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Leenam, mesmo tendo recentemente se recuperado da ressaca, surpreendia os produtores com sua voz.Naquele dia, ela havia ficado mais uma vez ocupada com as gravações para o novo album da sua banda. Quase não tendo tempo para qualquer atividade recreativa, sempre fazendo o máximo para ser a melhor no que faz e esforçando-se, a garota era como uma máquina, quase adepta a fazer o melhor para que os produtores agradem e sintam orgulho dela.
No término, Leenam pegou mais uma vez seu telefone, e mesmo que não tivesse checado-o nenhuma vez aquele dia, ficou desapontada, pois seu Love Alarm não havia tocado uma vez sequer. Nem naquele instante, nem antes, nem nunca.
Era como um reflexo Leenam checar seu Love Alarm, já que esperava ansiosamente para que alguém o tocasse, mas já que a frustração se motivou no resultado contrário, ela apenas bufou e jogou o celular mais uma vez dentro da bolsa.
Foi quando seu produtor se aproximou, os dois ainda estavam na sala de gravações, ajustando as últimas coisas.
— Ótimo trabalho hoje, Nam. Como sempre, você é perfeita para o ALIZ — seu produtor a elogiou, e como uma dama que fica lisonjeada, Leenam sorriu de canto a canto.
— Obrigada, obrigada — um rubor pôde se notar nas bochechas da garota.
— Talvez você possa aparecer lá em casa esses dias, eu sei que você não perde a oportunidade de beber, nós podemos abrir um champagne — convidou.
Leenam sentiu o ar de seus pulmões irem embora depressa, seus olhos se arregalaram um pouco. Ela finalmente sairia com alguém?
— Claro! Claro! Estou disposta qualquer hora — ela disse, animada.
— Ótimo, posso pedir pra minha esposa preparar o jantar para nós — o produtor deu um tapa consideravelmente forte no braço de Leenam, abriu a porta e saiu. — Te vejo lá.
"Esposa?"
O humor de Leenam caiu extremamente junto a sua dignidade. A garota franziu o cenho e depois bateu os pés, chamando atenção dos técnicos de som, Leenam pegou sua bolsa e, fazendo bico, saiu da sala.
A única coisa que sabia era que algum dia alguém iria esperá-la na porta da gravadora para levá-la para casa, mas enquanto essa pessoa não aparecia, ela só tinha uma saída: ligar para seu melhor amigo, Rice.
[...]
— Não acredito, você é tão ingênua — Rice disse, dirigindo. — Achou mesmo que o cara iria te convidar para ir na casa dele, pra tomar champagne, vocês dois, sozinhos. — Uma risada fatídica soou por parte do rapaz, Leenam lhe deu um soco no braço.
— Ah, eu estou cansada dessa vida, ninguém nunca me quer, Rice — Leenam bateu as costas na poltrona do carro, fazendo bico. — Faz anos que não beijo ninguém, e meu Love Alarm nunca tocou sequer uma vez. O que eu fiz pra merecer isso?
