Até Que Possamos Voar Outra Vez [Jily & Bebê Harry]

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James cantarolou em concordância e deu um beijo em seus cabelos. "Não", disse ele. "Eu odeio quando ele chora também."

Eles ficaram lá por mais alguns momentos, abraçados e assistindo o pequeno peito de Harry subir e descer no ritmo constante do sono.

"Você acha que ele vai dormir até amanhã?" perguntou James quando eles fecharam a porta atrás deles e desceram as escadas.

"Espero que sim", disse Lily. "Eu gostaria de poder relaxar um pouco."

A chuva começou a cair quando eles voltaram para a sala, transformando o céu noturno em um cinza escuro e batendo contra as janelas. James foi assistir, pressionando a testa contra o vidro frio. Nem mesmo a chuva podia obscurecer a pequena cerca que cercava o jardim e a rua adiante.

Não demorou muito para que ele sentisse a mão quente de Lily na dele.

"Sinto muito por isso antes", disse ele. "Eu estava frustrado e eu-"

"Eu sei", disse ela, inclinando a cabeça no ombro dele.

Eles ficaram ali em silêncio, assistindo a chuva cobrir o peitoril da janela em pequenos regatos e fazendo com que as folhas das árvores tremessem. James foi lembrado por um breve momento de sua casa de infância, a apenas algumas ruas de distância, onde costumava correr pelo jardim e levar sua vassoura para os prados nos arredores da cidade para voar até o pôr do sol.

"Eu só gostaria que pudéssemos levá-lo a algum lugar", disse James depois de alguns momentos. "Eu sei que não podemos, mas ele vai crescer eventualmente. Ele não pode ficar preso aqui para sempre. Sirius e Peter e talvez Remus virão nos visitar e ele começará a se perguntar por que não podemos visitá-los, ou por que outras crianças brincam na rua e ele não pode. E não poderemos dizer a ele quando ele vai poder sair, porque para que isso aconteça... bem ..." Ele parou quando sentiu Lily ficar tensa. "Quem sabe quando será?"

Lily estendeu a mão para abraçá-lo pela cintura e ele fez o mesmo, segurando seus ombros com força.

"Eu só quero que ele seja feliz", ele sussurrou depois de um tempo.

"Ele vai ser", disse Lily, esfregando suas costas. "Ele nos tem. Isso é o suficiente, pelo menos por enquanto. "

"Eu acho", disse James. "Mas vamos ter que conseguir uma vassoura de brinquedo para ele em breve. Enquanto ele é pequeno o suficiente para aprender dentro de casa."

Lily ergueu as sobrancelhas. "Essa é sua primeira prioridade, não é?"

"É claro", disse ele, sorrindo para ela. Ela sorriu de volta.

"Eu tenho uma ideia", disse Lily. "Por que não fazemos uma lista?"

"Uma lista?"

"Uma lista de todos os lugares que vamos levar Harry quando tudo isso acabar", disse ela, correndo para a mesa e vasculhando as gavetas. "Eu pensei que tinha ... droga, eu usei o último pergaminho para a carta de Dumbledore essa noite."

"Espere, acho que eu ... aha!" disse James, remexendo nos bolsos e puxando um pequeno quadrado de pergaminho. "Isso vai dar!"

Lily suspirou. "Por que você tem um pedaço de pergaminho aleatório em suas calças?"

"Por que você não tem?" ele perguntou casualmente, sentando-se à mesa e pegando uma pena, fazendo o possível para suavizar o pergaminho quando começou a escrever. "Lugares para levar o Harry."

"Tudo bem, qual o primeiro?" ele disse.

"Ah, eu adoraria levá-lo para a praia", disse Lily. "Você se lembra daquela que eu te falei? Onde meus pais costumavam nos levar quando éramos pequenas?"

Harry Potter E Outras HistóriasWhere stories live. Discover now