, mas este é ainda mais especial.

Jantamos juntos e ficamos a andar na rua de mãos dadas conversando.

Eu: eu não quero  te irritar com isso.

Kereme: podes vir trabalhar comigo, posso dar um posto melhor.

Eu: não começa, já aceitei e Ícaro me ajudou, e não quero ser ingrato.

Kereme: aposto que só fez isso só para me irritar.

Eu: o que aconteceu entre vocês?!

Kereme: a gente tem vezes que confiamos demasiado em alguém e acabamos nos machucando, você dá tudo por alguém que no fiz é um ingrato e te apunhala pelas costas sem pensar.

Ele parecia realmente irritado e triste.

Paramos e ficamos nos olhando nos olhos.

Kereme: só quero lembrar que tenho você e que estou muito feliz.

Eu: também estou muito feliz com você, e quero estar com você.

Nos beijamos e exploramos nossas bocas através das nossas línguas.

Terminamos nosso beijo com selinhos.

Kereme: você beija tão bem.

Eu: você também.

Subimos no carro dele e ele foi me deixar em casa.

Kereme: amanhã tenho plantão. E sentirei saudades tuas.

Eu: não exagera, estamos juntos hoje.

Meu celular começou a tocar, era um cliente.

Kereme: não vais atender?!

Eu: é o Ash. Melhor eu subir.

Menti para ele.

Trocamos vários beijos e depois desci do seu carro, Kereme foi embora.

Virei para entrar no prédio, tive o maior susto da minha vida.

Ele estava ali olhando para mim com um sorriso no rosto.

Pergarci: olá Onur!!! Não estás feliz em ver-me?!

Eu: o que estás a fazer aqui??

Pergarci: é assim que recebes o teu irmão maior?! Você é um ingrato.

Eu: você não é meu irmão, não és nada meu, eu odeio você.

Pergarci: podes odiar-me Onur, agora estou aqui, e o Khalid também.

Algo em mim teve uma explosão, era uma coisa agonizante.

Eu: Khalid está morto, e você matou ele, e odeio você por isso e um dia você vai pagar.

Pergarci: Onur, Onur, sou mais inteligente que você, parece que o teu trabalho está indo muito bem.

Eu: vai embora e nunca mais volte aqui, eu odeio você.

Pergarci: o plano é esse, tudo que você ganhar metade é meu.

Eu: estás louco é?! Não vou dar nada para ti.- disse furioso.

Pergarci: penso que você não entendeu, primeiro vou matar o Khalid, depois o médico, depois o Ash, e se não dares o que eu quero mesmo assim, eu mato você.

Ele subiu no seu carro e foi embora.

Entrei em desespero, meu coração estava aflito, não podia andar.

Entrei no meu apartamento e sentei no chão perto da porta e comecei a chorar.

Ash: Onur!

Limpei minhas lágrimas e levantei rápido, fingindo que estava tudo bem.

Ash: está tudo bem?!

Eu: estou cansado, vou dormir, não esqueça dos teus remédios e na semana que vem começas a ir no colégio.

Fui no meu quarto chorar, não sabia o que fazer, não sabia como ia me livrar dele, o Khalid está morto, eu vi ele morto.

Pergarci está mentindo, o que faço agora?! Tenho que sair daqui, tenho que fugir, se eu for para longe, ninguém vai se machucar por minha causa.




_______ continua...

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