t w e l v e ∞ Lexi... o que é isso no teu cabelo?

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Entrámos no quarto e fui ao saco desportivo que tinha trazido de casa da minha mãe para tirar as roupas que ia levar à festa quando o Ashton voltou a falar sobre o meu cabelo.

- Ainda por cima no domingo vamos a casa da mãe. Ela vai perceber que o pai nunca te deixava fazer uma coisa dessas e o teu plano vai por água a baixo.

- Credo, Ashton. Pára de ser chato. Apeteceu-me pintar o cabelo e mal se nota e são só as pontas. - ok, notava-se mas não era assim tanto. Teria sido pior se tivesse pintado de loiro! - Eu adoro-te, a sério que adoro mas às vezes pareces um velho.

Ele bufou enquanto se dirigia ao seu armário - Bem, desculpa lá se me comporto como teu irmão mais velho.

Suspirei e afastei-me do saco para caminhar até ele e colocar os meus braços à volta do seu tronco. Eu às vezes era parva com ele porque eu sabia que o Ash apenas se preocupava comigo e que se comportava como um irmão protetor devido ao nosso passado e à nossa família. Ele tinha sido sempre mais do que um irmão, ele tinha tomado conta de mim quase como um pai ao longo dos anos depois do divórcio dos nossos pais. E eu continuava a comportar-me como uma adolescente ingrata.

- Desculpa, Ash. - pedi enquanto o abraçava - Eu adoro-te e não consigo viver sem ti a seres um chato. - brinquei com um meio sorriso nos lábios - Estar em Itália foi horrível porque nunca te tinha a resmungar comigo.

Os cantos dos lábios dele subiram para um sorriso - És tão graxista. Temos de nos vestir antes que os rapazes se passem por sermos os últimos.

Estiquei-me, bastante, até lhe conseguir beijar a bochecha e voltei a aproximar-me do saco de desporto para escolher a roupa. Como eu nunca tinha sido uma rapariga muito feminina que ia a festas para mostrar as mamas ou o que quer que fosse, optei pelas minhas skinny jeans pretas que tinham uns rasgões nos joelhos e a única coisa que me podia parecer menos Lexi-do-dia-a-dia era o cai-cai dourado. Depois de calçar as minhas sapatilhas, parei apenas por uns minutos em frente ao espelho do quarto para colocar maquilhagem - lápis preto, rímel e batom vermelho - e estava pronta. Ou seja, não ia arranjada como se a festa fosse um encontro de prostitutas mas ia ligeiramente produzida.

Quando saí do quarto, atrás do Ashton, já os outros três rapazes estavam parados no corredor a falar uns com os outros. Assim que saí de trás do meu irmão senti o olhar deles posto em mim e um sorriso aprovador nos lábios do Michael e do Calum, claro que do Luke não houve qualquer reação.

- Awn que adorável! - exclamei quando me apercebi - Vamos todos de igual. - não íamos à gémeos mas não estávamos muito longe. Sem fazermos por isso, estávamos os três de calças pretas e o Calum era o único que não tinha rasgões na zona dos joelhos.

- Somos tão fofinhos. - gozou o Michael enquanto saíamos do apartamento.

Entrámos no carro do Ash e eu aproveitei logo para ir para o lugar do pendura. Era ótimo ser a única rapariga no meio de tantos rapazes porque era só fazer olhinhos ao Calum e ele cedia-me logo o lugar.

Tirei o telemóvel do bolso para ver se tinha alguma mensagem do Ricky. Tínhamos falado algumas vezes depois daquela saída ridícula mas não o via desde aí. E tinha-lhe mandando mensagem a dizer que hoje ia sair mas ele não me respondia desde o fim da tarde. Encolhi os ombros e voltei a guardar o telemóvel.

A viagem foi feita num instante e o pior foi quando chegámos e tivemos de procurar um lugar para o carro. Haviam tantos carros que só encontrámos lugar a alguns quarteirões do sítio da festa.

- É a casa da Chris? - perguntei quando chegámos à rua onde se ouvia música e se via bastante gente no relvado da frente. Se havia tanta gente cá fora, lá dentro devia de ser o caos.

- Sim. - respondeu o Ashton com um sorriso enquanto colocava um braço em cima dos meus ombros - Porta-te bem, está bem? - revirei os olhos e dei um passo para a frente para fazer o braço dele sair dos meus ombros.

Assim que metemos um pé dentro de casa foi a confusão total. A música estava aos berros pelo que mal se conseguia ouvir alguma coisa para além disso e haviam mais pessoas ali do que no bairro inteiro, desconfiava eu. Segui os rapazes até ao seu grupo de amigos e cumprimentei-os a todos. Eles continuavam tão simpáticos como tinham sido no café.

Passámos um bom bocado ali todos juntos a falar até que eu decidi que estava na minha altura de beber alguma coisa. Ir a uma festa e não beber nada? Fora de questão.

- Já volto. - disse-lhes enquanto me levantava do sofá e olhei por cima do meu ombro com um sorriso para o meu irmão e para a Chris, que falavam todos entusiasmados um com o outro.

Passei pelo meio de todas aquelas pessoas que se encontravam na sala de estar a dançar ao som da música que tocava e demorou mas lá consegui encontrar a zona do bar. Não era bem um bar, era mais uma mesa cheia de todo o tipo de bebidas. Havia uma espécie de ponche dentro de uma taça de vidro mas não achei aquilo boa ideia. Não queria acabar drogada e violada, obrigada. Agarrei numa garrafa de cerveja que se encontrava dentro de uma coisa cheia de gelo e dei graças a deus por ser uma daquelas de abertura fácil porque se eu tivesse de passar novamente pelo meio daquela multidão para ir à cozinha buscar o abre-latas, matava-me. Ou desistia da cerveja. Era mais provável a segunda opção.

Dei um gole na mesma e senti o conteúdo frio da garrafa a descer-me pela garganta. Aquilo era o que se podia considerar uma festa de arromba e era por isso que eu não percebia porque é que eu não estava com humor para festas. Desde quando é que eu não estava com humor para festas?

Assim que a garrafa ficou vazia, atirei-a para dentro de um saco grande preto que estava ao lado da mesa e que era de certeza para o lixo. Agora era só passar novamente pelo meio da multidão para voltar para o sofá... fácil...

Cheguei até meio caminho, foi o máximo que andei até me fartar de ir contra as pessoas e tentar passar por aquele mar de transpiração e pessoas bêbadas. Decidi que podia esperar mais um bocado até chegar ao sofá por isso deixei-me estar ali, a dançar.

E era o que eu estava a fazer até ver uma cara conhecida no meio de toda aquela multidão. Vou ser sincera e dizer que não faço a mínima ideia do que é que senti quando vi o meu namorado na mesma festa onde eu me encontrava quando ele tinha passado a tarde toda sem responder às minhas mensagens. Posso não saber o que é que estava a sentir naquele momento mas acreditem que sabia perfeitamente o que é que estava a sentir no momento a seguir. Raiva, irritação e vontade de matar alguém.

Empurrei as pessoas que estavam à minha frente até chegar ao pé do Ricky e da galdéria a quem ele estava agarrado como se não houvesse amanhã. Ele só notou que eu estava à frente dele quando era demasiado tarde para fingir que nada se estava a passar.

- Lexi, hey! - tentou ele com um sorriso enquanto deixava a prostituta - Não sabia que vinhas à festa, amor.

Sorri-lhe tão cinicamente que momentos pareceu um sorriso verdadeiro - Bem, saberias se em vez de andares a tentar apanhar sífilis visses o teu telemóvel. - respondi antes de dar um passo para a frente e dar-lhe um soco na cara - Oh, merda! - queixei-me. Aquilo não era nada à filme! Foda-se, a minha mão! Agarrei na mão com a qual lhe tinha acabado de bater e olhei para a galdéria - Ele é péssimo na cama. Mas boa sorte. - desejei antes de virar costas.

Se não fosse pela dor na minha mão, a qual foda-se, estava a doer a sério, podia dizer que me sentia muito bem. Céus, sim, sentia-me mais do que bem.

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